Quiz de Cascata

Idolatrados por alguns e odiados por muitos, ninguém lhes fica indiferente. São, até ver, a melhor equipa do campeonato do Quiz de Cascata. Recheada de verdadeiras estrelas do panorama do quiz em Portugal, os Cavaleiros do Apocalipse fazem no 1º campeonato anual de quiz de cascata o mesmo que já faziam nos bares Chá-Chá-Chá e Quiz: esmagam a concorrência. A redacção do QdC quis saber mais sobre estes fabulosos jogadores e pediu a um célebre historiador do Quiz, que, curiosamente, também integra a equipa dos Cavaleiros um esboço dos perfis de todos os elementos. Esse historiador aceitou o desafio, na condição de permanecer anónimo. A partir de hoje, nada será como dantes. Esperam-se reacções de todos os quadrantes à publicação não-autorizada destes perfis. Os próprios Cavaleiros deverão ser surpreendidos, e não tardarão a tentar descobrir qual o traidor no seio da sua equipa. Severas deverão ser as punições para o Cavaleiro que ousou, impune e despudoradamente, revelar tudo, mas mesmo tudo, sobre a equipa e os elementos que a compõem. Para breve, surgirá ainda uma entrevista ao Rogério - a escolha do entrevistado é mera coincidência, nós não pagamos favores, obviamente. E asseguramos que não ele não deixou pedra sobre pedra. A não perder.


Perfil da equipa “Os Cavaleiros do Apocalipse”

Fernando Silva – O ancião da equipa. É boa pessoa, e é essencialmente por isso que é aceite pelos outros. Há quem diga que ele só está na equipa devido a uma insistência do João, que várias vezes refere Eh pá, o gajo também tem bigode! Assim não sou o único a usar bigode em 2006! Outros dizem que a sua permanência na equipa não tem nada a ver com pilosidades faciais, mas sim com o facto de possuir um apreciável acervo de DVD’s para emprestar aos amigos. Por último, há ainda quem refira que isso são tudo disparates e que o Fernando está na equipa porque conta umas histórias patuscas que relacionam xadrez com tipas roliças de países de leste. Pois bem, queremos aqui expressar veementemente que refutamos tudo o que essa maltosa diz e aproveitamos a circunstância para apelidá-los de punheteiros! O Fernando está na equipa porque é muito nosso amigo e ainda porque, apesar de acossado por Alzheimer e Parkinson simultaneamente, continua a evidenciar uma lucidez impressionante. Excepto, claro está, em relação ao Hugo, que lhe causa espécie e o obriga a perguntar no início de cada jogo: Quem é este tipo, pá? A isso responderemos mais abaixo. O Fernando foi ainda cinco vezes campeão nacional individual de xadrez pelo emblema da lagartagem, percebe muito de cinema e de economia e interessa-se por astrologia. São célebres as perguntas que faz a quem lhe dá trela neste assunto: Ouve lá, tu mais ou menos aos 10 anos de idade não tiveste uma mudança drástica na tua vida?, e que são invariavelmente respondidas da seguinte forma: Olha, não é que tive mesmo! Acabei a quarta classe e iniciei o ciclo preparatório! Creepy! Além disto tudo, ainda tem tempo para jogar bridge, traçar mapas astrais a senhoras inseguras e participar em encontros espíritas com maluquinhos que dizem que vêm OVNIS. Mas isso nós sabemos que ele faz mais para sacar umas gajas, não porque acredite mesmo nessas tretas! Gosta muito também de citar os méritos do filme A Desaparecida, de John Ford. Estamos a ser pouco exactos. Ele gosta mesmo é de citar os méritos de todos os filmes de John Ford. Ah, e quando já tinha idade para ser tetravô, experimentou pela primeira vez a sensação de ser avô e já está a pesquisar quais as melhores marcas de fraldas. Como nota final, o Fernando é uma pessoa extremamente politizada (à esquerda, no entanto) e costuma referir que se fôssemos invadidos pelos espanhóis não se importava de pegar em armas e lutar ao lado do panasca do Sócrates (são palavras do próprio Fernando), tal é o seu patriotismo! Para quem não sabe, o Fernando foi um dos 40 conjurados que ajudou a colocar D. João IV no trono e a correr com a ralé espanhola para lá de Badajoz, tudo isto enquanto dava umas voltas na D. Luísa de Gusmão e na Duquesa de Mântua. Às vezes simultaneamente. O Fernando é também um excelente contador de anedotas: Por que é que o Peyroteo atravessou a estrada? Para chegar ao outro lado! Porque é que a galinha atravessou a estrada? Para ir ter com o Peyroteo! E pronto! O perfil do Fanecas é longo, mas também se justifica. É que ele não é propriamente um tipo novo!


