Tuesday, February 07, 2006
Comunicado Oficial Equipa Cavaleiros do Apocalipse
Caros leitores deste blog,
Antes de mais, quero congratular quem teve a iniciativa de colocar online este registo dos jogos de quiz de cascata. Faltava-me um site para consultar diariamente para além d’A Bola e do hi5. Adiante. Estava eu a ler todo o conteúdo do blog com muita atenção até que me deparo com um post acerca da equipa Fernandos Mamedes. Até aqui tudo bem. Li o post, escrito por alguém decerto ainda imberbe, mas pode considerar-se que estava aceitável. Fui ver os comentários ao mesmo, até para ver se alguém concordava comigo no que concerne à escrita pueril do seu autor, quando sinto o meu mundo a desabar. Para minha surpresa, houve um comentário colocado acerca deste post que me fez vir as lágrimas aos olhos. O facto de estar a descascar cebolas enquanto lia o dito também não ajudou. Duas das pessoas que mais estimo estão, aparentemente, de costas voltadas por uns míseros 15.000 euros, algumas facadas nas costas, umas quantas mentiras e ainda, mas não de somenos importância, uns quantos enganos. Quer dizer, não sei bem se só um é que está de costas voltadas ou se serão mesmo os dois. A princípio não percebi logo que o mike mr quiz que assina o comentário é o caríssimo Miguel Maia, pessoa insuspeita no que respeita a questões de integridade e lisura. Apesar de ele começar dizendo “daqui é o chato do miguel a fazer mais umas correcções”, eu mantive-me na retranca enquanto leitor. Afinal de contas eu conheço pelo menos uns sete ou oito indivíduos de nome Miguel e pelos menos três deles jogam quiz, sendo que um é de facto chato. À medida que fui lendo todo o comentário percebi que a ira que assolava aquela verve só podia advir dos dedos de uma pessoa: o já referido Miguel Maia. Depois de no primeiro parágrafo nos ter remetido para um pungente esclarecimento acerca das origens dos jogos de Quiz em Portugal, o Miguel prossegue na sua cruzada rumo a um Portugal honesto denunciando a gestão danosa com que o meu também caríssimo amigo Júlio Alves geriu o bar Quiz, nada mais nada menos do que a minha segunda casa e local onde passei pelo menos duas consoadas, um hannukah e onde com o mesmo Júlio bebi shots de água enquanto raparigas desatentas bebiam shots de vodka. No fundo, o meu Ramalhete. Bom, aqui convém colocar um pouco de seriedade nesta missiva. Sejam 15, 15.000 ou 1.500.000 euros, é a reputação do próprio bar Quiz que está em xeque. Antes de mais, achei um pouco estranho que o Miguel tenha decidido colocar aqui, perfeitamente acessível para todos lerem, a sua versão daquilo que se passou nestes últimos meses, mormente o acumular de dívidas, mentiras, enganos, facadas nas costas, roundhouse kicks, upper-cuts e duplas patadas com que foi mimoseado pelo famigerado Júlio. Digo a sua versão, pois não conheço outra. A ser verdade, é claro que é grave. No entanto, e como conheço o Miguel desde o primeiro jogo de Quiz que ocorreu no saudoso Chá Chá Chá, tenho presente um longo historial de conflitos e cortes de relações que envolvem o Miguel e o mundo ao seu redor. Com isto pretendo elucidar quem possa perder tempo a ler esta mensagem de que nada do que envolva o Miguel e a expressão “corte de relações” assume contornos de longa duração. Eu próprio já fumei o cahimbo da paz com ele. Almejei ainda desanuviar um pouco o ambiente no que concerne a alguma desconfiança que o comentário do Miguel possa ter gerado em relação ao Júlio por parte de pessoas que frequentem o bar Quiz ou que participem nos jogos de quiz de cascata na Academia Recreativa da Ajuda. O Miguel e o Júlio decerto que saberão resolver os seus diferendos da melhor maneira, e convém ainda relembrar que o bar Quiz tem um terceiro sócio, ou até há pouco tinha, que também deverá ser questionado acerca da solidez financeira do estabelecimento. No entanto, confesso que também quero falar pessoalmente com o Júlio e com o Miguel para perceber melhor tudo o que se passou.
