Tuesday, April 24, 2007
A minha opinião (Parte II - Onde a coragem dos organizadores valeu a pena)
Ante-Scriptum: Conforme prometido aqui (a propósito, leiam a discussão na caixa de comentários), tratarei agora das inovações que eu creio terem valido a pena. Chamo a atenção para o facto de nestes dois posts apenas analisar o que de novo houve na organização dos Mamedes – uma avaliação geral ao jogo ficará para a crónica.
Numa contagem privada que tenho feito, saíram nos 8 jogos anteriores a este 58 perguntas de BD. De cinema, terão sido umas 100 e muitas. Filosofia e economia, uma única. É claro que as perguntas devem ser escolhidas pelo critério de divertir as pessoas, e que existirá sempre preponderância de alguns temas sobre outros. O problema é quando se presume que os nossos gostos, ou os do nosso inner-circle, retratam fielmente as inclinações de todos, quando se toma a parte pelo todo - ou que existem temas que todos gostam ou poderiam gostar, em maior ou menor grau, como a BD e o cinema; e outros que não interessam porque, supostamente, ninguém gosta, como a teologia ou a bioquímica. As perguntas de filosofia e economia estavam interessantes – o que vem provar que os não-cientistas também podem fazer perguntas de ciências sem se refugiarem na banalidade.
Em suma: as perguntas (refiro-me apenas às dos temas menos habituais e que provocaram polémica) estavam muitíssimo bem esgalhadas. E parafraseando já não sei quem sobre os Lusíadas, se nós não percebemos isso, a culpa é nossa e não de quem as fez.
Assim, o saldo desta inovação é, a meu ver, amplamente positivo – porque equilibra as contas, quer nos temas, quer na tipologia de perguntas; e por provar que é possível fazer perguntas de ciências sem recorrer aos fait-divers. Não se devem confundir as tradições com maus-hábitos.
Labels: Análise, kulturkampf, Mamedes, Opinião do Hugo
Não se leia aqui que as relativas aos outros temas não estavam. Bem pelo contrário, houve algumas de antologia.
Sinceramente
Ricardo Chibanga
Isso é a tua opinião que vale o que vale, zero. E aliás admiro a tua auto-estima enquanto avaliador das opiniões dos outros. Confere-te capacidade para integrares a equipa da Doutora Ministra Milu Rodrigues que também acha que existem uns iluminados que conseguem avaliar pobres mortais
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