Monday, June 18, 2007

 

CLASSIFICAÇÃO JUNHO 2007

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Distribuição de Religiões nas Ilhas Maurícia e Rodrigues:

Religions: Hindu 52%, Christian 28.3% (Roman Catholic 26%, Protestant 2.3%), Muslim 16.6%, other 3.1%

(apud: http://go.hrw.com/atlas/norm_htm/mauritus.htm)
 
Quem colocou a parangona bombástica do recorde de pontos podia salientar também o recorde absoluto de manifestações de aborrecimento e discórdia dos demais convivas (aka "O Povo").
 
nao te deves lembrar bem do teu jogo
 
Em duas palavras: IM PRESSIONANTE!
No post de 14 de Junho (mensagem-convocatória para o Quiz de Junho) o quiz passado foi adjectivado de 'politicamente incorrecto, inconstitucional e injusto'. Quem diz a verdade merece sempre perdão.

Quando ia para casa comecei a recordar algumas perguntas e questionei-me sobre quantas questões de filosofia tinham sido no âmbito das ciências naturais. Não me lembrei de nenhuma (não estou a dizer que nenhuma foi feita).

Falou-se muito de filosofia 'religiosa' (S.T. Aquino et al), de filosofia 'política' (Locke et al), de filosofia 'económica' (e.g., Adam Smith) etc bla bla bla etc...
Então e Descartes, Kant, Hegel, Bachelard, Russel, Duhem, Mach, Popper, Feyerabend et al? Cheguei à conclusão que estes não foram mencionados nas questões porque embrenharam-se mais pelas ciências naturais...e isso aparentemente interessa menos.

Achei curioso partilhar isto com vocês. Até numa disciplina transversal ao conhecimento como é o caso da filosofia, os organizadores conseguiram 'quase esquecer' as vertentes da filosofia mais associadas às ciências naturais. BOM TRABALHO!

Saudações,
VM
 
Magueijo,

Isso não está mal visto, mas acho que estás a ser muito injusto para com S. Tomás de Aquino. "Filosofia religiosa"? Como para Locke, ao reduzi-lo à "política". Ou Adam Smith, um filósofo moral. De resto, boa parte dos filósofos da ciência e da epistemologia mais conhecidos são positivistas e só ficou bem serem ignorados. Mas também saíram perguntas sobre Hume, Heidegger, Rorty, Pascal.

A partir de amanhã, muitas novidades no blog!
 
Um jogo pouco aborrecido não é sinónimo de bom! Olhem o meu. Foi um jogo em que ninguém se aborreceu porque (quase)toda a gente, inclusive a minha equipa, me estava a odiar e chamar energúmeno (com razão)!
 
Caro Hugo,

Não pretendo dar lições a quem provavelmente percebe muito mais de filosofia do que eu. Sei perfeitamente que estereotipei um pouco as coisas e que o trabalho de muitos destes senhores abrange variadas temáticas.

A redução a estereotipos pretende caricaturar um pouco a realidade. Concordarás que uma pessoa formada em ciências naturais mais facilmente 'se cruza' com Descartes e Popper do que com Hume, Kirkegaard ou Heidegger. Subjectivo eu sei, mas parece-me óbvio.

Os 'etc's e 'bla's representam todos os outros filósofos que referiste e que potencialmente poderias referir. São demais para a minha pequena carroça pensante e por isso não cabem todos.

VM
 
Francamente, não tenho memória de alguma vez ter visto num jogo tanta gente de tanta equipa com expressões oscilantes entre o estupefacto e o divertido blasé.

Talvez eu seja simplesmente muito inculta sobre os temas mais queridos dos organizadores (não vale a pena recuperar a discussão tanta vez repetida neste blogue sobre o que um organizador deve e não deve fazer no seu jogo).

Mas sinceramente? A noite de sexta foi provavelmente a mais aborrecida que tive no último ano. E tendo em conta que boa parte desse ano foi passada num fim de mundo na Escócia, é dizer muito. Quer dizer, houve um baptizado de uma prima em segundo grau em Novembro, mas isso não conta.
 
Oh anónimo, e tu não te deves lembrar do teu nome!
 
Magueijo,

Concordo, disse logo que era bem visto; o meu comentário foi só em defesa da honra do Doutor Angélico e restantes, e colocando a reserva de boa parte dos filósofos perguntados até terem tido contributos importantes para a área das ciências "naturais" (em particular, Hume: http://cco.cambridge.org/extract?id=ccol0521382734_CCOL0521382734A004 )
 
sou soh eu ou parece que para alguns há uma relação directa entre o aborrecimento do jogo e perder ou ganhar?
 
