Wednesday, November 29, 2006

 

Entrevista aos "o Bom, o Mau e as Viloas" - Parte I

São uma das equipas mais carismáticas do panorama quizzístico da nação. O Bom, o Mau e as Viloas são compostos pelo Filipe Girão, Filipe Meneses, Jorge, Marta, Tita e Zé. São fãs de spaghettis e de charadas: até hoje, nunca ninguém percebeu quem era o Blondie ou o Angel Eyes ou o Tuco. Não será importante. Certo é ser uma equipa de pistoleiros e pistoleiras certeiros, seguros com o gatilho, e que, após um início algo tibuteante, se têm aproximado na modalidade Cascata das excelentes prestações que normalmente apresentam nos saloons, onde aterrorizam qualquer pianista. São todos velhos conhecidos do Quiz dos Industriais, e, no caso do Filipe e do Zé, até do saudoso Cha-Cha-Cha, onde chegaram a alinhar numa das duas melhores equipas de sempre de quiz (a outra é a actual formação dos Cavaleiros para o campeonato de cascata). Se querem saber mais qualquer coisa, consultem o blog deles.

Depois de dois pódios consecutivos e do Filipe G. e da Tita terem organizado um dos jogos que mais encómios mereceu, era obrigatório ir falar com eles. Entre nepaleses e baíucas medonhas para os lados da Calçada do Congro, lá conseguimos efectuar uma entrevista colectiva, da qual hoje publicaremos a primeira parte. Fiquem com a Marta (M), a Tita (TT), um Filipe (FG) e outro Filipe (FM). As opiniões do Jorge ficam em reserva para outra oportunidade, e o agora exilado Zé Vicente, será um dos comentadores deste blog numa grande Operação Especial "o Rescaldo" que apresentaremos no final do campeonato.

"Trabalhamos bem em equipa, mas as terapias de grupo para estarmos menos nervosos não têm funcionado"

As opiniões quanto ao jogo do Filipe e da Tita são amplamente positivas. Até ao momento terá sido o jogo que menos críticas e mais elogios suscitou. Ficaram satisfeitos com o vosso trabalho?
TT - Claro que sim! Até orque correu muito melhor do que nós estávamos à espera. Fazer estes jogos não é mesmo nada fácil e as polémicas que costumam surgir acabam por ser muito ingratas para quem perdeu algumas horas a prepará-lo...


Qual foi o vosso segredo? Trabalharam muito para o fazer?
FG - Já temos bastante experiência a jogar, e alguma a fazer jogos, mas confesso que o resultado acabou por nos supreender pela positiva. Planeámos as linhas gerais e depois foi ir juntando perguntas ao longo dos dias. É claro que ter a rapariga mais gira e inteligente do universo a trabalhar comigo tornou tudo bastante mais simples e agradável.
FM - As minhas fontes garantem-me que a organização deste quiz foi levada tão a sério que até houve lugar à criação de uma linha de montagem de perguntas personalizada em casa do Sr. Girão, composta por indivíduos oriundos de países sub-desenvolvidos que trabalharam arduamente na esperança de lhes oferecerem uma das célebres bifanas da Ajuda.

Uma das grandes sensações no vosso jogo foi a eliminação dos Cavaleiros no nível médio, desta vez num jogo limpo. Julgam que isso se terá devido a quê?
TT - Segundo o Rogério, no calor do jogo, foi por eu ter ouvido mal! (risos)


Curiosamente, a vossa equipa conseguiu um terceiro lugar, posição muito acima do que é habitual. Estavam particularmente inspirados ou são as vantagens de conhecer os gostos e os hábitos de quem faz o jogo?
FM - Foi um misto de ambos. Os membros da nossa equipa têm todos idades semelhantes, alguns gostos e interesses em comum, daí é normal que certas perguntas viessem ao encontro do nosso espectro de conhecimento. No entanto, creio que a grande maioria dos temas abordados no Quiz da Tita e do Filipe estavam ao alcance de qualquer das equipas presentes. Também tivemos alguma sorte em determinados momentos, com respostas a serem mudadas no último segundo pelo nosso porta-voz, e alguns palpites acertados, embora tenhamos falhado algumas perguntas devido ao esquema de rotatividade que infelizmente utilizámos.
M – Isso é capaz de ser tudo verdade, uma vez que fizemos menos erros estúpidos (parece que nunca os iremos evitar completamente)…Mas realçamos, ainda, o desempenho do Menex nessa sessão e o facto, talvez inédito, do nível III ter sido difícil mas não impossível.


Fizeram o pódio sem o Filipe e a itã: eles são prescindíveis na vossa equipa?
FM - Claro que não, senão quem é que me dava boleia até a Academia? Não, a sério, são dois elementos importantíssimos na nossa equipa, o facto de termos ido mais longe resulta um pouco do que referi na pergunta anterior, mas também do facto dos Cavaleiros terem ficado afastados da luta pelos pontos. Ainda em relação à equipa, acho que temos um bom equilíbrio entre nós, completamo-nos, mas na participação efectiva no Campeonato, é óbvio que ainda temos um longo caminho a percorrer até atingirmos o nível dos Colossos do Quiz de Cascata.