Rogério Costa – O último dos duros! Uma vez, no Ultramar, deixou-se capturar para estudar o inimigo. Quando descobriu tudo o que quis, bastou lançar um olhar fulminante e os seus algozes debandaram de imediato e em chamas! Em 1988, outro dos seus olhares fulminantes consumiu o Chiado! Todas as noites quando o papão vai para a cama, espreita para debaixo da mesma para ver se o Rogério não está lá. Estamos a falar de um homem que não tem conta bancária. Ele chega ao banco e pede o que quer, tal o seu poder de intimidação! Os bebés quando nascem, choram de terror porque sabem que vêm a um mundo onde já está o Rogério. Se vocês conseguem ver o Rogério, ele também vos consegue ver. Se não o conseguem ver, se calhar estão a meros segundos de uma morte agonizante! O Rogério é a única pessoa no mundo fluente em braille. Usa botas de cowboy feitas de verdadeiros cowboys. A Suíça, ao contrário do que todos pensam, não é uma nação verdadeiramente neutra. Eles estão apenas à espera de perceber de que lado é que o Rogério está! As suas lágrimas curam o cancro. É uma pena que nunca tenha chorado. Depois de ter visitado as Ilhas Virgens, estas ficaram a ser conhecidas apenas como as Ilhas. O Rogério não manda e-mails a ninguém. É mais rápido se for a correr! Há milhões de anos atrás, quando ainda era uma criança, o Rogério andou um dia inteiro ao pé coxinho e separou-se assim a Pangeia. O Rogério não é sócio do Belenenses. O Belenenses é que tem a honra de ser sócio do Rogério! O Rogério é como uma boneca russa. Se algo de mau lhe acontecer, tem dentro dele Rogérios mais pequenos e ainda mais irados! Em todos os artigos e bugigangas à venda na China podemos ver a inscrição “Made by Rogério”. Deu nove vidas aos gatos apenas para os poder matar mais vezes. A Atlântida não submergiu devido a nenhum cataclismo. O Rogério levantou o ralo. A forma de suicídio mais comum no mundo inteiro é escrever Rogério no Google e depois clicar onde diz “I’m feeling lucky”. A Ajuda era uma cova, mas o Rogério queria uma vista para o rio e foi roubar o alto à Moura. Assim começou a Reconquista Cristã. Quando virem um lugar de estacionamento com aquele símbolo dos deficientes, isso não significa que o lugar está reservado para deficientes. Significa que o lugar é do Rogério e o sinal é um aviso para ponderarem bem acerca das consequências de arrumarem lá os vossos carros! A 1 de Novembro de 1755, o Rogério fez jogging no Parque Florestal do Monsanto. O resto vocês já sabem! O Rogério não é um membro dos Cavaleiros. Os Cavaleiros é que são um membro do Rogério. O Rogério nunca caça, pois a noção de caçar tem subjacente a si a probabilidade de falhar. O Rogério mata! O Rogério não respira oxigénio. O oxigénio é que respira o Rogério. O Rogério é a origem de todas as coisas. Se apresentarem a vossa mãe ao Rogério, ela por sua vez apresentar-vos-á o vosso pai biológico. A Dalila também tentou cortar o cabelo ao Rogério. O Rogério arrancou-lhe os braços e petrificou-a com o seu hálito, colocando-a de seguida no Museu do Louvre. Há quem lhe chame Vénus de Milo. Quando o Rogério se fartou do Bruce Lee, resolveu parti-lo ao meio. Apareceram assim o Jackie Chan e o Jet Li. O Rogério