Salvo erro, "Aristóteles" foi resposta a três perguntas e "Jesus Cristo" a duas. Outras perguntas houve em que não se entendia o nível... Foi um jogo chato, sem nível. Os organizadores poderiam e saberiam fazer melhor...
 
Não quero ser advogado em causa própria mas gostei do jogo, apesar de algumas falhas que passo a enumerar:
- Uma 1ª parte com 2 perguntas de graça (equações e diferenças).
- Grande confusão nos níveis. Havia perguntas muito difíceis no nível 1 e fáceis nos níveis 2 e 3(este motivo levou à eliminação dos Fósseis num jogo que, à partida, até lhes podia ser favorável).
- Excesso de ideologia especialmente na parte final do jogo.

Vejamos agora o que me agradou no jogo:
Entendo que o quiz deve versar a chamada "Cultura Geral". E perguntam vocês o que é a "Cultura Geral": È aquela que nâo é específica. Se eu perguntar qual a obra mais importante de Espinosa é cultura geral, mas se perguntar de que assunto trata a 4ª parte da Ética já não é.
Toda a gente lê, viaja, vai ao cinema, assiste a acontecimentos desportivos,ouve música, vê televisão, joga qualquer coisa, sabe curiosidades etc. Estes são os grandes temas do quiz: Literatura, Geografia, Desporto, Artes, Cinema, História, Jogos, Siglas, Personalidades etc... Não é por acaso que é o tipo de perguntas que aparecem nos concursos de televisão desde a década de 50.
Podem sempre argumentar: mas eu não me interesso por desporto. Paciência, o jogo não é individual e as equipas são de cinco.
Pessoalmente prefiro uma pergunta sobre o autor de uma frase que, mesmo não sabendo, posso acertar por raciocínio do que uma fórmula que ou sei ou não sei. Um dos aspectos mais divertidos do quiz é meter um chouriço e entar!

Quanto à polémica com as Ciências claro que este tema é importante e podem fazer-se muitas perguntas de "Cultura Geral" dentro deste assunto embora não tenha sido essa a norma: As 3 leis de Kepler são 3 bons exemplos de 3 perguntas que se podem fazer (uma lei para cada nível do quiz).
Em geral as perguntas de Ciências têm sido demasiado específicas. Daí a reacção contra dos Ursinhos absolutamente compreensível.

PS - As ideologias já dizimaram mais seres humanos do que todas as epidemias juntas. Deve ser um tema do conhecimento geral até porque é urgente acabar com elas. E devemos sempre conhecer aquilo que nos asfixia.
 
Caro anónimo da 1:07 pm. Não sei se és soh tu. Tal como não sei se sou soh eu que acho que usar português correcto em vez de net speak é tão importante como assinar o próprio nome.

Falando apenas pela minha equipa, estamos bastante habituados a perder. Melhor que isso, a perder na recta final, e ostentamos essa característica sem embaraço no nome Mamedino. Agora falando em nome pessoal, não é meu hábito dizer que um jogo foi "aborrecido" de cada vez que perdemos. Já estaria gasto, o comentário. O jogo do mês passado foi emocionante até demais e os Mamedes perderam no desempate.

Aborrecido para mim é estar 3 horas na Ajuda e contribuir com 4 ou 5 pontos para a minha equipa. Mas assumi no meu post anterior que sou incultíssima nos temas do coração dos organizadores. O que não invalida que me tenha aborrecido quase tanto como no baptizado da tal prima.

Já agora, acrescentando ao comentário do Rocaforte que acabei de ler. O problema deste jogo, pelo menos para mim, não foi não ter ciências. Aliás, nem têm conta o número de jogos sem ciências que já se jogaram na Academia. Mas o de sexta não teve ciências, geografia, história, literatura (não política/religiosa/filosófica), arte, música. Ou melhor, teve umas pintalgadas aqui e ali. E não chega. Deve haver mais cuidado por parte dos organizadores, mais respeito pelos gostos, áreas, apetências de todos.

Just my two knuts.
 
Só para acabar e prometo que não aborreço mais.