Surpreedentemente, faltaram à jornada seguinte. Que aconteceu? Não quiseram regressar às classificações medianas?
FG - Houve um surto de gripe na nossa equipa, pelo que decidimos pedir um inquérito ao comité disciplinar para investigar esta situação, pois há testemunhas oculares que viram membros de certas equipas coladas a nós na classificação a tossir na nossa direcção.
TT - Sim, foi isso.

No vosso jogo optaram por não ordenar as perguntas por temas, de forma a que cada equipa rcebesse perguntas de temas variados. Julgam que foi uma boa estratégia?
TT - Com a maioria das equipas, acho que resultou... Com os Ursinho Bobó, foi azar! acho que essa foi a grande crítica ao nosso jogo, e com razão


Mudando de assunto: tem-se notado uma certa rivalidade entre vós e os Ursinho Bóbó. É verdade que teriam um especial prazer em ficar à frente deles?
FG - Não tenho especial prazer quando fico à frente.


Mudando novamente de assunto: no vosso jogo, houve alguma equipa que fosse especialmente prejudicada ao, por exemplo, receber consecutivamente perguntas do mesmo tema, para mais um tema em que não sejam muito fortes?
T - cof, cof, cof.


Neste momento há 4 equipas separadas por 5 pontos: vocês, os Ursinho e os NNAPED e os Indomáveis. Como vêem este mini-campeonato?
Z – O Zé fala disso com grande tristeza, uma vez que, sempre apostámos em força foi nos whiskeys, tendo relegado as minis apenas para as securas transitórias.


Não acham que acaba por ser um fracasso? Não esperariam estar, pelo menos, ao nível dos Lagartixas?
FG - Acho que eles tiveram excelentes prestações com muito mérito, não por demérito nosso, e sinceramente orgulho-me em saber muito pouco de tourada, de Salazarices e afins, que foram os temas que nos levaram às piores prestações.
M - Eu acho que sim, que deveríamos ter feito melhor.


Os BMV são uma equipa muito bem sucedida nos quiz dos bares, onde ganham muitas vezes. Já no quiz de cascata não conseguem apresentar perfomances da mesma qualidade. A que se deve isso?
M - Uma explicação possível poderá ser o facto de os BMV trabalharem muito bem em equipa e essa vertente ser menos provável no QdC, em que as respostas tendem a saltar isoladas de um ou outro elemento e que pelas características do jogo não tendem a ser tão trabalhadas pelo conjunto.


Têm dificuldades em resistir à pressão? Até contam com 2 psicólogas na equipa, não é?
T - Ficamos todos muito nervosos antes de um jogo. Por isso, uns minutos antes, fazemos uma terapia de grupo, em que damos as mãos e aliviamos a pressão através do nosso grito de guerra. Muito terapêutico. Mas não tem resultado.

Hoje em dia é possível ser bem sucedido no competitivo mundo do quiz sem que exista trabalho psicológico?
FM - A nossa equipa tem um método quase infalível durante as competições de Quiz, que consiste em evitar ao máximo discordar da Tita. A partir do momento em que isso acontece, estamos no bom caminho. E estamos imunes a qualquer tipo de pressão psicológica ou problemas mentais, visto que temos na equipa 2 representantes da classe.
M - Claro que não, impossível mesmo.No nosso caso a motivação direccionada ao ambiente corporativo da equipa é um factor decisivo e nele depositamos toda a importância com vista a ultrapassar os obstáculos e resolver todos os problemas.Foi e será sempre com esse objectivo que nos esforçamos constantemente por não sermos, como afirmava Déscartes, meras máquinas de reflexos.


Por falar em trabalho e sucesso: é verdade que, a determinada altura, vocês estudaram para os jogos? Em particular, o Filipe andou a decorar a tabela periódica? Pode-se dizer que o Miguel Maia é o vosso inspirador?
TT - Não sei do que é que estás a falar... Eu sempre soube, desde criança, os 50 estados dos EUA e as respectivas capitais!
FG - Dei uma olhadela na tabela periódica quando o Júlio e o Rogério nos massacraram com símbolos químicos no Bar Quiz. Decidi que uma vez na vida tinha de olhar para aqueles gatafunhos.


Nos próximos dias, publicaremos aqui a segunda parte desta entrevista. Temas: o exílio do Zé, as polémicas à volta das organizações, as ambições que restam e por quem vão torcer para a vitória final

Tuesday, November 28, 2006

 

Quiz no Dia da Restauração

JANTAR COM QUIZ

DIA 1 DE DEZEMBRO

RESTAURANTE PÁTEO SALOIO, FRIELAS

Ementa: Grelhada Mista
Preço: 15 €/pax, tudo incluído
Inscrições: rogeriorsncosta@netcabo.pt
máximo de 4 jogadores por equipa

O jantar inicia-se às 20h30m. Parece que é noite de um derbyzeco mourisco. Não joga o Raja de Casablanca, mas para aqueles que quiserem acompanhar as incidências da coisa, serão colocados na sala dois plasmas com ligação à SportTv. O jogo de quiz começa a seguir ao apito final. Quem não frequentar jantares de conjurados, inscreva-se. Ainda sobram alguns (poucos) lugares.