Vou agora passar a palavra ao renomado psicólogo Júlio M. Xadovaz que, enquanto dizimava o frágil conjunto da Swazilândia com a portentosa selecção do Togo num jogo de Pro Evolution Soccer 5, ouvia atentamente o meu relato acerca desta situação, tendo chegado num ápice a uma conclusão acerca dos perfis do Júlio Alves e do Miguel Maia, e tudo isto enquanto continuava a marcar golos através de grandes petardos de Emmanuel Adebayor.
“Olá malta. Sou eu, o Júlio. Embora seja especialista em questões de índole sexual e por me sentar em sofás de formas ridículas e inimagináveis a todos os designers da IKEA, não pude deixar de dar o meu contributo para esta questão. O que se passa é que o Miguel Maia e o Júlio Alves são, no fundo, duas faces de uma só moeda. Um é a cara e o outro é a coroa. São uma espécie de Dr. Jekyll e Mr. Hyde dos tempos modernos, mas tipo em formato permanente. O Miguel Maia é uma pessoa extremamente dócil, de trato fácil, mas com um espectro de emoções tremendamente pequeno, ou seja, passa do oito ao oitenta em milésimas de segundo. Esta faceta bipolar que aparenta poderá resultar do tremendo esforço mental que efectuou há alguns anos quando deu a volta ao mundo em oitenta dias e insistiu em conhecer todas as cidades do planeta. Foi uma tarefa hercúlea, em que muitas vezes teve de recomeçar do zero, pois aqui e acolá estavam sempre novos vilarejos a ser promovidos. Temo que o stress mental tenha sido demais para o Miguel. Por outro lado, o meu homónimo é um adversário de respeito capaz de enfurecer até o Dalai Lama ou o próprio Siddhartha, se o badocha ainda fosse vivo. Ao adoptar de forma deliberada a postura de um Mohandas Gandhi, que não dá cavaco a ninguém, acaba por usar a mais forte arma de todas: a não-reacção. Ao não reagir, enfurece sempre os seus adversários e força-os a cometer erros. É um autêntico estratega das refregas psicológicas. Um Patton e um Rommel num só, com a experiência acumulada em muitas tours com o conjunto Império dos Sentados. É-me difícil perspectivar um vencedor entre estas duas personalidades, portanto eu sugiro que se opte por fazer um Quiz destinado apenas a ambos com perguntas sobre música e geografia, no fundo os temas em que são mais fortes. Só acaba quando a cabeça de um deles explodir. E agora deixem-me voltar aos meus afazeres que depois da Swazilândia ainda tenho de encavar a Líbia.”
Obrigado, caro Júlio M. Xadovaz. Espero que tenhamos ambos ajudado os leitores deste blog. Estou ainda convicto de que o Júlio Alves ainda voltará à equipa dos Fernandos Mamedes. Estão completamente fornicados sem ele quando saírem perguntas de música. A propósito, não pude deixar de esboçar um sorriço quando li o nome desta equipa. Parece-me que esta escolha é premonitória e prenuncia um pouco o que se irá passar nesta época desportiva no que respeita ao quiz de cascata. Os eternos segundos estão encontrados. Vou sugerir aos meus colegas que deixemos de ser os Cavaleiros do Apocalipse e passemos a ser os Carlos Lopes. Se for no âmbito do imaginário nacional, estamos garantidos. Espero que não apareçam por aí equipas de Zatopeks e de Vihrens. Vou agora continuar também um jogo de sueca com a Morte, a Fome e a Pestilência.