uma vez desfez a barba numa floresta e enterrou nela a sua espada. Um fedelho chamado Artur conseguiu retirá-la. O Rogério fulminou-o com o olhar. Ainda hoje ninguém sabe se esse Artur existiu mesmo. O Rogério é a única pessoa que pode pedir um Big Mac no Burger King e um Whooper no McDonald’s. O Belenenses não ganha títulos pois os jogadores ficam nervosos por saberem que o Rogério está a olhar para eles. O Rogério não é bem abonado como um cavalo. Os cavalos é que são bem abonados como o Rogério. O Rogério, como arquétipo supremo da masculinidade que é, não faz amor. O Rogério fode! Quando ouve a expressão “fazer amor” é acossado de vómitos profundos e depois ocorrem tsunamis e morrem muitas pessoas na Ásia. Os liliputianos tentaram fazer ao Rogério o mesmo que fizeram a Gulliver. Como pequenas formigas que eram, o Rogério queimou-os todos com uma lupa. O Rogério é o único membro do Fight Club que pode falar sobre o Fight Club. O Rogério dorme sempre com a luz acesa. Ele não tem medo do escuro, mas o escuro tem medo dele. Quando o Rogério estava na idade dos porquês, apareceu o Quiz. Quando estava na idade de andar de escorrega, apareceu o Quiz de Cascata. Há muitos anos atrás o Rogério masturbou-se a pedido de D. Dinis e cresceu assim o pinhal de Leiria. A última vez que o Rogério brincou com os seus soldadinhos de chumbo, ocorreu uma coisa chamada II Guerra Mundial. O Rogério é a única pessoa no mundo que consegue dividir por zero. O Rogério não é cinéfilo. O cinema é que é rogerófilo. A última vez que o Rogério brincou com Legos, apareceu a grande muralha da China. Algumas destas coisas a respeito do Rogério podem lê-las também na internet a respeito de Chuck Norris. Mas é por pouco tempo, pois o Rogério já prometeu matá-lo e a todos os webmasters que se recusem a fazer cut e paste. Da próxima vez que decidirem prejudicar os Cavaleiros do Apocalipse, lembrem-se que nós temos o Rogério e vocês não!

João Silva – Há quem diga que ele é um sabujo boçal mas espirituoso. Que tem o cabelo à Marco Paulo e que é um dos quatro portugueses que usa bigode em 2006. Outros referem que ele é apenas um sabujo boçal mas espirituoso. Existe ainda quem dê crédito aos rumores de que Herman José baseou o Serafim Saudade no João. Mas algumas vozes que se levantam não aceitam uma caracterização tão redutora do João e preferem acreditar que ele é um sabujo boçal mas espirituoso. Outros defendem que ele é um José Mourinho do futebol juvenil. Alguns ajudenses, no entanto, dizem que ele não passa dum sabujo boçal mas espirituoso. Tentemos então desfazer o mito e trazer um pouco de verdade à história do João. João Marlusa Xavier Barnagondes Santos Carlos O’Higgins Silva nasceu na freguesia da Ajuda, no já longínquo ano de 1955. Como todos nós, nasceu dum ambiente húmido e não se pode dizer que se tenha dado mal com isso. Quando o seu pai jogava no Belenenses, levou-o às camadas jovens para ver se a maçã tinha caído perto da árvore. Ao que consta, nem por isso. O patriarca viu-se obrigado a gerar mais um rebento para poder assegurar descendência no desporto-rei. João enfrentou nesse momento o primeiro desgosto da sua vida. No entanto, tal como o seu gémeo