A organização é do Quim, o nosso estimado "Coelho Osvaldo". O Rogério dos Cavaleiros fará as perguntas e anuncia que: "Como é a primeira vez que se vai fazer um quiz neste local e porque o objectivo é de promover um convívio salutar e de fazer com que mais pessoas adiram a este nosso vício, prometo tentar fazer um quiz geral o mais diversificado possível, sem perguntas sobre o Belenenses."

Informações adicionais podem ser solicitadas para o e-mail ou na caixa de comentários.

Monday, November 27, 2006

 

A Nona [extensivamente]

Battaglia, molto vivace
E ainda não há campeões. Pelo contrário, continuam a sobrar as emoções na luta pela vitória final no campeonato. Em Novembro, os Mamedes não fraquejaram no fim e colocam-se em boa posição para a medalha de ouro – no mínimo, asseguraram que, se não vencerem, farão justiça ao baptismo. Os Cavaleiros mantêm-se na briga, dando ares de estar em crescendo no ataque à recta da meta. Os Fósseis, por culpas próprias ou alheias, não conseguiram superar o “efeito sandwich” e tropeçaram – mas sobra espaço para a recuperação.

Allegro ma non troppo, assai maestoso
A organização foi da Sofia Santos. Desde logo, uma ovação: dispensando comprimarios, resolveu-se por uma exibição a solo. Reclamou todo o palco e, nesse aspecto, foi uma prima donna muito bem sucedida: sem erros de pontuação, expedita e segura. Quanto ao jogo, terá sido dos melhores e mais interessantes em que estivemos. A parte escrita estava soberba (para lá de florida e bem apresentada). Refilou o auditório de bastantes desafinanços: à excepção da basofobia e da questão prosélito/apóstata (ver aqui o contraditório), a pauta dá razão à organizadora. Deu um prego, evitável, na questão do Cambodja, mas sem influência no resultado. Burburinho nas fileiras quanto ao excesso de ciência: é uma velha e problemática questão. Foram 1/6 das perguntas. Mais do que é hábito, certamente, mas excessivo? Sendo que apenas esporadicamente há jogos com tanta ciência, julgamos que até resulta num equilíbrio justo. E, convenha-se, a dificuldade não era excessiva, as perguntas eram interessantes e existia diversidade dentro do tema. Em suma, andou bem. Algumas dúvidas quanto ao grau de dificuldade das perguntas, mas, neste assunto, teremos de nos conformar: os consensos serão sempre excepcionais. Nesta sede, uma nota menos positiva: corajosamente, atacou o desporto com uma dose generosa de perguntas; o desporto lá se foi defendendo como podia. Desculpável, mas não podemos dizer porquê: este não é um blog sexista.

Agitato, com crescendo
Não obliteraremos a polémica que, no final do jogo (ou nos intervalos?), surgiu. Ao propor-se para fazer o jogo de Novembro, dirão uns que a Sofia deu uma prova de coragem, outros que patrocinou, de forma evitável, o surgimento de potenciais suspeitas. Talvez os segundos tenham razão. Pelo tom e conteúdo de algumas pateadas já conhecidas, as supeitas não apenas surgiram como são vocalizadas em basso profondo. Não concordamos com elas – até porque não encontramos indícios que as sustentem (a existência de uma ração de ciências superior ao normal e os Mamedes serem relativamente fortes nesses pratos, parece-nos argumento, no mínimo, falacioso). Isso não nos impede de privilegiar a controvérsia e fizemos já seguir para a Sofia e para o Zé Pedro dos Fósseis algumas questões sobre este assunto. Em breve publicaremos o que daí resultar.

Bravura
Os Mamedes revelaram-se imparáveis. Uma segunda parte soberba reservou-lhes, desde logo, a vitória. Resistiram, com relativa facilidade, à remontada apocalíptica no terceiro nível. Foi um arranque demasiado tardio para os Cavaleiros, que pagaram caro uma péssima segunda parte, soçobrando nas perguntas directas de Desporto, Política, Cinema e na de Ciência que era acessível. Os 12 pontos da terceira parte – onde foram sempre a equipa com mais pontos quando lá chegaram, com uma excepção – acabaram por ser decisivos para se manterem na luta pelo título. Quem também subiu ao pódio, foram, uma vez mais, os BMV (o segundo consecutivo, visto que faltaram à jornada de Outubro), que demonstram, nesta ponta final, uma acentuada subida de forma.

Rallentando
Porém, parece faltar-lhes competência para o terceiro nível: foram perdendo progressivamente competividade, liderando na parte escrita e no nível fácil, para caírem para segundo à entrada da terceira e, aí, não marcarem pontos. Há que trabalhar as fugas.

