Friday, October 19, 2007

 

Entrevista a João Velhote e Gonçalo Pereira, dos Zbroing 747!

Cerca de um mês depois da organização do último Quiz de Cascata, Velhote e Pereira aceitam falar para o blog QdC. Transparece a sensação de dever cumprido e de orgulho por um jogo que passou sem polémicas de maior.


Foi trabalho de equipa do bom.


Praticamente um ano depois da estreia dos Zbroing em jogos de cascata, chegou o momento de organizarem e conduzirem um jogo do campeonato. Estavam preparados para isso?
Sim! Começámos a preparação da jornada no dia em que fomos convocados. Já tínhamos organizados vários quizzes entre nós, mas sempre no modelo de resposta escrita utilizado na Barraca. Os vários jogos de cascata em que participámos permitiram-nos ver o que gostávamos - como perguntas interessantes independentemente do nível de dificuldade - e aquilo que achámos ser desaquado, como partes escritas demasiado extensas.

A vossa organização já estava, ainda antes de se iniciar, envolta em boa dose de celeuma, com a data que vos foi atribuída a ser amplamente contestada - nomeadamente pelos Mineteiros. Confirmam que foram ligações privilegiadas à C.O. que vos permitiu fazer o jogo de Setembro, passando por cima de compromissos verbais com outras equipas?
(João), Pessoalmente não acompanhei muito a polémica, mas desde cedo que indiquei ser o mês em que teria a certeza de que poderia participar, tanto por motivos profissionais como de saúde.
G – A equipa mostrou-se disponível desde a primeira jornada para realizar um quiz. Entretanto, fomos contactados e perguntaram-nos acerca da nossa disponibilidade para Setembro, ao que respondemos afirmativamente, começando de imediato a preparar o nosso jogo. Nem nos apercebemos de qualquer celeuma até à jornada que antecedeu a pausa estival.

Mas como analisam nesta questão o papel do Júlio Alves, que, ao que parece, se terá comprometido com os Mineteiros, entregando-lhes o jogo de Setembro?

G – Novamente, desconhecíamos essa situação até à jornada de Julho. Numa primeira fase, mostrei-me até disposto a trocar a data, mas após tomar conhecimento da impossibilidade de o João o fazer devido à sua questão de saúde, tive de abandonar essa flexibilidade.

Como foi o processo de elaboração do jogo? Já estava preparado há muito?
Seguimos a sugestão do Pascoalinho, que realizou um dos jogos mais interessantes em que participámos e cedo começámos a reunir perguntas. Seguindo a tácita tradição dos quizzes de Cascata combinámos que cada um iria fazer perguntas de áreas temáticas do seu interesse. O João ficou-se pela fotografia e temas relacionados com a Internet, o Gonçalo com o Cinema e a Antropologia.
Só com a recolha de perguntas terminada é que catalogámos as perguntas de acordo com o nível. Tanto tivemos perguntas que um julgava ser do nível I e acabaram no III como o oposto. Seguimos então a sugestão dos Mamedes e o João criou um programa para a distribuição de perguntas pelas equipas. Ao invés de distribuirmos por tema, apostámos na distribuição por grau de dificuldade dentro de cada nível, de forma a maximizar o número de respostas directas por equipa, principalmente no nível I. Achamos que funcionou bem, pois todas as equipas acertaram pelo menos a duas directas. Estamos disponíveis para fornecer o programa a quem o desejar utilizar ou melhorar.

Algum inconveniente em realizar um jogo a 2? Que método seguiram?
Acho que nunca teria corrido tão bem se só tivesse ficado um de nós responsável por todo o jogo. Foi trabalho de equipa do bom. Cada um ficou responsável de arranjar metade das perguntas, juntámo-nos uma noite para discutir a dificuldade de cada pergunta e no final combinámos que seria melhor ficar a mesma pessoa a tratar dos pontos. (João: Eu pessoalmente acho que teria feito asneira da grossa. O Gonçalo fez um trabalho excelente) durante o jogo.
G – Nenhum inconveniente. Temos uma amizade já longa que permite que consigamos conciliar os nossos egos e, assim, decidimos canalizar a voz de comando do João e a minha ligeira tendência para a obsessão-compulsão para uma condução do jogo mais segura.

Cumpriram escrupulosamente os regulamentos no que toca à parte escrita. Acham que é um exemplo que pode frutificar?
Gostámos do silêncio que se fez na sala assim que entregámos as perguntas e gostámos do facto de ninguém se ter queixado no fim de não ter tempo suficiente. A prova escrita não pode ser um exercício de contra-relógio, o resto do jogo já é tenso q.b.

Por várias vezes, ficou a impressão de o João estar exasperado com o comportamento dos presentes na sala. Nesse capítulo, enfrentaram uma situação mais difícil do que esperariam?
(João) - Felizmente não houve polémicas de maior com as perguntas, o maior problema foi mesmo o barulho na sala, que impedia constantemente de ouvir as respostas. Interessante foi haver equipas que me pediam para repetir a pergunta que havia lido ao microfone para depois responderem como se estivesem no confessionário.
G – Isso e o facto de o João estar a ficar mouco.


