Thursday, December 28, 2006

 

A Minha Proposta

Caros quizzers

Conforme prometido aqui deixo a minha humilde contribuição para um regulamento mais completo e "amigo" deste magnífico jogo, antes do final do ano.

http://propostaderegulamento.blogspot.com/

O regulamento é minimalista. Não quis entrar em legalismos exacerbados que em nada são úteis à competição.

Trata-se obviamente apenas da minha proposta. Podem haver outras. Podem haver propostas de alteração em certos pontos.

Dou naturalmente em penhor toda a gratidão por contribuições para o melhoramento desta proposta.

Votos de um feliz ano de 2007, com mais um campeonato de Quiz de Cascata.

Luis Nunes

Wednesday, December 27, 2006

 

Zé Pedro Borges e o novo Quiz no Bar do Espaço Àgora: "Prometo diversidade, alguma actualidade, ligeireza e jackpots"

O blog do QdC noticiou, em primeira mão, o início de um novo quiz em Lisboa (ver aqui). O promotor é o bem conhecido Fóssil que dá pelo nome de Zé Pedro. No que lhe toca, ao vastíssimo conhecimento do mundo da sabedoria inútil, adicionamos, sabendo-o por experiência própria, a competência para organizar jogos interessantes e divertidos. Sendo o espaço, que também conhecemos, um sítio que, a priori, parece muito apropriado a terreno de jogo, estão reunidos os ingredientes para que a zona de Santos seja semanalmente brindada com, não uma, mas duas grandes jornadas quizzisticas. Para que fique melhor explicado como tudo se vai passar, fomos falar com o Zé Pedro. Publicamos essa entrevista, e marcamos desde já presença para o próximo dia 8. A partir daí, será todas as segundas.

Zé Pedro, o que te levou a ti, um velho participante em jornadas de quiz, a investir nesta iniciativa? Jogar já não era suficiente, organizar era um estímulo que já tinhas ponderado ou apenas calhou assim?

O quiz, tal como acontecia com os concursos na TV, constituíram sempre um motivo de divertimento, prazer de pôr à prova algumas capacidades de memória e raciocínio e testar uma eventual visita do alemão, o Alzheimer. Por outro lado, quero repetir o prazer que desfrutei ao fazer sofrer os outros no velho Quiz, quando elaborava os temáticos.

Que novidades poderão os participantes no quiz do Àgora encontrar em relação a outros quizzes?
No Ágora vou tentar fazer incidir um número substancial de perguntas sobre os temas caros – lembremos as propinas – aos estudantes universitários. Diversidade, alguma actualidade e ligeireza serão alguns dos critérios adoptados, seguindo o exemplo do Júlio, que tão bons resultados tem obtido. No que respeita à forma, adoptarei um modelo semelhante ao do Miguel, no Estoril e em Cascais, com 40 perguntas, um jackpot, e um temático por mês, na última semana. Alguns dos temáticos serão dedicados a cursos específicos da Academia de Lisboa, como Física Nuclear, Arquitectura, Biologia ou Língua Portuguesa. Por motivos operacionais, o quiz começa às dez e meia, para estar despachado à meia-noite

Pelo que percebemos, um dos objectivos é captar novos públicos, nomeadamente junto da população universitária. Achas que será um alvo fácil de conquistar?
Pela experiência adquirida, para além do vetusto avozinho – e deste "Fóssil", a maioria dos concorrentes habituais pertence à comunidade universitária ou de lá saída há poucos anos; deste modo, não será difícil encontrar "vítimas" em número suficiente para um massacre semanal. Como é sabido, a Academia lisboeta é a maior do país, com uma população sempre disposta a embarcar em aventuras que aliviem o stress das malditas aulas.

Quanto ao estabelecimento em si, achas que oferece condições ideais? E quanto a consumo e a preços?
O Bar do Ágora tem espaço permanente para cerca de 15 equipas de 5 elementos, com possibilidade de acomodar mais umas 5, além dos recorrentes balcões e escadas. Quanto a preços, são os mais agradáveis do mercado, recomendando-se as tostas mistas estilo refeição familiar; como não é um "bar" de copos, talvez não se encontrem todas as bebidas da noite, mas não faltarão jolas, pirolitos, sumos e muita água. Para os motorizados, existem abundantes lugares de estacionamento. E para quem não sabe, o Ágora está em frente da estação de Santos, lado sul, em frente da Barraca, ao lado do Tromba Rija.

Que mensagem gostarias de deixar àqueles que estarão, depois de nos ler, a ponderar visitar-vos numa destas segundas?
Apareçam, mandem bocas, critiquem, sugiram e divirtam-se. O objectivo é prejudicar todos, sem privilegiar qualquer equipa – oh! já estava escrito e a tecla delete está avariada. Os prémios são os do costume, mais aqueles que normalmente angario, particularmente quando se trata de temáticos. Como alguns dos quizzers não serão clientes habituais do Espaço, e porque terá de vigorar o sistema de pp, os prémios de consumo terão validade alargada para serem utilizados posteriormente. Visitem o blog e deixem opiniões.

