Friday, April 20, 2007

 

Selfishness is Virtue.




The Fountainhead - Howard Roark Speech. Excerto de "The Fountainhead" de King Vidor, adaptado do livro homónimo de Ayn Rand

O inspirational appetizer deste mês é dedicado aos que jogam Quiz para ganhar. Nem que seja a todo custo, expulsando elementos da equipa, ou recorrendo a eventuais perfomance enhancers. O quiz é só um jogo. Isto é apenas para nos divertirmos. Eu não sou nada competitivo. As lamúrias do auditório não têm fim. Louva-se a sensibilidade dos espíritos. Mas, por favor, atentem no exemplo de quem, em curiosa metáfora, não deixou que as convenções sociais lhe tolhessem a satisfação do apetite. No fundo, sejam humanos: joguem para ganhar. Isto é uma competição, caramba.

Como diria a Rand: o que vocês sabem é só vosso.

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Comments:
Este diálogo é um recado do realizador (autor) ao produtor (empresário) que lhe desfigura a obra.
 
É tambem uma crítica ao colectivismo soviético e ao uso que este fez da arte para fins ideológicos. O filme é de 1949(inicio da guerra fria)e a personagem deste arquitecto é inspirada em Frank Lloyd Wright. È um dos meus filmes preferidos e pertence à fase de ouro do cinema de Hollywood (o tempo em que as ideias prevaleciam sobre a técnica).
 
Rocaforte: é um monólogo. E é uma crítica a qualquer tipo de colectivismo (incluindo o social-democrata em que vivemos), não apenas ao soviético. Também é um dos meus filmes preferidos.
 
Não vivemos em nenhum colectivismo nem em nenhuma social-democracia. Vivemos num regime onde cada um se safa como pode e que está algures entre a ditadura do estado ladrão e as medidas surrealistas de curto prazo. Nâo há uma ideia para o país. É como jogar uma partida de xadrez sem plano reagindo apenas ao jogo do adversário.
Quanto ao filme é uma cena de tribunal. O Gary Cooper está a defender-se de uma acusação pelo que não me parece que seja um simples monólogo.
 
"Não vivemos em nenhum colectivismo nem em nenhuma social-democracia."

Na, c'ágora.

"Nâo há uma ideia para o país"

Era bom, era. "Ideias para o país" dão sempre mau resultado. O país não precisa que alguns iluminados tenham "uma ideia" para ele. As pessoas que vivem no país é que devem poder ter as ideias que quiserem para a vida delas, ou ideia nenhuma.

"É como jogar uma partida de xadrez sem plano reagindo apenas ao jogo do adversário."

A vida de uma sociedade não é um jogo de xadrez. Todos os totalitarismos partem do entendimento dos indíviduos como peões num tabuleiro.

"Quanto ao filme é uma cena de tribunal. O Gary Cooper está a defender-se de uma acusação pelo que não me parece que seja um simples monólogo."

Tá no tribunal a fazer um monólogo em sua defesa. Mas tá bem, o monólogo é apenas uma variação do diálogo. Mas o episódio é conhecido como o "Howard Roark Speech" ou "Howard Roark Monologue". E é uma defesa do individualismo, do egoísmo e um ataque a qualquer tipo de estatismo e de "ideias para o país" - como toda a obra da Rand.
 
Desculpa lá oh Hugo mas a ideia do filme é que a obra pertence ao artista e o comprador não tem o direito de a alterar, sob pena do artista a poder destruir. É esse o egoísmo.
Quanto às ideias, se viveres no mundo global sem uma estratégia és pura e simplesmente devorado.
 
"Desculpa lá oh Hugo mas a ideia do filme é que a obra pertence ao artista e o comprador não tem o direito de a alterar, sob pena do artista a poder destruir. É esse o egoísmo"

A ideia do filme é a do livro (esta cena é decalcada, palavra por palavra, do texto) e a de toda a obra da Rand: as coisas pertencem sempre a quem as faz e não há nenhuma razão - nem sequer o aliviar do sofrimento alheio, ou salvar vidas, ou salvar o mundo - que crie uma obrigação moral de as ceder.
 
Aliás, fica claro uma coisa: se o comprador comprar a obra, pode destruí-la à vontade. Ela passa a ser dele. Por isso é que o Roark insiste que o preço era a manutenção do edíficio tal como estava - foi isso que foi contratualizado.
 
Por isso o título do post: selfishness is virtue. O dever moral do indíviduo é ser egoísta, não ceder ao auto-sacríficio - é a recusa de qualquer tipo de colectivismo, de cedência a apelos morais. Por isso também o label: cenas pouco cristãs.

A propósito, eu não partilho destas ideias.
 
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