Andante
Os NNAPED, com uma boa prestação, seguraram um saboroso 4º lugar, o que lhes permitiu igualar os Indomáveis - estão progressivamente mais regulares e competitivos e não surpreenderia ninguém um pódio para breve; os Lagartixa demonstraram que as dificuldades se deviam mesmo a jogarem com 3 – com a equipa completa ficaram mais uma vez nos pontos, ultrapassaram finalmente os EVA na tabela, e foram, para lá dos Mamedes e dos Cavaleiros, a única equipa a marcar pontos no nível díficil. Em princípio, asseguraram o 4º lugar final – nunca foram capazes de se exibirem como uma equipa capaz de chegar ao título, mas estão um bocado acima das outras. Já os Ursinho, conquistam pontos, numa prestação equilibrada e regular e mantêm-se na luta pelo “campeonato das esperanças” – mas precisam urgentemente de um golpe de asa que os lance para voos (e pontos) mais altos.

Bocca chiusa
Da prestação dos Fòsseis já falamos. Incapazes de ultrapassar o lugar incómodo, nunca entraram verdadeiramente em jogo. Deram um passo atrás na luta pelo título, e, pela segunda vez, ficam fora dos pontos. Já os Mineteiros e os Laranja, não atingiram, uma vez mais, uma posição entre os seis primeiros, com aqueles melhores que estes. Muito mal se exibiram os Indomáveis de Marco Vaza – uma prestação paupérrima e pouco habitual, marcada por apenas um ponto na segunda parte. Bem melhor estiveram os Moscatéis, que, partindo com o handicap de uma péssima parte escrita, falharam o apuramento final por uma unha negra . Uma equipa que tem vindo a mostrar melhoras paulatinas mas sustentadas.

Pianissimo
Como é da praxe fomos todos muito bem recebidos na Academia da Ajuda. Fica um sonoro Bravo! para a D. Paula, Joana e o resto da orquestra.


Friday, November 24, 2006

 

Vencedores de Novembro

Os Mamedes, a jogarem em casa, não perdoaram. Uma exibição notável. Recorrendo à adjectivação dos próprios: "justos, indisputados e musculados".

Thursday, November 23, 2006

 

Classificação da 9ª Jornada


 

Happy Birthday Mr. Editor-in-Chief

Apresentando desculpas pelo republicanismo da referência, julgamos que este blog falará em nome de todas as equipas do QdC ao desejar um feliz aniversário ao seu fundador e director, Luís. Parabéns!


Saturday, November 18, 2006

 

A Nona [telegraficamente]

Boas perguntas, bom jogo, intenso e com polémica stop Mamedes à beira do título stop excelente terceiro nível dos Cavaleiros insuficiente para alcançar a vitória stop BMV repetem pódio stop Lagartixas, NNAPED e Ursinho a marcarem pontos, com prestações regulares stop Fósseis, ensandwichados, falham passagem à terceira parte stop Indomáveis também desiludem stop Moscatéis, Mineteiros e Laranja não conseguem surpresa stop luta pela vitória final ao rubro stop brevemente classificações actualizadas e tudo bem explicado na crónica do LTN sentido obrigatório: choveu stop

Friday, November 17, 2006

 
QUIZ DE CASCATA
9ª JORNADA
HOJE, 22.00 HORAS
ACADEMIA DA AJUDA


A poucas horas do ínicio da épica batalha de Novembro, nervosismo adensa-se. Os holofotes, nacionais e internacionais, estão virados para a Academia Recreativa da Ajuda, arena onde se digladiarão os titãs do quiz nacional, num embate que pode ser decisivo. O QdC traz aqui o consagrado analista de Quiz, Roger Shore, uma das vozes escutadas com mais atenção em todo o mundo quando o assunto é esta modalidade ou os fish and chips que servem no bar do estádio do Notts County. Fomos conhecer o poderoso insight desta legendária personagem, que nos traz a sua perspectiva quanto ao que poderá acontecer esta noite.

Mr. Shore, os últimos jogos do Campeonato de Cascata têm sido marcados por critérios algo estranhos na alocação do nível de dificuldade às perguntas. A que se deve tal facto? Acha que poderá acontecer hoje?
Deve-se à batota escabrosa e torpe que tem sido feita de forma alarve apenas com o intuito de prejudicar a equipa onde pontifica aquele que é o melhor jogador de quiz de todos os tempos, Rogério Costa. Caso suceda no jogo de hoje, julgo que o melhor castigo será a obrigatoriedade da hipotética prevaricadora passar uma hora na companhia do Fernando Silva, ouvindo-o esgrimir argumentos sobre o Spinoza. Para mais, os últimos jogos têm sido feitos por elementos de equipas muito fraquinhas, sabem lá eles o que é fácil ou difícil. Não distinguem, não é?

Nos mentideros acumulam-se os rumores que os Cavaleiros se apresentarão no jogo vestidos de fato de treino. Acha que será possível? Isso poderá colocá-los fora do alcance das outras equipas?
Julgo que é possível, pois o Rogério já uma vez me havia confidenciado a intenção de se apresentarem de fato de treino. Penso até que foi o Fred que foi à Macmoda escolher uns fatos de treino de cores berrantes (leia-se cor do cabelo dele) de forma a intimidar ainda mais os oponentes. Será uma espécie de Haka.