Não há Lewis Hamiltons todos os anos, até porque ele está a ser levado ao colo.


O vosso jogo foi, em média, ligeiramente mais díficil do que o costume. Uma opção propositada?
Digamos que nos entretivemos demasiado com a recolha de perguntas e acabámos por não ter perguntas fáceis em quantidade suficiente.

Na questão dos brincos dos piratas, reconhecem o vosso erro? Quer dizer, se os piratas fossem raptados, não era bem mais fácil para os raptores roubarem primeiro o brinco e depois então pedirem o resgate? Têm alguma fonte que valide a vossa tese?
Assumimos que errámos. No entanto, decidimos na altura cumprir o que está estipulado nos regulamentos, ou seja, vale a resposta que está no cartão. Pedimos desculpa a quem se tenha sentido prejudicado.

No entanto, a vossa autoridade raramente foi questionada de forma aberta e evidente. Mérito na feitura das perguntas, na condução do jogo ou da boa-vontade com a generalidade das equipas regressou das férias?
J - Sempre que houve questões tratámos de as responder. Foi o nosso primeiro jogo e estávamos à espera de bastante mais hostilidade. O maior problema foi claramente o barulho e muitas das vezes não ouvirmos as respostas.
G – Sobretudo, quisemos minimizar o risco de errar, pelo que cada um de nós verificou não só as suas perguntas, mas também as do outro.

Que pergunta que não voltariam a fazer? A da rua dos Simpsons no nível 1?
J - Exactamente! Quando fizemos a selecção das perguntas, ambos sabíamos essa de caras, pelo que julgámos fácil. Pena nenhum de nós estar a jogar..
G – Concordo. Por vezes é difícil avaliar a dificuldade de coisas que nos parecem evidentes.

No geral, que apreciação fazem ao vosso jogo?
J - É muito cansativo, mas deu para ver que só com trabalho é que se faz um jogo interessante.
G – É mais difícil estar lá à frente a conduzir o jogo do que estar sentado a comer paparitos e a mandar bojardas. Mas disso já estava à espera.

E que feed-back receberam dos participantes?
Foi positivo. Acho que ninguém se sentiu prejudicado e isso é importante. Pelo menos foi algo que sentimos enquanto jogadores noutras jornadas e achámos importante que não acontecesse no nosso jogo.

As três equipas que costumam vencer ocuparam os três primeiros lugares do pódio. Isso surpreendeu-vos? Foi um jogo habilidosamente feito para agradar aos favoritos?
É provável que tenha acontecido porque são as melhores equipas, e isso notou-se mais com a elevação do grau de dificuldade. As três equipas da frente proporcionaram momentos impressionantes, responderam a perguntas que achávamos nós serem impossíveis de acertar. (João) - Tive pena que os Fósseis não acertassem na pergunta sobre as avenidas e ruas que delimitam o Central Park de NY por uma rua (disseram 57 em vez da 59).

Qual a equipa cuja prestação vos desiludiu? A vossa, suponho?
Não nos compete a nós analisar a prestação das outras equipas. Quanto à nossa, foi assim para o razoavelzinho, vá. Mas actuámos bastante desfalcados e mesmo assim não foi desastroso, o que quer dizer que está lá o potencial.

Contam com uma boa classificação no Prémio Oiçammm?
Não entramos no domínio da especulação.

E no futuro do campeonato, quais as aspirações dos Zbroing? Ainda contam roubar o 4º lugar aos lagartixas? E uma vitória numa jornada?
Penso que estamos a fazer uma boa temporada. Se conseguíssemos chegar ao quarto lugar seria fantástico, mas é preciso olhar também para trás para não nos deslumbrarmos.

O título está matematicamente fora de hipóteses. Desiludidos? Chegaram a acalentar o sonho de dar mais luta aos 3 grandes?
Não há Lewis Hamiltons todos os anos, até porque ele está a ser levado ao colo.

No arraial-pride-quiz de Julho, a equipa vencedora tinha elementos dos Zbroing; a equipa que terminou em terceiro também. São, independentemente do que possam dizer os factos, os dominadores dos quizzes da Barraca. São uma equipa que não se consegue libertar da pressão?
A pressão até nos ajuda, mas, por vezes por manifesta incompetência, e outras por falta de sorte, temos sido bastante irregulares. Vamos esforçar-nos por melhorar esse aspecto do nosso jogo.

Comments:
Foi um quiz porreiro, concordo! Quanto aos momentos impressionantes, folgo por a minha equipa (Mamedes) ter conseguido ser fiel ao seu gabarito geeko-científico no último nível...

"For he is the Kwisatz Haderach!"

http://en.wikipedia.org/wiki/Kwisatz_Haderach
 
Na Barraca mando eu e não esse bando de pseudo-libertinos...
 
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