astrológico José Mourinho, não se deixou desanimar e decidiu que se não poderia ser jogador de futebol, iria ser treinador. Estamos a falar de um homem que deixou a sua marca no futebol juvenil em praticamente todos os clubes de Lisboa e arredores. Começou no Belenenses, treinando as camadas jovens em todos os escalões, tendo sido o introdutor dos já extintos escalões de Meninos Invisuais e Nados-Mortos. Consta que os jogos eram muitíssimo monótonos e com parcas assistências. Passou para o Alverca, onde granjeou fama pelos seus métodos de treino arrojados, sendo que costumava usar barris de vinho de Alhandra nas barreiras quando treinava os livres directos. Nessa altura costumava dizer-se que o relvado do Alverca era o relvado mais bem regado do país. Passou depois pelo Tenente Valdez, Pêro Pinheiro, CAC Pontinha, Atlético, Sporting, Benfica e Real Massamá, onde ainda se encontra. A sua polémica saída do Benfica foi motivada pelo facto de possuir um bigode mais lustroso que Luís Filipe Vieira, outro dos quatro portugueses que usam bigode em 2006. No que ao quiz concerne, o João é um gigante adormecido. Tem potencial para ser um dos três melhores jogadores de sempre, mas costuma claudicar nos momentos decisivos. As áreas de Desporto e Ciências, são sempre aquelas em que os seus companheiros esperam (e desesperam) por um João Silva decisivo, que tarda em aparecer. No entanto, há quem diga que o João é o elemento agregador da equipa. Diz-se que, sem a sua presença, os outros elementos não conseguiriam funcionar em conjunto. Que é devido ao seu feitio aprazível e ao terrível efeito mesmerizador do seu bigode, que costuma cofiar com o dedo mindinho. O João é talvez depois do José Pedro dos fósseis, o quizzer mais mediático de Portugal, devido às suas participações nos programas Quem Quer Ser Milionário, Quem Quer Ser Técnico de Máquinas de Grande Porte, Quem Quer Ser Marialva e ainda aquele outro apresentado na TVI por Luísa Castel-Branco. É o grande impulsionador dos quizes de cascata e talvez o elemento mais respeitado por todas as equipas. Faz uma excelente imitação de Frank Sinatra e, quando come castanhas, ganha um inusitado poder de propulsão que tem sido muito útil à sua equipa, nomeadamente nos jogos do agora extinto bar Quiz. Embora o Rogério diga que ele é que é o capitão da equipa, todos os membros dos Cavaleiros sabem que o João é que tem a voz de comando no balneário.

Hugo Oliveira – O elemento dos Cavaleiros sobre o qual menos se sabe. Parece que nasceu na Golegã, vindo ao mundo já vestido com uma parka em tons de musgo e de mocassins de berloque. Nos escalões de Benjamins até aos sub-16 venceu sempre a esmagadora maioria dos prémios individuais de Vila Nova da Barquinha que laureavam as jovens esperanças do Fascismo: Penugem Facial Mais Promissora, Buço Mais Hitleriano, Pose Fascista Mais Apelativa, Cetim de Ouro Totalitário, Louvor de Esforço do Coro de Jovens Fascistas (categoria de solistas), Prémio Rolão Preto para Crianças Germanófilas Que Mais Se Distinguem Na Crueldade Para Com os Animais, Melhor e Mais Bem Desempenhada Saudação Fascista (ndr: Venceu 8 anos consecutivos), Punho Cerrado Dourado, Blitzkrieg Lusitano, Garrano