Tuesday, March 21, 2006

 

Toda a verdade sobre Pato Lino


O desaparecimento copperfieldiano da equipa Patolino na segunda jornada do campeonato suscitou especulações para todos os gostos. Consciente do seu dever de informar e esclarecer, o QdC, na melhor tradição da reportagem de investigação, colocou em campo uma extensa e valiosa equipa. Enfrentamos peripécias várias, obstáculos traiçoeiros, manobras de contra-informação. Mas os mistificadores falharam, e o QdC foi bem sucedido. Orgulhosos do nosso trabalho, trazemos aqui toda a verdade.

Quais foram então as razões para a equipa Patolino, que tem como patrono o esteta e diletante António “Patolino”, coadjuvado pela sua esposa Ana, Patrícia, Maria, a experiente Elsa e o incontornável Vitoriano, ter, após uma primeira jornada miserável, efectuado uma prestação ainda pior na segunda, com a ausência, total ou parcial, de quase todos os elementos da equipa, e uma debandada absoluta após a primeira parte, sem sequer recolherem o prémio?

Face à nossa investigação, as teorias conspirativas desmoronam-se. A explicação é, como quase sempre, a mais simples possível. O velho Occam sabia o que dizia. Em rigor, o que aconteceu, foi isto: António e Ana, não estiveram presentes na segunda jornada por, citamos os próprios, “razões de ordem pessoal”. Também Elsa, outro elemento fulcral na equipa, esteve ausente. Neste caso, deveu-se a, garantiu-nos, “motivos pessoais”. Posto perante estas ausências, Nuno Vitoriano acabou por convidar Filipe para reforçar a equipa, e foi com estes quatro elementos que enfrentaram a segunda jornada do campeonato. No entanto, logo após a parte escrita, o mesmo Vitoriano viu-se compelido a abandonar o jogo, mas no que lhe toca devido a, segundo o próprio, “questões pessoais inadiáveis” De seguida, por uma infeliz coincidência cósmica, também Maria Martins é forçada a abandonar a equipa. Contudo, o seu abandono teve por base, ipsis verbis, “razões pessoais”. Ou seja, a equipa ficou reduzia a Patrícia e Filipe. Apuramos que este se manteve no jogo até ao fim da primeira parte com sacrifício próprio e a pedido da primeira, já que “compromissos pessoais” o obrigavam a sair o mais rapidamente possível. Assim que chegou o intervalo, e após falar com o organizador, abandonou a Academia. Já Patrícia, vendo-se isolada, abdicou de um lauto repasto de queques e moscatéis e opta por não assistir ao desenrolar da jornada. Na base desta decisão estiveram, apuramos, “razões de índole pessoal”.

Como vêem, ficou tudo esclarecido e não há nada de suspeito em toda esta questão. Vozes pérfidas e insinuantes, com intuitos meramente polemistas, quiseram lançar poeira para o ar, aventando que, após a péssima prestação da primeira jornada, António, Ana e Elsa não quiseram arriscar nova vergonha e por isso optaram por uma pausa estratégica. Ou que Vitoriano, sabendo-se sem o suporte destes três elementos arrastou Filipe para o jogo na tentativa de salvar a face, e que após ter marcado apenas um ponto na parte escrita, percebendo que nem isso chegaria, resolve debandar camufladamente. Que, estando as coisas nesta ordem, Maria optou por sair a ter que anunciar sucessivos “passo”. E que Filipe e Patrícia, confrontados com um pecúlio final de quatro pontos, preferiram não ter de enfrentar eventuais (mas improváveis, claro) olhares trocistas e saíram ainda antes do anúncio dos resultados e da entrega dos prémios. Pois que se calem. O QdC trouxe à luz a verdade e afastou estas sombras malignas. E na próxima jornada lá teremos os Patolinos, prontos a arrancarem uma posição consentânea com a sua sabedoria e experiência.

PS – Perdoem a nota pessoal, mas o repórter envia um abraço para todos os membros da equipa Patolino, velhos conhecidos destas e outras andanças.

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