Um paralelismo muito interessante que se pode fazer aqui é com o jogo do Hugo do ano passado. Ora, o Hugo, como todos vimos na sexta, sabe um bocadinho de economia e filosofia nas suas várias vertentes. No entanto, o jogo dele tinha um pouco disso e de tudo o resto: foi um jogo interessante, bem concebido e estimulante. E não lhe faltaram polémicas e tal se bem me lembro. Foi giro.

É apenas um exemplo que vem a propósito, de como se pode saber muito sobre algo que quase mais ninguém sabe (o tal "especialista") e mesmo assim organizar um jogo equilibrado. Um jogo giro em que a maioria das pessoas se divirta.
 
um jogo que começou em António Salazar e acabou em António Sardinha, é coerente.
Sem (mais) comentários, quanto a isso.

provavelmente, abre uma caixa de Pandora. Vamos todos fazer jogos para o umbigo e para gáudio dos nossos amigos?

o que é que isso pode dar?
em próximas rodadas, que o alegado lóbi das Ciências carregue ainda mais por aí.
ou então, que o alegado lóbi da BD (eu, por exemplo) faça um jogo com as perguntas necessárias e suficientes para ganhar outra equipa do mesmo alegado lóbi.

Não se estará a matar o espírito da Cascata? partindo do princípio que era motivo para salutar convívio...

Nuff said (como se diz no universo Marvel), fico à espera para ver a votação no prémio 'oooiçam' e se o score do Papa é batido.

FB
 
só mais uma coisa: a classificação dos Zbroings também não está correcta.
partindo do princípio que tinham 16 pontos (conforme resultados do mês passado), somam agora 20 e não 21.

(sorry, podem ser contas que nos interessem para a classificação final).

FB
 
Concordo com o FB, obviamente: quizzes sobre aquilo que se gosta são sempre perigosos e, se repetidos, permitem prever quem ganhará o campeonato: basta correlacionar as preferências dos organizadores com os diversos experts distribuidos pelas equipas, e somar tudo.

Assim, corre-se o risco de se transformar o quiz, modalidade supostamente abrangente e de largo espectro, numa espécie de hi5.com para intelectuais.
 
Embora sem ter ficado para ver a terceira fase, coisa que se tem tornado hábito regular nas últimas edições, sou sempre gajo para mandar o meu bitaite.

Não creio q o primeiro nível tivesse sido tão desequilibrado quanto isso. Mas, no segundo nível, sucumbiu-se à tentação que quase todos os organizadores têm caído de cairem nos temas que lhe são queridos e, no meu entender, o mal disso é q nos temas que gostas tendes a subir o nível de dificuldade pq tudo te parece mais acessível.
Eu sou da área de Letras, Ciências Sociais, etc e tal e não achei tão entediante como outras opiniões, mas também achei mt centrado no segundo nível em temas específicos que depois tinham um nível superior em termos de dificuldade a perguntas de outras áreas que foram feitas.
Na 3a parte, que fale quem lá esteve. Em termos de condução de jogo, acho q foi de bom nível.
Mas, essencialmente, concordo com a opinião inicial do Rodrigo.
 
Acho uma piada do caraças! Andamos a gramar perguntas sobre livros de quadradinhos, merdices técnicas sobre ciências biomédicas, saber quem inventou pilhas, ampulhetas, atacadores de sapato e perguntas sobre mocassins de índios, e agora vêm com a conversa de que o quiz foi monotemático...
Nunca vim aqui dizer que esses quizes fossem dignos de bocejo, que fossem direccionados para amigos, que fossem umbiguistas.
Ainda por cima quando todos sabem quais são as equipas que têm pessoas especialistas em determinadas áreas e quando o ano passado se desenharam quizes para que ganhasse a própria equipa, como parece evidente que aconteceu lá para o fim...
Se se está a matar o espírito do Quiz é porque as perguntas são cada vez mais vocacionadas para o conhecimento de algibeira e a afastá-lo do que ele deveria ser.
Tenho ideia de que este deve ter sido o quiz que menos voltas sem resposta teve, o que me parece significativo.

Fiz o melhor que consegui.

O Organizador

JAC
 
"e quando o ano passado se desenharam quizes para que ganhasse a própria equipa, como parece evidente que aconteceu lá para o fim..."

É assim mesmo JAC, é esse o caminho. Parabéns.
 
"Tenho ideia de que este deve ter sido o quiz que menos voltas sem resposta teve, o que me parece significativo."