Totalitário, Quadro de Honra dos Forcados Fascistas do Aposento de Vila Nova da Barquinha – Rabejador Mais Fascista e Trautear Fidelíssimo do Hino da Mocidade. Desde a mais tenra idade que o Hugo pautou a sua vida pelos mais puros ideais fascistas. Na creche era ele que adormecia as outras crianças lendo discursos do Prof. Oliveira Salazar. É apenas com seis anos de idade que se começa a interessar pela sua grande paixão: a literatura erótica com forte pendor pornográfico. Conhece de cor passagens de todas as grandes obras do género, sendo que a sua preferida é “As Onze Mil Vergas”, de Apollinaire. No entanto, nos grupos teatrais flagelo-fascistas que integrou durante a sua adolescência, foram as sucessivas encenações da “Histoire d’O” que o celebrizaram. Assumindo sempre o protagonismo das peças e pagando a jovens brasileiras com nomes como Franciele, Krineuza e Marcilene para assumirem o papel de O, o Hugo guindou esta obra maior da literatura erótica para novos píncaros ao adaptá-la sempre consoante as épocas festivas que se viviam no momento: com efeito, sempre que encenava a peça no Natal, o Hugo torturava as brasileirinhas com um barrete de Pai Natal enquanto estas jaziam nas palhinhas deitadas. Se, por outro lado, se estivesse em época pascal, as suas cativas eram atormentadas pelo Hugo vestido de coelhinho da Páscoa que lhes arremessava amêndoas sortidas às testas e costas. Sempre foi um inovador, o Hugo. No final dos seus anos formativos, veio viver para Lisboa e tentou por muitas vezes criar uma nova claque portista na capital, embora sem sucesso. Um dos seus grandes desgostos reside no facto do Futebol Clube do Porto não ter uma claque organizada que assente os seus valores nos ideais fascistas. Várias vezes ponderou a possibilidade de passar a apoiar o Sporting Clube de Portugal apenas para poder integrar o famigerado Grupo 1143. A sua paixão pelo quiz iniciou-se também com a sua vinda para a capital. Começou por aparecer com nicks de personagens da literatura erótica no canal de quiz da PtNet até se decidir mudar de nick para cordobes, homenageando assim outra das suas paixões, a tauromaquia. Homem culto e sabedor, o Hugo é uma mais valia para os Cavaleiros do Apocalipse, que tiveram de aprender a conviver com uma pessoa que abomina a democracia. Nos dias em que ingere pouco álcool, é uma pessoa agradabilíssima para se conversar. No entanto, convém referir que são raros esses dias. Há pouco tempo esteve para acontecer uma cisão no seio dos Cavaleiros, pois descobriu-se que era o Hugo que enviava cartas semi-anónimas a todos os outros membros da equipa insultando-os pelos seus ideais liberais e democráticos e exortando-os a aderir a uma associação conhecida apenas como “Fascistas XXI”. Foi o Fred que conseguiu descobrir que o Hugo era o autor dessas cartas ao conseguir descortinar que talvez o H. O. que assinava as cartas fosse o Hugo Oliveira. Depois, sob pressão devido ao álcool que lhe foi dado a ingerir, o Hugo confessou tudo. Devido a esse facto, foi decidido unanimemente que lhe deveria ser dada uma nova oportunidade. Ainda hoje o Hugo não consegue perceber como é que o Fred descobriu que era ele o autor das cartas.

