Saturday, October 18, 2008
Rescaldo do Quiz de Cascata Espertalho
Como não gostamos de adiar as coisas e visto que eu tenho a oportunidade de publicar neste blog, gostaríamos de avançar já com um “resumo da jornada” e uma classificação sumária. A crónica, certamente mãos mais habilitadas a farão.
Antes de mais, andamos nisto pelo divertimento e, é claro, pelo gosto em saber umas coisitas. Olhando para a classificação da nossa equipa, vê-se bem que não andamos a ombrear com A ou B, nem nos preocupamos muito como isso. Pode-se até dizer que claramente não somos “OS MÁIORES”. Daí que o nosso Quiz fosse o mais diversificado que possível, dentro das nossas limitações, abrangendo várias áreas e procurando confirmar as respostas em vários sítios, muito para além da Wikipedia, sempre que possível.
Teve falhas? Sim, claro, até mesmo nalguns critérios de dificuldade, que é possivelmente o maior problema de quem faz um quiz, já que não é algo estanque. É nível 2 para ti, para mim é 1, para outro é 3. Dentro desse esquema, tentámos nivelar a coisa o melhor que soubemos, tentando até que o nível 3 fosse sobre coisas que, embora difíceis, não fossem “impossivelmente difíceis”.
Teve polémicas? Claro, é um jogo de quiz de cascata. No entanto, creio que podemos reduzir as coisas a duas polémicas, já que antes do nível 3 só duas perguntas deram a volta à sala – Nível 2 - a sigla dos BAFTA e o apelido da família inglesa de Júlio Dinis (Whitestone).
Os “Três Grandes” da Ficção Científica
Questão (tal como está no cartão): Quem são os três autores considerados os três grandes da Ficção Científica?
Resposta (idem) : Isaac Asimov, Arthur C. Clarke e Robert Heinlein
A polémica levantada na sala prendeu-se com o critério qualitativo da pergunta. Porque há muitos e bons autores de ficção científica e o critério diverge, etc. Nós não escolhemos isto aleatoreamente, nem por uma questão de gosto, apesar de concordar que é um tipo de pergunta a evitar, bem vistas as coisas. Em vários locais da Internet (deixamos até alguns links para consulta), os Big Three são sempre indicados como sendo esses três, sendo até em alguns justificadas as razões. E estamos a falar de inúmeros links, incluindo até a Amazon. Embora o critério de "maior/grande" possa ser questionável, não fomos nós que inventámos a expressão. Ela já existe e é utilizada de forma consideravelmente generalizada, dentro daquilo que investigámos.
“The Misfits” - Os inadaptados
Questão (tal como está no cartão): “The Misfits” de John Huston foi o último filme completado por duas estrelas antes da sua morte. Quem foram?
Resposta (idem): Clark Gable e Marylin Monroe
Curiosamente, esta pergunta seguiu-se imediatamente à questão anterior, o que talvez possa ter contribuído para o animar das hostes. A resposta da Ordem do Fónix foi: Marylin Monroe e Montgomery Clift. Sim, nós sabíamos que Montgomery Clift entrou no filme e também que morreu não muito tempo depois (morreu em 1966, o filme é de 1961). Levantou-se novamente a questão do que são estrelas e como se define quem é melhor, etc.
A nossa firmeza em não aceitar a resposta, é fácil de explicar. Veja-se a pergunta: “o último filme completado por duas estrelas antes da sua morte”. Estava lá Clark Gable, porque foi efectivamente o seu último filme antes de morrer e estava lá Marylin Monroe, porque foi o último filme que completou, já que foi despedida a meio do filme seguinte (“Something’s got to give”), tendo morrido logo depois. Montgomery Clift esse fez ainda mais três filmes antes de morrer e para confirmar isto tudo basta clicar nos nomes.
A celeuma levantou-se e estando perante pessoas a quem, pessoalmente, reconheço créditos no conhecimento cinematográfico, não iria estar a debater acaloradamente uma coisa da qual eu não lhes podia mostrar a confirmação na altura. Faço-o agora, porque sei que, no calor do jogo, prolongar o debate raramente leva a lugar algum.
O porquê de uma pergunta de substituição para a equipa seguinte se a resposta no cartão era válida? Porque durante a argumentação a resposta certa e o nome de Clark Gable foram mencionados várias vezes. Como tal, estando a resposta da Ordem da Fónix errada e o seguimento da cascata comprometido, a pergunta de substituição para a equipa seguinte a valer 1 ponto era a solução lógica.