Pelos vistos encontraste uma alma gémea, eu propunha-o em casamento…
 
Sim senhor, é só classe! Já agora, porque não objectivar essas acusações? Ou a tua elevada cultura humanista não está para aturar estes reles cientistas?

De qualquer modo, e para quem não apanhou as insinuações, o emérito organizador refere-se ao penúltimo jogo do ano passado: o grande desequilíbrio que acusa foi, tão somente, a presença de perguntas de ciência num número comparável aos restantes temas (que eram muitos). Acredito que seja aborrecido não as acertar, mas é por isso que há equipas melhores e piores. Talvez por isso, os Cavaleiros tenham ficado apenas a uma distância de 5 pontos atrás, não 15 à frente.

Já agora, e pela tua própria insinuação, admitirás que o teu quiz foi desenhado para a classificação obtida -- ou não previas quais as equipas com especialistas em economia, filosofia e política? É que isso das perguntas serem sempre respondidas é muito significativo, especialmente quando são sempre os mesmos temas, e sempre as mesmas equipas a acertar.

Por último, quem é que te nomeou alto magistrado da cultura geral / quizística / trivial cá do burgo? As "merdices técnicas de biotecnologia", que eu próprio não aprecio, podem um dia salvar-nos a vida -- e, até lá, pertencem à esfera de cultura, nem que seja trivial.
 
-- Post-Scriptum ao Scriptum Jorgium --

Depois de ler o que escrevi, reparei em algo que não foi consciente, e merece ser ressalvado: não pretendo insinuar que a vitória dos Cavaleiros foi desenhada, apenas utilizar a própria argumentação do JAC para a contradizer.

Parece-me bem mais plausível que tenha apenas descarregado nas massas a frustração de não existirem mais perguntas ao seu gosto (que todos temos o nosso), e exagerado. Muito. Ui. Tanto!
 
Caro Jorge,

Quem diz que os temas devem ser diversificados coloca-se na mesma posição de alto-magistrado que eu me coloquei, pela simples razão que enuncia um "dever ser". Logo, és tão alto-magistrado como me imputas. "Conhece-te a ti mesmo" dizia o outro...

Quanto às vitórias e às carapuças é de salientar que não existia nos Ursinho que estavam a jogar ninguém de filosofia, de economia ou de ciência política! Estavam quatro juristas a jogar. Ou seja, como o teu post-scriptum bem revela, o argumento é bem disparatado (a não ser que eu quisesse a vitória dos Cavaleiros, por alguma obscura razão que terás de aduzir).
Se quisesse que a minha equipa ganhasse, poderia bem ter posto perguntas sobre Direito, notariado, perguntas da Constituição ou do Código Civil (que, salvo melhor opinião, também pertencem a essa concepção ampla de que a Cultura é todo o conhecimento).

Devo dizer que tens alguma razão no último ponto. Não que tenha descarregado qualquer frustração nos circunstantes, mas que, em virtude das doses massivas de perguntas técnicas e para os localizados amantes de "livros com bonecos", talvez tenha havido um excesso de perguntas de filosofia, política e história, pois que me parecem bastante mais importantes que os ácidos do DNA, a problemática da estenose hipertrófica do piloro, ou se o Batman é mais velho que o Pateta ou o Homem-Aranha.

JAC
 
Boa discussão. Os Jorges até a podem ter em posts... Brevemente expressarei o meu POV.

Para já, só quero picar o Rocaforte: "- Excesso de ideologia especialmente na parte final do jogo."

Na parte final? Foi aí que apareceram perguntas sobre Oakeshott, T.S. Eliot, Voegelin e muitos outros inimigos jurados da ideologia.
 
E fazer uma ressalva para memória futura: no cinco titular dos Cavaleiros marcam presença um gestor, um economista, um publicista, um professor de educação física e um cineasta. Quais especialistas em filosofia e política? Que isto até me parece paradoxal, mais tarde discorrerei sobre os porquês.

Recordo-me de duas perguntas de economia, ambas de nível zero e que já tinham saído em quizzes anteriores.
 
Uma nota final: os Cavaleiros não perderam o jogo da Sofia por causa do número de perguntas de ciências. Nesse jogo, até conseguimos uma excelente (e, infelizmente, irrepetível) perfomance nesse capítulo.
 
Vivemos numa das épocas mais utilitaristas e materialistas da História da Humanidade. O pessoal só quer conhecer o que o diverte ou então aquilo que serve para ganhar o guito ao fim do mês. Os tipos com uma cultura humanista são cada vez mais fósseis (salvo seja!).