Quais são os seus prognósticos para a jornada desta noite? O que pode ser decisivo?
Tenho a certeza que os Cavaleiros, independentemente do atraso pontual, tudo farão para conquistar mais uma vitória. No entanto, é necessário ter em conta que os Fósseis e os Mamedes também têm o caminho aberto para a vitória. Pode ser que tropecem. A prestação nas perguntas directas nas primeira e segunda fases e também o número de cascatas obtidas decidirá o vencedor. Se os Cavaleiros passarem à terceira fase, algo que não aconteceu nos últimos dois jogos, as contas serão diferentes.

Thursday, November 16, 2006

 

Fósseis, Mamedes e Cavaleiros - o tudo ou nada (actualizado)

Fósseis Paleolíticos, Fernandos Mamedes ou Cavaleiros do Apocalipse : a única certeza é que será uma destas equipas a vencer o Campeonato. Ao fim de 8 jornadas, estão separados por meia dúzia de pontos. e o QdC foi tentar perceber o estado de espírito de cada uma destas equipas a pouco mais de 24 horas para o grande embate de amanhã. Responderam-nos o Jorge Páramos (Mamedes) e o António Pascoalinho (Fósseis); apesar das insistentes tentativas da nossa redacção não nos foi possível assegurar as respostas do representante dos Cavaleiros, Frederico Bastos. Depois da polémica entrevista do Rogério a este blog no rescaldo da última jornada, avolumam-se os indícios que o ambiente nos Cavaleiros está em polvorosa. Bem, é certo que também não procuramos em cabeleireiros.

De que forma está a vossa equipa a encarar estes últimos dois jogos?
JP -
Estamos a encarar estes últimos dois jogos com a cara, e de peitos abertos, vistas largas, punhos levantados, bocas preparadas, narizes empinados e rabos alçados.
AP - Estamos em estágio de altitude, a ver se não somos apanhados nem por cavaleiros a galope nem por desistentes habituais nos 10.000m de há 20 anos!
FB - .....

Que equipa é a principal favorita à vitória final e porquê?
JP-
A equipa favorita à vitória final são os Fósseis, porque vão em primeiro. Pessoalmente, preferia a minha. E mais não digo.
AP- Nós, claro! Já sedimentámos e fizémos a diagénese. Por isso somos os maiores no nível 3. E por isso somos FÓSSEIS!
FB - ......

Entretanto, terminou já a terceira edição do Grande Concurso QdC. O Rogério repete a vitória da primeira edição, acertando em 3 das 5 músicas (e respondendo às perguntas complementares): Dixie, Manolete e Lilliburlero. Menções honrosas para o Filipe Bravo, que acertou no Hino da Maria da Fonte e para o Alexandre que arrecadou o ponto do Foggy Mountain Breakdown. Até ao jogo, poderão entreter-se a ouvir uma versão galvanizante do Dixie, a música com que o Rogério arrancou para a vitória, por Doc & Merle Watson.

Extra: O Fred responde e explica porque não o fez antes

FB - Eu demorei o tempo que demorei a responder a estas perguntas porque o Rogério me trancou numa cave escura e bafejenta e não me deixava sair enquanto eu não fixasse todos os os filmes do mundo e respectivos actores e realizadores, para que deslizes, como os que ocorreram nos últimos dois jogos (onde eu não estava presente num deles, é bom frisar), não se voltem a repetir. É, portanto, assim que ando a viver estas últimas semanas antes do jogo de sexta-feira. Mas este jogo tem que ser encarado como uma final e, como todas as finais, é para ganhar!

FB - Penso que os Cavaleiros são os favoritos, embora se encontrem num enganador terceiro lugar. Embora as outras equipes não tenham percebido isso, nós decidimos que já estavamos fartos de ser "ensandwichados" pelos Fósseis de um lado e pelos Mamedes do outro e decidimos não jogar nos anteriores dois jogos para deixarmos de fazer parte dessa iguaria. Mas, foi tudo calculado e penso que iremos ganhar os próximos dois jogos sem grande dificuldade e acabaremos o ano no primeiro lugar.

Wednesday, November 15, 2006

 

Três perguntas a....Sofia Santos, o tempo e o concurso

A 48 horas do embate de sexta-feira, confirma-se a tradição. Boas compras aqui. Quem as intempéries não impedirão de marcar presença é à Sofia Santos, proeminente membro dos Mamede e organizadora da próxima jornada. O QdC entrevistou-a e a Sofia confirmou algumas expectativas e aguçou outras. E o jogo começará mesmo às 22.30, esteja quem estiver.


Sofia, a 4 dias do jogo, como estão as coisas? Já tens as perguntas todas? Estás confiante que a tua organização será um sucesso?
Perguntas todas feitas, sim, e uma parte escrita muito colorida (alguém me reembolsa as impressões??). Estou confiante; as perguntas são bastante variadas e foram _todas_ confirmadas em diferentes fontes (por vezes incluindo mesmo a wikipedia!), por isso não espero polémicas. E em resposta às várias provocações, digo apenas que a ciência é cada vez mais uma importantíssima forma de cultura.

Confirmas que o teu jogo terá início às 21.00, como o João Silva divulgou em e-mail?
Às 21h?!?! Não tenho condições psicológicas para começar tão cedo. Tenho muito trabalhinho, ainda dou explicações depois do dito trabalhinho, tenho de jantar que este corpito não se sustenta com saladas... Eu não estou lá antes das 22h, e não percebo porquê este súbito adiantar da hora se os jogos começam sempre pelas 22h30... Mas sem atrasos, que não há coisa pior que pessoas que chegam sempre atrasadas.

