Thursday, January 25, 2007
Essa é que é essa...
«Por exemplo, a equipa da posição 5 teve "abébias" atrás de "abébias". E a equipa da posição 8 foi pura e simplesmente "um cristo".
Qualquer equipa - repito, qualquer - que jogasse na mesa em que os Ursinhos jogaram era inexoravelmente eliminada no nível 2.
Desmotivante, não é?»
Filipe Bravo, em comentário ao jogo do Papa Júlio
Basta uma breve análise ao registo das pontuações para verificar que as coisas são exactamente como o Filipe as coloca. Os Ursinho foram a segunda equipa que acertou mais perguntas no nível II, e, de longe, aquela que mais cascatas acertou: cinco. Mas com 4 quatro 4 perguntas directas a darem a volta à sala, estavam condenados à partida. Como estaria qualquer outra equipa: nenhuma finalista passou acertando apenas duas directas de nível II.
Ontem, no Quiz da Barraca, um dos organizadores, o Nuno Vitoriano, queixava-se deste blog e da crónica do Luís. O argumento é que tinha falhado a explicação para a surpresa dos resultados: as equipas estavam mais equilibradas. Já no final do jogo tínhamos discordado desta explicação (não que não seja possível ser verdade, eventualmente é, temos é sérias dúvidas que a partir do jogo de Janeiro seja possível aferir isso). A explicação prende-se com aquilo que o Filipe Bravo adianta no comentário: uma gritante diferença do nível de dificuldade das perguntas - opinião que não escondemos do Júlio e logo na segunda-feira lhe transmitimos. As equipas que tiveram azar, estavam desde logo condenadas, para mais num jogo onde nos dois primeiros níveis existiam generosas doses de perguntas "oferecidas" - o que explica, por exemplo, a saída prematura dos BMV, que ao falharem uma directa que só 3 equipas na sala sabiam já não tiveram possibilidades de dar a volta ao texto, visto que a maioria das equipas acertou todas as directas. O nível I demasiado fácil falseia a verdade desportiva - à atenção do João.
Discordamos de interpretações pouco caridosas da expressão «filhos e enteados" utilizada pelo Filipe. Não há qualquer razão para isso. Mas nunca houve - nem neste, nem, por exemplo, no jogo de Novembro. Ponto assente: se até ao momento a polémica com o jogo do Júlio foi muito menor do que aquela que se verificou com o da Sofia, isso apenas se deve às circunstâncias. Tivesse esta jornada laivos de decisiva, ou fosse o Júlio elemento de uma equipa candidata ao título, e logo veríamos. Até porque, e o Júlio que nos desculpe a sinceridade, o jogo da Sofia foi muito superior ao dele em qualidade.
Isto tudo sem beliscar o inalcançável estatuto do Papa: foi uma noite infeliz, absolutamente inevitável em quem já nos ofereceu umas centenas de jogos perto da perfeição. De qualquer maneira, adiantamos que após contacto com a redacção deste blog, Júlio Alves se disponibilizou para uma entrevista mais alargada, que será realizada durante a próxima semana. E promete retorquir a estas critícas: "Nem tudo foi tão mau como dizem, dá-me tempo para preparar a entrevista que vai haver muita gente a levar na cabeça". A polémica promete. E, felizmente, não desapareceu. Como seria de esperar: a natureza humana não se muda por decreto.
Qualquer equipa - repito, qualquer - que jogasse na mesa em que os Ursinhos jogaram era inexoravelmente eliminada no nível 2.
Desmotivante, não é?»
Filipe Bravo, em comentário ao jogo do Papa Júlio
Basta uma breve análise ao registo das pontuações para verificar que as coisas são exactamente como o Filipe as coloca. Os Ursinho foram a segunda equipa que acertou mais perguntas no nível II, e, de longe, aquela que mais cascatas acertou: cinco. Mas com 4 quatro 4 perguntas directas a darem a volta à sala, estavam condenados à partida. Como estaria qualquer outra equipa: nenhuma finalista passou acertando apenas duas directas de nível II.
Ontem, no Quiz da Barraca, um dos organizadores, o Nuno Vitoriano, queixava-se deste blog e da crónica do Luís. O argumento é que tinha falhado a explicação para a surpresa dos resultados: as equipas estavam mais equilibradas. Já no final do jogo tínhamos discordado desta explicação (não que não seja possível ser verdade, eventualmente é, temos é sérias dúvidas que a partir do jogo de Janeiro seja possível aferir isso). A explicação prende-se com aquilo que o Filipe Bravo adianta no comentário: uma gritante diferença do nível de dificuldade das perguntas - opinião que não escondemos do Júlio e logo na segunda-feira lhe transmitimos. As equipas que tiveram azar, estavam desde logo condenadas, para mais num jogo onde nos dois primeiros níveis existiam generosas doses de perguntas "oferecidas" - o que explica, por exemplo, a saída prematura dos BMV, que ao falharem uma directa que só 3 equipas na sala sabiam já não tiveram possibilidades de dar a volta ao texto, visto que a maioria das equipas acertou todas as directas. O nível I demasiado fácil falseia a verdade desportiva - à atenção do João.