Um abraço a todos,
Guerra
*Este comunicado foi aprovado com 1 voto a favor e 4 contra
Caros leitores deste blog,
Antes de mais, quero congratular quem teve a iniciativa de colocar online este registo dos jogos de quiz de cascata. Faltava-me um site para consultar diariamente para além d’A Bola e do hi5. Adiante. Estava eu a ler todo o conteúdo do blog com muita atenção até que me deparo com um post acerca da equipa Fernandos Mamedes. Até aqui tudo bem. Li o post, escrito por alguém decerto ainda imberbe, mas pode considerar-se que estava aceitável. Fui ver os comentários ao mesmo, até para ver se alguém concordava comigo no que concerne à escrita pueril do seu autor, quando sinto o meu mundo a desabar. Para minha surpresa, houve um comentário colocado acerca deste post que me fez vir as lágrimas aos olhos. O facto de estar a descascar cebolas enquanto lia o dito também não ajudou. Duas das pessoas que mais estimo estão, aparentemente, de costas voltadas por uns míseros 15.000 euros, algumas facadas nas costas, umas quantas mentiras e ainda, mas não de somenos importância, uns quantos enganos. Quer dizer, não sei bem se só um é que está de costas voltadas ou se serão mesmo os dois. A princípio não percebi logo que o mike mr quiz que assina o comentário é o caríssimo Miguel Maia, pessoa insuspeita no que respeita a questões de integridade e lisura. Apesar de ele começar dizendo “daqui é o chato do miguel a fazer mais umas correcções”, eu mantive-me na retranca enquanto leitor. Afinal de contas eu conheço pelo menos uns sete ou oito indivíduos de nome Miguel e pelos menos três deles jogam quiz, sendo que um é de facto chato. À medida que fui lendo todo o comentário percebi que a ira que assolava aquela verve só podia advir dos dedos de uma pessoa: o já referido Miguel Maia. Depois de no primeiro parágrafo nos ter remetido para um pungente esclarecimento acerca das origens dos jogos de Quiz em Portugal, o Miguel prossegue na sua cruzada rumo a um Portugal honesto denunciando a gestão danosa com que o meu também caríssimo amigo Júlio Alves geriu o bar Quiz, nada mais nada menos do que a minha segunda casa e local onde passei pelo menos duas consoadas, um hannukah e onde com o mesmo Júlio bebi shots de água enquanto raparigas desatentas bebiam shots de vodka. No fundo, o meu Ramalhete. Bom, aqui convém colocar um pouco de seriedade nesta missiva. Sejam 15, 15.000 ou 1.500.000 euros, é a reputação do próprio bar Quiz que está em xeque. Antes de mais, achei um pouco estranho que o Miguel tenha decidido colocar aqui, perfeitamente acessível para todos lerem, a sua versão daquilo que se passou nestes últimos meses, mormente o acumular de dívidas, mentiras, enganos, facadas nas costas, roundhouse kicks, upper-cuts e duplas patadas com que foi mimoseado pelo famigerado Júlio. Digo a sua versão, pois não conheço outra. A ser verdade, é claro que é grave. No entanto, e como conheço o Miguel desde o primeiro jogo de Quiz que ocorreu no saudoso Chá Chá Chá, tenho presente um longo historial de conflitos e cortes de relações que envolvem o Miguel e o mundo ao seu redor. Com isto pretendo elucidar quem possa perder tempo a ler esta mensagem de que nada do que envolva o Miguel e a expressão “corte de relações” assume contornos de longa duração. Eu próprio já fumei o cahimbo da paz com ele. Almejei ainda desanuviar um pouco o ambiente no que concerne a alguma desconfiança que o comentário do Miguel possa ter gerado em relação ao Júlio por parte de pessoas que frequentem o bar Quiz ou que participem nos jogos de quiz de cascata na Academia Recreativa da Ajuda. O Miguel e o Júlio decerto que saberão resolver os seus diferendos da melhor maneira, e convém ainda relembrar que o bar Quiz tem um terceiro sócio, ou até há pouco tinha, que também deverá ser questionado acerca da solidez financeira do estabelecimento. No entanto, confesso que também quero falar pessoalmente com o Júlio e com o Miguel para perceber melhor tudo o que se passou.