É verdade que quem dominar temas como a sexualidade meiótica, a cladística hennigiana e a controvérsia sobre o genoma das methanobacterium terá alguma vantagem no teu jogo?
Falso, tudo falso. A questão das methanobacterium é elementar, esperam-vos coisas muito piores. Por exemplo perguntas sobre a família MFS de transportadores MDR em /Zygosaccharomyces bailii.

Surgirá alguma novidade? Irás ter um daqueles temas como as poesias químicas, o 25 de Abril ou as letras das músicas?
O jogo não terá nenhuma novidade muito inovadora, mas posso adiantar como está organizado: existem 6 temas gerais, sendo que as perguntas estão distribuídas equitativamente por eles. Ou seja, em cada nível de 6 cascatas, cada equipa receberá uma pergunta directa de cada categoria. E sim, um dos temas chama-se... ciências.

Muito bem, obrigado pela entrevista e até sexta-feira.
Ah, queria só acrescentar um apelo: por favor que nenhuma equipa falte... por cada balda são 12 perguntas desnecessárias que tive de fazer, e que trabalheira!

12, caríssima? Não são 13 equipas?
13?!?! Estás a brincar..

Entretanto, já está a rodar a 5ª e última música da 3ª edição do concurso QdC. O player está ali ao lado. Tentem a vossa sorte aqui. A música que esteve a passar durante a tarde era o clássico Chicken Reel , interpretado por Jim & Jesse and The Virgina Boys.

Tuesday, November 14, 2006

 

Prepare o pagamento

"Os primeiros borrões de tinta falsos, sabe-se, eram toscos, contruídos com três metros de diâmetro e não enganavam ninguém. Porém, com a descoberta do conceito de tamanhos mais pequenos, feita por um físico suíço...." - Woody Allen

Iniciou-se a contagem decrescente para o possivelmente decisivo embate de sexta-feira. Oferecemos aqui alguns conselhos úteis aos nossos leitores: cheguem cedo, para não irritarem o Comandante (a meio da tarde dá direito a condecoração). Vistam o fato de treino, isto é um jogo. Previnam-se com dinheiro trocado. Preferencialmente do verdadeiro, aquele com curso legal. E, mais que tudo, não sejam cruéis. Cruéis, interrogam-se vós? Cruéis, respondemos, assertivos. Que a crueldade tanto se alimenta das lágrimas como do riso. E não se riram vós, impenitentes, naquele inesquecível momento da última jornada, em que o tesoureiro do grémio, irrompeu, esbaforido, pelo terreno de jogo?

Irrompeu e interrompeu. E, brilhante e seguro, contou as suas mágoas - vamos resumi-las, que estiveram lá para ouvir: no regresso (pesaroso e antecipado) a casa, detectou a célebre nota falsa. Não era de 500 nem tinha a efígie de Vasco da Gama; somente uma tosca nota de 20 euros, com a peculiaridade de, no verso, estar impressa a publicidade a uma agência de viagens. Afinal, não valia mais que um desconto que permitiria, ao feliz contemplado, poupar o equivalente a 6 maços de tabaco numa daquelas idas aos trópicos em trabalho para a firma. Infâmia, alertou-se o nosso herói: na sua desmedida boa-fé, foi vítima de gente pouco escrupulosa que, para poupar a pesada taxa de 7 euros, lhe coloca nas mãos um papel de pouco valor.

Num ápice, regressa à Academia, para nos oferecer um tocante e inesquecível momento. Sério e compenetrado, com a parcela de tecido humano que em tempos abrigou uma esplendorosa hirsutidade a revelar, em tremuras, a emoção das almas virtuosas quando confrontadas com a vileza deste mundo, pregou a boa moral da honestidade e da lisura. Probo e íntegro, expôs, para previsível gaúdio das fileiras, a trafulhice que tinha sido vítima. O medo do ridículo não o afastou do dever da denúncia. E ficou o incómodo a desassossegar as mentes: será possível que nesta insigne confraria se abrigue gente de tão baixo coturno? E se sim, quem é, que merece denúncia e correctivo – duas das actividades favoritas deste blog? Ao cabo de uma exaustiva investigação, as nossas já lendárias equipas de reportagem deslindaram o mistério.