Discordamos de interpretações pouco caridosas da expressão «filhos e enteados" utilizada pelo Filipe. Não há qualquer razão para isso. Mas nunca houve - nem neste, nem, por exemplo, no jogo de Novembro. Ponto assente: se até ao momento a polémica com o jogo do Júlio foi muito menor do que aquela que se verificou com o da Sofia, isso apenas se deve às circunstâncias. Tivesse esta jornada laivos de decisiva, ou fosse o Júlio elemento de uma equipa candidata ao título, e logo veríamos. Até porque, e o Júlio que nos desculpe a sinceridade, o jogo da Sofia foi muito superior ao dele em qualidade.
Isto tudo sem beliscar o inalcançável estatuto do Papa: foi uma noite infeliz, absolutamente inevitável em quem já nos ofereceu umas centenas de jogos perto da perfeição. De qualquer maneira, adiantamos que após contacto com a redacção deste blog, Júlio Alves se disponibilizou para uma entrevista mais alargada, que será realizada durante a próxima semana. E promete retorquir a estas critícas: "Nem tudo foi tão mau como dizem, dá-me tempo para preparar a entrevista que vai haver muita gente a levar na cabeça". A polémica promete. E, felizmente, não desapareceu. Como seria de esperar: a natureza humana não se muda por decreto.
Comments:
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Tinha um comentário a este respeito escrito desde o passado sábado, mas acabei por preferir não começar uma discussão sobre o assunto. Mas já que foi mencionado por outras pessoas, cá vai em versão resumida:
- Muita atenção à dificuldade do nível I; quer-se fácil, mas o excesso leva a uma selecção quase aleatória das 10 equipas que passam ao nível seguinte. E outras equipas que não são aqui eliminadas podem ficar logo com um atraso não recuperável.
- No nível I houve um número ridiculamente pequeno de pontos ganhos em cascata; isto dá um peso excessivo às perguntas directas, ainda mais perigoso quando se pensa nas (inevitáveis) oscilações de dificuldade dentro do mesmo nível.
Gostava que os futuros organizadores tivessem isto em conta. E se as equipas estão mais equilibradas e com maior nível competitivo, então o nível das perguntas (principalmente no N1) devia subir com o das equipas.
Sofia
- Muita atenção à dificuldade do nível I; quer-se fácil, mas o excesso leva a uma selecção quase aleatória das 10 equipas que passam ao nível seguinte. E outras equipas que não são aqui eliminadas podem ficar logo com um atraso não recuperável.
- No nível I houve um número ridiculamente pequeno de pontos ganhos em cascata; isto dá um peso excessivo às perguntas directas, ainda mais perigoso quando se pensa nas (inevitáveis) oscilações de dificuldade dentro do mesmo nível.
Gostava que os futuros organizadores tivessem isto em conta. E se as equipas estão mais equilibradas e com maior nível competitivo, então o nível das perguntas (principalmente no N1) devia subir com o das equipas.
Sofia
Exactamente Sofia. Bom comentário.
"mas o excesso leva a uma selecção quase aleatória das 10 equipas que passam ao nível seguinte."
"E se as equipas estão mais equilibradas e com maior nível competitivo, então o nível das perguntas (principalmente no N1) devia subir com o das equipas."
Vês, Bigodes?
"mas o excesso leva a uma selecção quase aleatória das 10 equipas que passam ao nível seguinte."
"E se as equipas estão mais equilibradas e com maior nível competitivo, então o nível das perguntas (principalmente no N1) devia subir com o das equipas."
Vês, Bigodes?
O caso dos Mamedes é paradigmático. Eu falei dos BMV, que foram eliminados após desempate com os Mamedes. Se fossem estes a ser eliminados, o que n ão aconteceu por uma unha negra, teria sido ainda mais caricato - falharam apenas uma pergunta e não tiveram hipóteses de apanhar cascatas.
O meu jogo vai ser mau mas mau. Nível 1 tipo: Quantos a´s tem a palavra banana!
Bigodes
Ps: Filipa qual a forma dos olhos das cabras?
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Bigodes
Ps: Filipa qual a forma dos olhos das cabras?
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