Para além disto, creio que não houve assim mais celeuma. Agradecemos a todos os presentes, deixando referência para quem nos deu umas palavrinhas no final do jogo, já que uma estreia tem sempre um gosto especial. Mas, também queremos referir que aceitamos de bom grado as críticas construtivas que também recebemos. Só assim se melhora.
Classificação Final Quiz de Cascata de Outubro
1º – Mamedes
2º – Ambité
3º – Cavaleiros
4º - Zbroing
5º - Ursinho
6º - BMV com Laranja
7º - Ordem da Fonix
8º - Indomáveis
9º - Lais
10º - NNAPED
11º - Mineteiros
12º - Golfinhos
Faltaram 3 equipas – Feios Porcos e Maus, Santas Noites e Defenestradores.
Obrigado a todos,
Espertalhos do Carinho
PS – Uma nota final. Numa pergunta sobre Haile Selassie eu referi “dignatário”, de forma incorrecta. É “dignitário” que se deve pronunciar. Mea culpa.
Comments:
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Sinceramente, gostei do vosso quiz. Houve perguntas que nos deixaram a pensar e viu-se que foram feitas com dedicação e imaginação. Parabéns. A título de exemplo destaco aquela de quais os dois portugueses que falharam penaltis na final da Liga dos Campeões: obviamente que o primeiro e único nome que nos assaltaria à cabeça seria o do Veloso, na final do Benfica contra o PSV. Mas, quem seria o outro? Alguns devem ter pensado nas finais onde estiveram apenas equipas portuguesas e não se lembraram do "ovo de Colombo" que a pergunta encerrava que era o falhanço, na final deste ano, do português do Manchester, Cristiano Ronaldo - e que ao contrário do Benfica não foi impeditivo para que a sua equipa vencesse a final, daí não ter ficado gravado na memória da nossa histórica trágico-terrestre recente...
Senti uma certa frustação - mas isso faz parte da emoção do jogo e também acontece aos outros -, em por duas vezes uma pergunta vir em cascata sucessiva para acabar por ser respondida pela equipa imeditamente antes da nossa (a morte do Palme em 1986 e o nome de David Munir).
Quantos às polémicas, tento uma crítica positiva para ver se aprendemos com os erros. A pergunta dos três autores de Si-Fi, é preciso ver que a mesma não citava as fontes. Poderia ter sido feito de forma diferente, como espelha a vossa explicação da mesma, estilo: "Segundo a Amazon, quais os três grandes autores de SI-Fi?"... Poderia ter ajudado a evitar a confusão que se seguiu e dava a entender que não era uma coisa subjectiva. Ainda por cima, na altura perguntei qual era a vossa fonte e não souberam responder-me...
Quanto à pergunta sobre o filme e que nos calhou de forma directa (e custou dois pontos à nossa equipa, que por um ponto não passou à terceira fase), percebi logo que ia haver confusão da grossa quando, mal a pergunta foi formulada, o Pascoalinho disse que não eram dois, mas sim três (e através da vossa explicação constata-se que eram mesmo dois)...
É claro que nestas situações somos como o Veloso e escolhemos sempre o nome que vai levantar polémica...
Senti uma certa frustação - mas isso faz parte da emoção do jogo e também acontece aos outros -, em por duas vezes uma pergunta vir em cascata sucessiva para acabar por ser respondida pela equipa imeditamente antes da nossa (a morte do Palme em 1986 e o nome de David Munir).
Quantos às polémicas, tento uma crítica positiva para ver se aprendemos com os erros. A pergunta dos três autores de Si-Fi, é preciso ver que a mesma não citava as fontes. Poderia ter sido feito de forma diferente, como espelha a vossa explicação da mesma, estilo: "Segundo a Amazon, quais os três grandes autores de SI-Fi?"... Poderia ter ajudado a evitar a confusão que se seguiu e dava a entender que não era uma coisa subjectiva. Ainda por cima, na altura perguntei qual era a vossa fonte e não souberam responder-me...
Quanto à pergunta sobre o filme e que nos calhou de forma directa (e custou dois pontos à nossa equipa, que por um ponto não passou à terceira fase), percebi logo que ia haver confusão da grossa quando, mal a pergunta foi formulada, o Pascoalinho disse que não eram dois, mas sim três (e através da vossa explicação constata-se que eram mesmo dois)...
