Wednesday, November 29, 2006

 

Entrevista aos "o Bom, o Mau e as Viloas" - Parte I

São uma das equipas mais carismáticas do panorama quizzístico da nação. O Bom, o Mau e as Viloas são compostos pelo Filipe Girão, Filipe Meneses, Jorge, Marta, Tita e Zé. São fãs de spaghettis e de charadas: até hoje, nunca ninguém percebeu quem era o Blondie ou o Angel Eyes ou o Tuco. Não será importante. Certo é ser uma equipa de pistoleiros e pistoleiras certeiros, seguros com o gatilho, e que, após um início algo tibuteante, se têm aproximado na modalidade Cascata das excelentes prestações que normalmente apresentam nos saloons, onde aterrorizam qualquer pianista. São todos velhos conhecidos do Quiz dos Industriais, e, no caso do Filipe e do Zé, até do saudoso Cha-Cha-Cha, onde chegaram a alinhar numa das duas melhores equipas de sempre de quiz (a outra é a actual formação dos Cavaleiros para o campeonato de cascata). Se querem saber mais qualquer coisa, consultem o blog deles.

Depois de dois pódios consecutivos e do Filipe G. e da Tita terem organizado um dos jogos que mais encómios mereceu, era obrigatório ir falar com eles. Entre nepaleses e baíucas medonhas para os lados da Calçada do Congro, lá conseguimos efectuar uma entrevista colectiva, da qual hoje publicaremos a primeira parte. Fiquem com a Marta (M), a Tita (TT), um Filipe (FG) e outro Filipe (FM). As opiniões do Jorge ficam em reserva para outra oportunidade, e o agora exilado Zé Vicente, será um dos comentadores deste blog numa grande Operação Especial "o Rescaldo" que apresentaremos no final do campeonato.

"Trabalhamos bem em equipa, mas as terapias de grupo para estarmos menos nervosos não têm funcionado"

As opiniões quanto ao jogo do Filipe e da Tita são amplamente positivas. Até ao momento terá sido o jogo que menos críticas e mais elogios suscitou. Ficaram satisfeitos com o vosso trabalho?
TT - Claro que sim! Até orque correu muito melhor do que nós estávamos à espera. Fazer estes jogos não é mesmo nada fácil e as polémicas que costumam surgir acabam por ser muito ingratas para quem perdeu algumas horas a prepará-lo...


Qual foi o vosso segredo? Trabalharam muito para o fazer?
FG - Já temos bastante experiência a jogar, e alguma a fazer jogos, mas confesso que o resultado acabou por nos supreender pela positiva. Planeámos as linhas gerais e depois foi ir juntando perguntas ao longo dos dias. É claro que ter a rapariga mais gira e inteligente do universo a trabalhar comigo tornou tudo bastante mais simples e agradável.
FM - As minhas fontes garantem-me que a organização deste quiz foi levada tão a sério que até houve lugar à criação de uma linha de montagem de perguntas personalizada em casa do Sr. Girão, composta por indivíduos oriundos de países sub-desenvolvidos que trabalharam arduamente na esperança de lhes oferecerem uma das célebres bifanas da Ajuda.

Uma das grandes sensações no vosso jogo foi a eliminação dos Cavaleiros no nível médio, desta vez num jogo limpo. Julgam que isso se terá devido a quê?
TT - Segundo o Rogério, no calor do jogo, foi por eu ter ouvido mal! (risos)


Curiosamente, a vossa equipa conseguiu um terceiro lugar, posição muito acima do que é habitual. Estavam particularmente inspirados ou são as vantagens de conhecer os gostos e os hábitos de quem faz o jogo?
FM - Foi um misto de ambos. Os membros da nossa equipa têm todos idades semelhantes, alguns gostos e interesses em comum, daí é normal que certas perguntas viessem ao encontro do nosso espectro de conhecimento. No entanto, creio que a grande maioria dos temas abordados no Quiz da Tita e do Filipe estavam ao alcance de qualquer das equipas presentes. Também tivemos alguma sorte em determinados momentos, com respostas a serem mudadas no último segundo pelo nosso porta-voz, e alguns palpites acertados, embora tenhamos falhado algumas perguntas devido ao esquema de rotatividade que infelizmente utilizámos.
M – Isso é capaz de ser tudo verdade, uma vez que fizemos menos erros estúpidos (parece que nunca os iremos evitar completamente)…Mas realçamos, ainda, o desempenho do Menex nessa sessão e o facto, talvez inédito, do nível III ter sido difícil mas não impossível.


Fizeram o pódio sem o Filipe e a itã: eles são prescindíveis na vossa equipa?
FM - Claro que não, senão quem é que me dava boleia até a Academia? Não, a sério, são dois elementos importantíssimos na nossa equipa, o facto de termos ido mais longe resulta um pouco do que referi na pergunta anterior, mas também do facto dos Cavaleiros terem ficado afastados da luta pelos pontos. Ainda em relação à equipa, acho que temos um bom equilíbrio entre nós, completamo-nos, mas na participação efectiva no Campeonato, é óbvio que ainda temos um longo caminho a percorrer até atingirmos o nível dos Colossos do Quiz de Cascata.