Frederico Bastos - Exímio jogador de basquetebol e de futebol, antigo campeão nacional de Magic The Gathering, realizador de cinema e onanista profissional, eis Frederico Bastos. O membro mais simpático dos cavaleiros e o que mais sabe sobre ópera, tenores, compositores clássicos e cinema que mais ninguém vê. Frederico Bastos é o grande trunfo dos Cavaleiros. É o homem a quem os restantes membros pedem para não acertar muitas para minimizar o avanço com que os Cavaleiros cilindram as outras equipas. Quando o Fred decidir começar a desrespeitar essa regra, os Cavaleiros ganham todos os jogos com o dobro de pontos das equipas que ficarem em segundo lugar. É também graças ao Fred que todas as outras equipas e os organizadores dos jogos sabem as pontuações dos quizes de cascata. A sua perícia a escrever resultados e classificações numa folha branca é inigualável. O Frederico é ainda a única pessoa que consegue resolver de imediato todos os problemas que surgem na equipa. Verdadeiro baluarte da amizade e da bonomia, nunca ninguém o verá a ser incorrecto para com um companheiro ou membro de outra equipa ou mesmo a dizer um palavrão. Anda sempre com um galheteiro no bolso de modo a polvilhar a língua com pimenta nos momentos em que cai em tentação. Segundo últimas e bombásticas notícias, o Frederico está apaixonado e os restantes membros da equipa estão expectantes para ver se o idílio amoroso que vive no momento prejudicará as suas prestações nos próximos jogos. Contudo, espera-se que o profissionalismo que tem pautado as suas prestações não seja beliscado por esta circunstância. O Frederico tem apenas um problema: é acometido por vezes de gases, sendo que essa situação prejudicou por vezes algumas prestações da equipa. No entanto, a sua recente ida ao Nepal acalentou para os seus companheiros esperanças de que essa situação seja ultrapassada pois parece que o Frederico trouxe de lá um chá milagroso que acalma os intestinos e que é feito à base de uma planta que só pode ser encontrada nos cumes das mais altas montanhas. Felizmente que o Fred é um alpinista de excepção, daqueles que não perde nunca o nariz. A sua perícia a resolver mistérios é também lendária. Foi o Frederico que pôs cobro ao momento mais conturbado dos Cavaleiros (vide biografia do Hugo). Segundo ele, foram as inúmeras horas a jogar aventuras gráficas da Sierra e da LucasArts que lhe despertaram as aptidões varatojianas. E algumas horas passadas em frente à televisão a ver Scooby e Scrappy Doo a resolver mistérios. O Fred adora um bom mistério. É de realçar ainda que o Fred vê todas as semanas cerca de 120 filmes, todos no cinema. É o último dos puristas da sétima arte e um dos poucos cinéfilos capazes de invadir uma cabine de projecção para espancar projeccionistas incompetentes e pouco zelosos da responsabilidade que têm. São os únicos momentos em que o poderão ver a recorrer à violência, e consta que não são momentos bonitos de se ver. Um grande bem-haja para o Frederico e que a sua postura de fair-play e desportivismo continue a inspirar todos os quizzers do mundo inteiro.

Suplentes utilizados até ao momento:

Sérgio Costa – Outro ajudense de gema, génio dos chavões publicitários e o homem a quem Alexandre O’Neill roubou o maior número de slogans. É amigo pessoal do Rogério e um dos poucos que consegue acalmá-lo quando a ira se apodera de si. É ainda um basquetebolista de excepção, um dos poucos a conseguir parar o Fred na luta das tabelas. Na sua juventude parecia um clone do Zack de la Rocha, mas ouvia também outros géneros musicais. Numa célebre noite de fim de ano no Cinearte salvou a vida do Rogério. Com efeito, na passagem de ano de 94/95, num concerto de Ena Pá 2000, impediu que uma espinha arremessada por Toni, a barracuda transmontana, acertasse naquele que era já na altura unanimemente considerado como o melhor jogador de Quiz de sempre. Na sua última prestação no Quiz de Cascata, logrou, ainda que a espaços, fazer esquecer o Fred. Está na luta por um lugar no cinco inicial.
Pedro Miranda – Amigo do Fred, pouco se sabe sobre esta pessoa, mas ninguém se esquece do mal-estar que a sua barba causou ao Fernando, que viu a sua própria barba ser ofuscada pela do Pedro, que revelava mais vigor e brilho. Em perguntas de literatura e de BD, conseguiu demonstrar a sua perícia. Um elemento a ter em conta e que poderá protagonizar com o Sérgio uma luta árdua por um lugar no cinco. Com estes dois elementos, a perpetuação do nome e da valia dos Cavaleiros do Apocalipse está assegurada.