É claro que nestas situações somos como o Veloso e escolhemos sempre o nome que vai levantar polémica...
Muito rapidamente, também gostei bastante do vosso jogo. Com uma ou outra oscilação do nível de dificuldade aqui e ali, uma ou outra polémicas (e que jeito dá poder publicar no blog para evitar sangue e ofensas mortais nas caixas de comentários), mas em doses moderadas.
Acima de tudo, impressionou-me a variedade do jogo e o cuidado que isso implica. Não só abordaram diversas áreas de forma equilibrada, como tentaram variar nos subtemas de cada área. Bravo!
Acima de tudo, impressionou-me a variedade do jogo e o cuidado que isso implica. Não só abordaram diversas áreas de forma equilibrada, como tentaram variar nos subtemas de cada área. Bravo!
Obrigado pelo input "Para mim" (que assumo como membro da O.Fonix) e Sofia (mamediana i presume).
Os Big Three, já os referi, até na crónica da jornada, será um tipo de pergunta a evitar numa próxima ocasião. Apesar de inúmeras fontes, o tom qualitativo da pergunta abre sempre margem para dúvida...
Os Big Three, já os referi, até na crónica da jornada, será um tipo de pergunta a evitar numa próxima ocasião. Apesar de inúmeras fontes, o tom qualitativo da pergunta abre sempre margem para dúvida...
regressado de fds, vejo este rescaldo do Sergio K.
Já não sou o primeiro da OdF
a falar (O para mim é o Frederico),
mas ainda vou a tempo
creio, de dizer algumas coisas a
nível individual, passadas as "emoções" de sexta-feira à noite.
1) O jogo foi bom, francamente bom. Ao nível dos melhores de sempre e se ainda existisse o prémio 'Oiçaaaam' de boa memória, daria pontuação bem alta.
2) As polémicas ficam cabalmente explicadas. Tens razão, Sérgio. O erro é nosso (meu), e pronto. Siga a marinha, falhámos a final por causa disso.
Repito: por erro nosso, não por erro de quem fazia o jogo.
3) Mais: quando as polémicas se levantaram, as decisões foram bem tomadas e não prejudicaram ninguém.
4) Na altura amuei, porque (convictamente) entendia
que estávamos a ser prejudicados.
Espero não ter faltado ao respeito a ninguêm (acho que não).
De qualquer forma, percebi logo durante o jogo que tinha dado muito trabalhinho a fazer e que havia uma procura de equilíbio e diversidade. Aposta conseguida.
5) E intenção de rigor, também, reconheço agora sem qualquer problema.
Parabéns, Sérgio. Pelo jogo. E pela forma como avançaste logo com as explicações no rescaldo, e pelas divertidas olimpíadas espertalhas.
Parabéns, mesmo.
FB
Já não sou o primeiro da OdF
a falar (O para mim é o Frederico),
mas ainda vou a tempo
creio, de dizer algumas coisas a
nível individual, passadas as "emoções" de sexta-feira à noite.
1) O jogo foi bom, francamente bom. Ao nível dos melhores de sempre e se ainda existisse o prémio 'Oiçaaaam' de boa memória, daria pontuação bem alta.
2) As polémicas ficam cabalmente explicadas. Tens razão, Sérgio. O erro é nosso (meu), e pronto. Siga a marinha, falhámos a final por causa disso.
Repito: por erro nosso, não por erro de quem fazia o jogo.
3) Mais: quando as polémicas se levantaram, as decisões foram bem tomadas e não prejudicaram ninguém.
4) Na altura amuei, porque (convictamente) entendia
que estávamos a ser prejudicados.
Espero não ter faltado ao respeito a ninguêm (acho que não).
De qualquer forma, percebi logo durante o jogo que tinha dado muito trabalhinho a fazer e que havia uma procura de equilíbio e diversidade. Aposta conseguida.
5) E intenção de rigor, também, reconheço agora sem qualquer problema.
Parabéns, Sérgio. Pelo jogo. E pela forma como avançaste logo com as explicações no rescaldo, e pelas divertidas olimpíadas espertalhas.
Parabéns, mesmo.
FB
Obrigado Filipe pelas tuas palavras e, como é óbvio, é claro que não houve qualquer sequela em relação aos momentos acalorados do jogo.
São coisas próprias de quem vibra com isto e, quando assim é, mais palavras para quê...
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São coisas próprias de quem vibra com isto e, quando assim é, mais palavras para quê...
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