Surpreedentemente, faltaram à jornada seguinte. Que aconteceu? Não quiseram regressar às classificações medianas?
FG - Houve um surto de gripe na nossa equipa, pelo que decidimos pedir um inquérito ao comité disciplinar para investigar esta situação, pois há testemunhas oculares que viram membros de certas equipas coladas a nós na classificação a tossir na nossa direcção.
TT - Sim, foi isso.

No vosso jogo optaram por não ordenar as perguntas por temas, de forma a que cada equipa rcebesse perguntas de temas variados. Julgam que foi uma boa estratégia?
TT - Com a maioria das equipas, acho que resultou... Com os Ursinho Bobó, foi azar! acho que essa foi a grande crítica ao nosso jogo, e com razão


Mudando de assunto: tem-se notado uma certa rivalidade entre vós e os Ursinho Bóbó. É verdade que teriam um especial prazer em ficar à frente deles?
FG - Não tenho especial prazer quando fico à frente.


Mudando novamente de assunto: no vosso jogo, houve alguma equipa que fosse especialmente prejudicada ao, por exemplo, receber consecutivamente perguntas do mesmo tema, para mais um tema em que não sejam muito fortes?
T - cof, cof, cof.


Neste momento há 4 equipas separadas por 5 pontos: vocês, os Ursinho e os NNAPED e os Indomáveis. Como vêem este mini-campeonato?
Z – O Zé fala disso com grande tristeza, uma vez que, sempre apostámos em força foi nos whiskeys, tendo relegado as minis apenas para as securas transitórias.


Não acham que acaba por ser um fracasso? Não esperariam estar, pelo menos, ao nível dos Lagartixas?
FG - Acho que eles tiveram excelentes prestações com muito mérito, não por demérito nosso, e sinceramente orgulho-me em saber muito pouco de tourada, de Salazarices e afins, que foram os temas que nos levaram às piores prestações.
M - Eu acho que sim, que deveríamos ter feito melhor.


Os BMV são uma equipa muito bem sucedida nos quiz dos bares, onde ganham muitas vezes. Já no quiz de cascata não conseguem apresentar perfomances da mesma qualidade. A que se deve isso?
M - Uma explicação possível poderá ser o facto de os BMV trabalharem muito bem em equipa e essa vertente ser menos provável no QdC, em que as respostas tendem a saltar isoladas de um ou outro elemento e que pelas características do jogo não tendem a ser tão trabalhadas pelo conjunto.


Têm dificuldades em resistir à pressão? Até contam com 2 psicólogas na equipa, não é?
T - Ficamos todos muito nervosos antes de um jogo. Por isso, uns minutos antes, fazemos uma terapia de grupo, em que damos as mãos e aliviamos a pressão através do nosso grito de guerra. Muito terapêutico. Mas não tem resultado.

Hoje em dia é possível ser bem sucedido no competitivo mundo do quiz sem que exista trabalho psicológico?
FM - A nossa equipa tem um método quase infalível durante as competições de Quiz, que consiste em evitar ao máximo discordar da Tita. A partir do momento em que isso acontece, estamos no bom caminho. E estamos imunes a qualquer tipo de pressão psicológica ou problemas mentais, visto que temos na equipa 2 representantes da classe.
M - Claro que não, impossível mesmo.No nosso caso a motivação direccionada ao ambiente corporativo da equipa é um factor decisivo e nele depositamos toda a importância com vista a ultrapassar os obstáculos e resolver todos os problemas.Foi e será sempre com esse objectivo que nos esforçamos constantemente por não sermos, como afirmava Déscartes, meras máquinas de reflexos.


Por falar em trabalho e sucesso: é verdade que, a determinada altura, vocês estudaram para os jogos? Em particular, o Filipe andou a decorar a tabela periódica? Pode-se dizer que o Miguel Maia é o vosso inspirador?
TT - Não sei do que é que estás a falar... Eu sempre soube, desde criança, os 50 estados dos EUA e as respectivas capitais!
FG - Dei uma olhadela na tabela periódica quando o Júlio e o Rogério nos massacraram com símbolos químicos no Bar Quiz. Decidi que uma vez na vida tinha de olhar para aqueles gatafunhos.


Nos próximos dias, publicaremos aqui a segunda parte desta entrevista. Temas: o exílio do Zé, as polémicas à volta das organizações, as ambições que restam e por quem vão torcer para a vitória final

Comments:
Hallo! Ik ben niet verbannen. Zeg niet dat. Ik ben op een bier missie. In ieder geval wil ik slechts mijn groet naar alle quizzers en vrienden sturen. Tot ziens!
 
Olha que o Verbannen não é assim tão bom jogador como dizes. Tens o Van den Veirden que tem maior qualidade de passe.

E concordo, o groetnaar realmente joga muito.
 
Dois nomes, 5 sílabas, 9 penalties: Stephane Demol. Estamos conversados.
 
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