O curioso no meio de isto tudo é que os fundadores da Ciência moderna não eram assim. Eram espiritos livres e abertos a outras formas de conhecimento. Se fossem como os seguidores de hoje não existia ciência nenhuma, mas apenas um conjunto de técnicas, de preferência de aplicação militar ou económica, que lhes tinha permitido viver à grande. E não parece que tenha sido esse o caso.
 
Caro JAC,

Mas porquê esse teu asco para com questões mais técnicas (se é que algumas se podem chamar assim)? E não tentes agora levar a tua argumentação para a BD. Estamos a falar especificamente de Física, Química, Biologia, etc. Porque cospes em disciplinas que te proporcionam (junto com outras certamente) conforto ou destruição, sucessos ou fracassos, vida ou morte? E as questões éticas associadas? Não te interessam? Espero que sim.

Claro que questões sobre ideologias, religião, economia, etc., são importantes. Claro que são! Mas não abuses! O 'máquina do mundo' não funciona só com estas 'rodas dentadas', precisa de mais peças! (Desculpa lá a metáfora 'técnica')
Foi uma dose brutal de temas demasiado próximos, e tal como num post que escrevi ontem, até na filosofia conseguiste um certo afastamento das ciências naturais.

Por favor, mesmo que o não tenhas, peço-te encarecidamente para mostrares um bocado mais de respeito por áreas que dominas mal. Eu domino mal as tua áreas de formação e não é por isso que me deixam de fascinar. Vai se aprendendo.

Cumprimentos

-------------------

Caro Pedro Rocaforte,

Concordo com a tua visão utilitarista e materialista da Humanidade, se te referiste à Ciência em sentido lato (naturais e sociais). Discordo que só os técnicos tenham enveredado por esse caminho.

Cumprimentos

---------------

VM
 
Quem tem razão é o gajo do primeiro post, isto das camisetas personalizadas é que está a dar! E já sabem "quando der dá uma passada" pelo blog do sujeito.
 
Caro JAC,

Isto de escrever posts já a pensar nas respostas e punch lines que se podem dar a seguir exige um pouco de mais prática no xadrês.

Isto é, se te preparavas para falar em carapuças deverias ter feito a insinuação anterior algo mais larga...

"e quando o ano passado se desenharam quizes para que ganhasse a própria equipa, como parece evidente que aconteceu lá para o fim..."

Porque neste caso não havia qualquer carapuça a enfiar, havia apenas um sapato de cristal tamanho 38. E todas as cinderelas que organizaram jogos no fim do ano passado calçavam 45. Houve uma única equipa a ganhar um jogo organizado por um dos seus. Francamente, aprende a construir melhor os innuendos. Insinuação /= Acusação.
 
Para os outros que aqui têm escrito as suas opiniões, não percebo porque o reduzem à ciência. Já houve tantos jogos com a mesma ciência que este, acho que essa discussão já não trás nada de novo... Até porque nesse aspecto particular o jogo foi igual a muitos outros.

Eu nem sequer acho que o quiz tenha sido desenhado para favorecer os amigos ou algo parecido, nem nunca o disse. Penso que houve apenas um certo desdém (pouco salutar) pelo que não se conhece (ou gosta), patenteado nuns comentários que ouvi no fim, SIC "Isto não é um jogo para miúdos" e também "O que é que interessa qual é a base do ácido", ou algo cientificamente semelhante...

Fazer um quiz é também uma excelente oportunidade de aprender coisas das quais não sabemos nada. Quando preparei o meu fui deixando para o fim os temas que menos gostava e depois acabei por me ver à rasca com a minha incultura, mas acabou por valer a pena.

Quer dizer, esse foi o meu caso. Certamente que há jogadores do quiz com cultura suficiente para preparar jogos com bastante mais facilidade, mas enfim, isso já é outro campeonato! Acho que vou aproveitar a hora de almoço para ir ler umas coisas...
 
E uma questão para reflexão: como é que se pode achar que os "ácidos do DNA" (não interessa a incorrecção da frase) são pouco importantes??

-- Incidentally, de todas as vezes que essa pergunta (ou similar) apareceu no quiz, nunca foi pela mão de um "cientista". --

Se existe um tema unificante para toda a humanidade é precisamente esse. É a base de tudo, não só do Homem mas de toda a Natureza. Sem DNA não existe o pensamento.
 