Vou agora passar a palavra ao renomado psicólogo Júlio M. Xadovaz que, enquanto dizimava o frágil conjunto da Swazilândia com a portentosa selecção do Togo num jogo de Pro Evolution Soccer 5, ouvia atentamente o meu relato acerca desta situação, tendo chegado num ápice a uma conclusão acerca dos perfis do Júlio Alves e do Miguel Maia, e tudo isto enquanto continuava a marcar golos através de grandes petardos de Emmanuel Adebayor.
“Olá malta. Sou eu, o Júlio. Embora seja especialista em questões de índole sexual e por me sentar em sofás de formas ridículas e inimagináveis a todos os designers da IKEA, não pude deixar de dar o meu contributo para esta questão. O que se passa é que o Miguel Maia e o Júlio Alves são, no fundo, duas faces de uma só moeda. Um é a cara e o outro é a coroa. São uma espécie de Dr. Jekyll e Mr. Hyde dos tempos modernos, mas tipo em formato permanente. O Miguel Maia é uma pessoa extremamente dócil, de trato fácil, mas com um espectro de emoções tremendamente pequeno, ou seja, passa do oito ao oitenta em milésimas de segundo. Esta faceta bipolar que aparenta poderá resultar do tremendo esforço mental que efectuou há alguns anos quando deu a volta ao mundo em oitenta dias e insistiu em conhecer todas as cidades do planeta. Foi uma tarefa hercúlea, em que muitas vezes teve de recomeçar do zero, pois aqui e acolá estavam sempre novos vilarejos a ser promovidos. Temo que o stress mental tenha sido demais para o Miguel. Por outro lado, o meu homónimo é um adversário de respeito capaz de enfurecer até o Dalai Lama ou o próprio Siddhartha, se o badocha ainda fosse vivo. Ao adoptar de forma deliberada a postura de um Mohandas Gandhi, que não dá cavaco a ninguém, acaba por usar a mais forte arma de todas: a não-reacção. Ao não reagir, enfurece sempre os seus adversários e força-os a cometer erros. É um autêntico estratega das refregas psicológicas. Um Patton e um Rommel num só, com a experiência acumulada em muitas tours com o conjunto Império dos Sentados. É-me difícil perspectivar um vencedor entre estas duas personalidades, portanto eu sugiro que se opte por fazer um Quiz destinado apenas a ambos com perguntas sobre música e geografia, no fundo os temas em que são mais fortes. Só acaba quando a cabeça de um deles explodir. E agora deixem-me voltar aos meus afazeres que depois da Swazilândia ainda tenho de encavar a Líbia.”
Obrigado, caro Júlio M. Xadovaz. Espero que tenhamos ambos ajudado os leitores deste blog. Estou ainda convicto de que o Júlio Alves ainda voltará à equipa dos Fernandos Mamedes. Estão completamente fornicados sem ele quando saírem perguntas de música. A propósito, não pude deixar de esboçar um sorriço quando li o nome desta equipa. Parece-me que esta escolha é premonitória e prenuncia um pouco o que se irá passar nesta época desportiva no que respeita ao quiz de cascata. Os eternos segundos estão encontrados. Vou sugerir aos meus colegas que deixemos de ser os Cavaleiros do Apocalipse e passemos a ser os Carlos Lopes. Se for no âmbito do imaginário nacional, estamos garantidos. Espero que não apareçam por aí equipas de Zatopeks e de Vihrens. Vou agora continuar também um jogo de sueca com a Morte, a Fome e a Pestilência.
Um abraço a todos,
Guerra
*Este comunicado foi aprovado com 1 voto a favor e 4 contra
Caros leitores deste blog,
Comments:
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E porque é que os problemas pessoais resultantes da gerência de um bar têm de ser para aqui chamados?
Tenho teorias a esse respeito, mas não são bonitas.
Há locais próprios para lavar roupa suja, e essa não é normalmente uma actividade de interesse público.
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Tenho teorias a esse respeito, mas não são bonitas.
Há locais próprios para lavar roupa suja, e essa não é normalmente uma actividade de interesse público.
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