Descanse o auditório: não há entre nós - e até prova em contrário - um larápio. Há sim, como muitos já desconfiavam, um lorpa. Rebobinemos até ao momento em que, nas plácidas ruas da Ajuda, o nosso padecente detecta o indício da fraude. O que faria qualquer ser com uma capacidade cerebral superior, ou pelo menos igual, à da ameba? Antes de mais, contas. Faria contas: verificaria se, de facto, o pecúlio reunido não correspondia ao número de presentes na sala. Só depois partiria para a denúncia pública. É que se as tivesse feito, teria percebido o sujeito desta história que batiam certo, as contas, e que a insidiosa nota falsa era apenas o resquício de uma “practical joke”. Já começaram a entender? Arriscamos que ainda não. Falta um pormenor que é sumamente revelador: o intrépido burlão, que afinal era apenas um bem-disposto brincalhão, entregou, de facto, a nota falsa. Mas, pasmem, avisou! Fez a partida e de imediato se auto-denunciou! E, obviamente, pagou o que lhe competia, em metal sonante. Ou seja, a vítima da partida teve conhecimento, directo, pessoalmente e de viva-voz, dela. Nem foi uma partida, foi mais um simulacro duma. Como é que depois aconteceu o que aconteceu, não conseguimos explicar. Arriscamos mesmo que estará para lá da compreensão humana. O infrene tesoureiro deveria ser sob colocado sob investigação de psicólogos, filósofos e teólogos. A bem da ciência. Mas até lá, que se medique. Seja como for, obrigado pelas gargalhadas.

Em suma: não fomos vítimas de um criminoso económico, apenas do oligofrénico alarmismo próprio das vítimas da demência outonal. Ou de um gajo muito estranho que gosta de pregar partidas a ele próprio. Por isso, rapazes, sexta-feira, sejam honestos como sempre e caridosos como nunca. Ele não merece, mas precisa.

Adenda: O concurso continua no respectivo post. O Rogério lidera com dois pontos, seguem-se o Filipe, o Alexandre e o Jorge com um. A próxima música é a final, excepto se houver empate. Até ao momento passaram Dixie, Hino da Maria da Fonte, Manolete e Foggy Mountain Breakdown. Agora passa um tema extra-concurso dedicado aos maluquinhos do cinema e da animação. Podem divertir-se a identificar os filmes em que apareceu. Próxima jornada começa esta noite, em que também poderão ler uma entrevista da Sofia, organizadora do jogo de sexta.


Friday, November 10, 2006

 

A Ajuda, o paraíso fiscal; e a ajuda, dos truques neuronais

Alerta prévio: a terceira música do concurso já passa. Já é a quarta.

1. Quem sabe, paga. Qualquer dia, somos nós.*

2. Esqueçam os estágios a decorar atlas: A researcher uses his understanding of the human brain to advance on a popular quiz show. Como ganhar quizzes graças à neurociência, num artigo imperdível. Obrigado ao Sérgio dos Zbroing747 (que estarão, brevemente, em destaque aqui no QdC) pela dica.

3. No concurso, o Rogério arrecadou o primeiro ponto: é o Dixie que se ouve na grafonola. Amanhã, ao final da tarde, começa a rodar a segunda música. E é muito fácil, estejam atentos.

Adenda:

4. * Parece que afinal não é bem assim. Cf. comentário do Filipe Bravo na caixa de comentários.

5. O sempiterno debate das duas culturas: ciências e humanidades. No Quiz como na Academia. Abordarmos o assunto aqui, mas regressaremos ao tema do desequílibrio entre áreas de conhecimento no Quiz da Nação, com maior profundidade. Não deixem de seguir o interessante debate na Origem das Espécies.

6. Começou a contagem decrescente para o grande embate de sexta-feira e as equipas intensificam a prepração. Descontando algum bias político, este é um óptimo local de treinos.

6. No post anterior já estão as perguntas para a segunda jornada do concurso. A música começa a qualquer momento, talvez no intervalo do hóquei. Actualização: o ponto foi para o Filipe Bravo. Neste momento, já estão as perguntas para a terceira jornada.

7. Este blog é um estrondoso sucesso de audiências. Mais de 1000 visitas por mês, quase 12000 pageviews, e, na passada quinta-feira, um record de 96 visitas. Noventa e seis; e somos para aí uns 60 a jogar isto, não? Suponho que seria como ver estes senhores a venderem 9 milhões e meio de exemplares por dia.

Thursday, November 09, 2006

 

3º Concurso QdC - On Liberty

"Those who labor in the earth are the chosen people of God, if ever he had a chosen people, whose breasts He has made His peculiar deposit for genuine and substantial virtue."

Depois de texto e de fotos, temos, como já terão intuído, música. Mas, como igualmente já perceberam, não uma qualquer música. A história da liberdade pode bem ser descrita como a luta entre a cidade centralista, tendencialmente hegemónica, estatista e progressista contra o campo localista, libertário, individualista, com múltiplas concepções de vidas boas e suficiente espaço para as alcançar. Porque é nos campos que a família, a religião e todas as tradições de liberdade que inspiram na alma do homem o prazer de pensar, falar e agir livremente, encontram a sua consagração definitiva. Seja a gentry ou os yeoman, good ol’boys ou rednecks, marialvas ou saloios, os bush men dos antípodas ou os chouans da Vendeia, seja a luta contra o federalismo ou o estatismo, contra os grandes saltos em frente, seja na defesa do moonshine ou da rebel flag, da caça à raposa ou das touradas: a tenacidade, a abnegação, a coragem, a rectidão e a desconfiança irónica face a todas as formas de pretensão intelectual que caracterizam as gentes do campo foram, em todas as latitudes e todos os momentos, a melhor salvaguarda da liberdade.