O quiz da Sofia foi no século passado. Assunto encerrado.

Quanto ao quiz do Jorge já houve esta época jogos bem piores, com erros, dualidades de critério na apreciação das respostas e não se refilou tanto.

Vou mas é encomendar uma camiseta personalizada que é o que está a dar!
 
Hugo,

Teve tanto de memorável como de impressionante. O Bill Bryson é amigo, não é? Mas com "especialista" não me referia a profissões. Vê lá, eu sou especialista em Harry Potter e (infelizmente) não ganho a vida com ele. Shame shame!

E concordo totalmente com o Pedro Rocaforte. Aliás, ando a dizê-lo a quem me quer ouvir há anos. Os fundadores da ciência moderna tinham muito mais curiosidade do que técnica. Havia tanto por descobrir, tanto em que pensar... Foi certamente uma época excitante. Agora parece haver uma sensação acomodada de que já está tudo descoberto, de que já não há algo sobre o qual ser curioso.

Por outro lado, acho que existem muitas pessoas na comunidade quiz que contrariam esse espírito, que vão além daquilo em que trabalham, além daquilo que gostam mais intuitivamente. Não te parece? É das coisas que mais gosto de ver no jogo.
 
Eu por acaso acho que vocês são muito mais chatos do que eu. Mesmo quando estou com os copos. Vão mas é sardinhar, apanhar sol, beber tintol em tascas, fazer festinhas ao meu avô Rocaforte, ou ofender desmesuradamente o Hugo.
Mas cresçam. Senão ficam velhos. Se é que não o são já.

Eu/Joao/ Bigodes/ Cavaleiro.
 
Caro Vítor,

O meu problema com a técnica é o mesmo que o de Heiddegger (que não é santinho da minha devoção...). É um conhecimento localizado e que nada traz sobre as perguntas que são verdadeiramente humanas, que invariavelmente resulta numa ideia de que a Cultura é tudo (que acaba na ideia de que esta é irrelevante)! Se à acção técnica é concedido o estatuto de Cultura, poderemos ter em breve temas como "massagem tailandesa", notariado, a remoção de resíduos urbanos na sociedade globalizada ou a música "pimba", como temas de Cultura Geral (que é em si uma corruptela das Universalidades).
Como disse o Rocaforte o problema é que as ciências naturais se tornaram ideologia e considerado um conhecimento separado (meramente técnico) da metafísica e endógeno. Mais uma magnífica obra do positivismo...
O que vejo são os grandes pensadores a evoluir (Voegelin e Maritain, p.ex.) para as Humanidades. Há mais beleza numa Ideia que em todo o Universo físico, como defendeu São João da Cruz.
É evidente que não nego que esses conhecimentos nos podem salvar a vida, mas esse não é o conhecimento elevado que caracteriza a Cultura. É precisamente o inverso...
A Cultura é o conhecimento das coisas por que se deve viver e até morrer, não dos meios para o fazer (a techné).

Um abraço

Sofia,

para eu começar a melhorar as minhas insinuações, terás de melhorar o teu uso da língua materna, que não "trás" nada de novo a este "xadrês"! Quando se quer dar passos maiores que a perna...
Como disse o Pedro Rocaforte, houve quizzes bem piores, com maior divergência de critérios, com erros factuais muito graves...
Ninguém disse nada, ou ficou-se pelas bocas! Ninguém disse que havia sido injusto, como se leu nesta caixa de comentários.
Reitero, não há maior seca que estar num quiz dirigido a amigos ou malta do Doutoramento em Biologia Molecular. E quizzes houve em que não saímos a meio por respeito para com as outras equipas, quando, logo de início, se sabia onde é que aquilo tudo ia desembocar...

No meu quiz, em vez de invenções houve matérias factuais, para evitar discussões (não as houve, exceptuando o meu erro papal reconhecido ainda durante a cascata). E houve um tema de ciência na primeira volta, recorde-se, mais perguntas sobre Einstein, Gell Mann, leucócitos.

Eu estou tranquilo, ao contrário de muitas outras pessoas que por aqui escrevem.

Desejo-vos a todos as maiores felicidades, mas já vou ficando farto de ler coisas de tão grande má-fé.

Até depois,

JAC
 
Acabaste de escrever que a tua equipa não sai a meio embora hajam jogos obviamente "feitos", disseste claramente que o meu foi um desses, mas...

... estás farto de ler coisas de má-fé?? Só se for nos previews dos teus próprios comentários. Enfim, vou mas é fazer uma sardinhada.
 