O desafio é fácil: terão de identificar as músicas que têm todas as elas, dois sabores comuns - o do campo e o da liberdade. São, simultaneamente, hinos de um e da outra. Em cada uma existirão perguntas que terão de responder. A primeira já está a passar (cliquem no player ali ao lado), e o que queremos saber, para esta primeira música, é: Qual é o nome tema? Quem foi o compositor (apesar das dúvidas)? O que está escrito na lápide desse compositor? Quem responder acertadamente (às 3 questões) ganhará um ponto. Existirão mais cinco temas. Caso exista empate, há lugar à marcação de um penalty. E, claro, as respostas são para ser deixadas na caixa de comentários e o prémio é o do costume: uma obra-prima da literatura.

2ª música - As perguntas são: Qual o tema? Quem foi o compositor? A que acontecimento está associado? Que guerra resultou desse acontecimento? Que convenção pôs termo a essa guerra? Qual a origem do vocábulo que denomina essa guerra? (esta última é facultativa, mas a música é tão conhecida que quisemos dar-vos uma hipótese de demonstrarem a vossa erudição) Ganha o primeiro a responder às primeiras 5 questões.

3ª música - As perguntas são: Qual o nome deste célebre Pasodoble? Qual o nome dos compositores? Em que praça de touros foi tocado pela primeira vez? Qual o cartel dessa corrida? (ok, esta última também é facultativa). O primeiro a responder acertadamente, na caixa de comentários, às 3 questões ganha um ponto. Olééeee.

4ª música - Este tema é um dos ícones de um estilo/género musical. Qual é esse género? Quem é considerado o "founding father" desse género? Qual o nome deste tema? Quem foram os compositores? Qual a banda que aqui os acompanha? E por aqui ficamos, que mais perguntas só ajudariam. Mais um ponto para quem acertar nas 5. Yeeeeee Ahhhhhh.

5ª música - Qual o nome deste tema? A que acontecimento histórico está associado? Pontua quem responder acertadamente a estas duas perguntas.


Monday, November 06, 2006

 

Teaser III - 3º concurso QdC


A música dos campos é o som da liberdade

"If you got any county business to conduct in Hazzard, well don't pay no mind to the courthouse and the public offices downtown. (…)For two hundred years, the Duke family had the whiskey craft. The government took that away from us. Then we had the land—the government brought the depression and the depression took that. Now, all the Duke family has left is what it started with, and that's family..."

Waylon Jennings, The Dukes of Hazzard

O jogo começa em 48 horas.


Friday, November 03, 2006

 

Sofia em Novembro, Marco em Dezembro*

Numa alteração de última hora que, sabemos nós, está a agitar os bastidores do quiz nacional, o organizador do próximo jogo não será o indomável Marco Vaza, mas sim a mamediana Sofia Santos (info: 1, 2, 3). Já tínhamos aqui alertado para esta possibilidade e para as manobras que, em gabinetes enfumarados, se preparavam. Fomos surpreendidos há pouco por esta notícia e, como é nosso timbre, de imediato informamos os nossos leitores. Para já, nada mais podemos adiantar: não sabemos como, quando, ou por quem, foi conduzido este processo, tão-pouco as intenções que lhe estão subjacentes. Como não patrocinamos a suspeição infundada nem o mau-gosto da intriga, recusamos-nos a dar cobertura à suspeição anónima e desejamos a melhor sorte à Sofia, certos de que não se deixará abater por pressões e não incluirá mais de meia-dúzia de perguntas sobre ciência.

Antes do próximo jogo, teremos as tradicionais "3 perguntas a...", desta vez dirigidas à Sofia. Se quiserem saber alguma coisa (quiz-related only, sorry), deixem as questões na caixa de comentários.


* Alguns aforismos populares muito útéis, cuja publicação aqui esperançosamente impedirá que sejam alvo de perguntas nas últimas jornadas: Cava fundo em Novembro para plantares em Janeiro.Em Novembro, prova o vinho e planta o cebolinho.Nuvens em Setembro: chuva em Novembro e neve em Dezembro.Tudo em Novembro guardado; em casa ou arrecadado.

Wednesday, November 01, 2006

 

TEASER II - 3º concurso QdC


A música dos campos é o som da liberdade
“…cada raça possue o seu sport proprio, e o nosso é o toiro: o toiro com muito sol, ar de dia santo, agua fresca, e foguetes... Mas sabe o sr. Salcede qual é a vantagem da toirada? É ser uma grande escola de força, de coragem e de destreza... Em Portugal não ha instituição que tenha uma importancia egual á tourada de curiosos. E acredite uma cousa: é que se n'esta triste geração moderna ainda ha em Lisboa uns rapazes com certo musculo, a espinha direita, e capazes de dar um bom socco, deve-se isso ao touro e á tourada de curiosos (...) Não temos o cricket, nem o football, nem o running, como os inglezes; não temos a gymnastica como ella se faz em França; não temos o serviço militar obrigatorio que é o que torna o allemão solido... Não temos nada capaz de dar a um rapaz um bocado de fibra. Temos só a tourada... Tirem a tourada, e não ficam senão badamecos derreados da espinha, a mellarem-se pelo Chiado!”
Eça de Queiróz, Os Maias
Gravura da Tauromaquia de Goya, BNE

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