FB

Tens razão em relação aos pontos dos Zbroing 747.

Têm efectivamente 20 pontos equivalentes a

Janeiro 2º lugar = 8 pts
Fevereiro 14º lugar = 1 pts
Março 6º lugar = 2 pts
Abril 13º lugar = 1 pts
Maio 4º lugar = 4 pts
Junho 4º lugar = 4 pts

Obrigado pela recorrente ajuda.
 
"Discordo que só os técnicos tenham enveredado por esse caminho."

Certo.
 
Pergunta (ou melhor, pedido): Luís ou Hugo, podem percorrer as tabelas de classificação de cada quiz (e geral) e colocar as respectivas labels em todas? Actualmente aparecem só três ou quatro...
 
Jorge

Assim que possível talvez só amanhã

Abraço
 
"Quem diz que os temas devem ser diversificados coloca-se na mesma posição de alto-magistrado que eu me coloquei, pela simples razão que enuncia um "dever ser"."

Caro JAC,

Assim de chofre, é verdade. Tal como alguém que apareça a pugnar pela existência exclusiva de perguntas sobre o Burkina Faso, o que dilui a capacidade de comparação e soa a pós-modernismo.

Como tal (digo eu), a simples razão que invocas é, portanto, simplista: eu não tento definir exclusivamente o que é cultura geral, como consequência, apenas advogo (no meu quiz e em comentários) uma equipartição mais uniforme dos pesos dos diversos ramos do saber. O que é bastante diferente do que fizeste, ao arrogares o direito de definir o que é a cultura geral, consubstanciado na distribuição de perguntas que seguiste.

Mas, a bem do discurso, rectifico: qualquer organizador é, por direito, um elevado magistrado eventual da coisa. Porventura, tu seguiste uma via mais anglófila, fazendo jurisprudência em causa própria, enquanto que eu tentei uma mais mediterrânica conciliação da Ius Non Scriptum do ecletismo cultural com a minha noção (que creio progressista, mas posso estar errado) de equidade.

Aparentemente (pelos comentários e reacções in situ), ambos errámos, por vícios de forma ou conteúdo.
 
jorge

Já está

Procura na label tabelas
 
Ok, obrigado!
 
Sofia, não vi o teu comentário:

"O Bill Bryson é amigo, não é?"

;)

"Os fundadores da ciência moderna tinham muito mais curiosidade do que técnica. Havia tanto por descobrir, tanto em que pensar... Foi certamente uma época excitante. Agora parece haver uma sensação acomodada de que já está tudo descoberto, de que já não há algo sobre o qual ser curioso."

O problema essencial está mesmo nos fundadores. Em Bacon e Descartes. O teu comentário fez-me pensar num ensaio citado no jogo de sexta-feira: http://www.conservativeforum.org/essayslist.asp?SearchType=6&AuthorID=409

"Por outro lado, acho que existem muitas pessoas na comunidade quiz que contrariam esse espírito, que vão além daquilo em que trabalham, além daquilo que gostam mais intuitivamente. Não te parece? É das coisas que mais gosto de ver no jogo."

Parece-me; não gosto nem desgosto (once again, remeto para o ensaio).

"Mas com "especialista" não me referia a profissões. Vê lá, eu sou especialista em Harry Potter e (infelizmente) não ganho a vida com ele"

Eu só sou especialista em logística de mercadorias (ganho a vida nisso) e em plantéis do FCP (um dia, ganharei a vida nisso).
 
Sofia, obrigado pelas tuas palavras sobre o quiz passado.

Jovens, se gostam de escrever... tentem resumir...

por mais que se queira ler, torna-se chato tanta palavra!

Carlos NNPED
 
ALGUEM JA SABE QUANDO É A SARDINHADA?

ISSO SIM, É UM TEMA INTERESSANTE...

E NAO SE ESQUEÇAM, DIA 2JULHO... MEIO DO ANO!

CARLOS NNAPED
 
Uma ideia para quem futuramente fizer um quiz...

se souberem à partida, antes de qualquer pesquisa, demasiadas perguntas do segundo nivel e muitas do terceiro nivel... se calhar é porque está muito dirigido!
Até posso estar enganado, mas revejam!


Abraços (de quem está na confortavel posição de nunca ter feito um quiz)

Pedro Pinto - NNAPED

PS- Aproveitem a sardinhada
 
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