Tuesday, December 26, 2006

 

VídeoQuiz IV: Especial Natal

Um pequeno presente para os quizzers cinéfilos: o objectivo é identificar os 4 filmes. Devem parar o vídeo por volta dos 30 segundos, depois disso seguem-se as soluções.



E este blog não se esqueceu dos fãs dos comics, a mais forte facção infanto-juvenil do quiz de cascata. Este vídeo é dedicado a eles, o objectivo é identificar os super-heróis e os vilões que aparecem:



Já para os adeptos da música clássica e da animação, reservamos a peça que se segue. A pergunta pode ser: que parte do oratório se ouve durante o filme?



Entretanto, amanhã teremos Zé Pedro em entrevista e, brevemente, o deslindar do Caso Mamedes.

Saturday, December 23, 2006

 

O blog QdC...

...deseja a todos os quizeiros um Santo Natal.

Na grafonola, toca o Adeste Fideles.

 

Avaliação pré-Natal: Os Mais e os Menos do Campeonato

Os Mais

Fernandos Mamedes - Porque ganharam, com inteiro merecimento (uma menção para os Indomáveis, que venceram o "campeonato de esperanças). Pela fantástica segunda parte do campeonato que conseguiram, com duas vitórias e dois segundos lugares; porque enfrentaram situações internas difíceis, com a saída de dois elementos valiosos e a ausência de outros - e mesmo que os substitutos não sejam de menor qualidade, a estabilidade dá sempre muito jeito. Porque foram sempre das equipas mais bem dispostas na sala, com bocas giras e cerveja derramada. E a recente polémica sempre serviu para perceber uma coisa: entre quem merece credibilidade, ninguém coloca em causa a justiça da vitória. Ganharam porque fizeram mais pontos, e fizeram mais pontos porque foram os melhores a acertar nas perguntas que lhes fizeram. Parafraseando Kafka, poderão existir outras maneiras de ganhar, mas eu só conheço esta.

Academia da Ajuda - Por, a troco de nada, nos terem cedido um excelente terreno de jogo. Ainda por cima, são extraordinariamente simpáticos. E a D. Paula acumula a simpatia com a capacidade de fazer umas bifanas divinas. Pelos preços tão baratos que até são um bocado constrangedores para quem paga. Acrescente-se o som que quase nunca falhou, o estacionamento que não é assim tão complicado quanto isso (principalmente para quem joga quiz nos bares) e, a partir de certa altura, até já havia tabaco.

Comissão Organizadora - O campeonato chegou até ao fim, foi disputado, animado e muitos já esperam pelo próximo. Só este simples facto, que há um ano ainda mereceria algumas dúvidas, já os coloca aqui. Não esteve perfeita, mas o bom é inimigo do óptimo e sempre receberam todas as críticas sem qualquer acrimónia. Interferiram o menos possível, chegaram a parecer ausentes, mas à terceira sexta-feira de cada mês, cada um de nós tinha uma sala, preparada para o jogo, apinhada de adversários, um organizador dedicado a fazer o melhor, salgadinhos, serviço de mesa e prémios. Sem mexer uma palha.

Filipe Girão e Tita Teixeira - Pelo jogo que organizaram. Coloco-os aqui sob reserva, pelo prosaico motivo de não ter estado presente no jogo. Mas as opiniões que recolhi foram unânimes em colocá-lo entre os melhores - apesar de, provavelmente, existirem avaliações divergentes; eu é que não as conheço (e ouvi bastantes). Curiosamente, é possível que eu enfileirasse nestas: o único semi-reparo que ouvi foi a de que o jogo foi mais fácil que a média, e não sou grande adepto de jogos fáceis. Mas já joguei jogos feitos por eles e sei que são sempre imaginativos, bem conseguidos, com temas variados e isentos de erros. Por isso, é, com elevado grau de certeza, uma escolha justa. Pessoalmente, gostei muito dos jogos do Luís Tirapicos Nunes e da Sofia Santos.

Blog - Desconte-se o juízo em causa própria. Uma fantástica ideia do Luís Tirapicos Nunes. Converteu-se num sítio de consulta diária para todos os quizzers (e não só). Houve classificações, entrevistas, polémicas, jogos psicológicos, mas teve também o mérito de não se limitar ao simples acompanhamento do campeonato. Publicou artigos sobre o Stephen Fry e o River Quiz Cafe, peças acerca da etimologia das palavras, excelentes entrevistas, debates sobre a epistemologia da ciência e o relativismo pós-moderno, reflexões sobre o trivial pursuit, óptimas e fidelíssimas crónicas (algumas com pseudo-eruditas referências), bem conseguidas análises jurídicas, propostas de alterações a práticas, comunicados e cartas abertas, momentos altos e hilariantes de concursos televisivos, crónicas sociais, notícias sobre participações televisivas, propostas para a criação de uma federação nacional de quiz, piadas com o Frank Zappa, notícias sobre transferências ou o surgimento de novos quizzes em bares, sondagens e votações. Foi, essencialmente, bem-humorado. Às vezes com tanta subtileza que houve quem não o percebesse. E houve discussões acessas, umas mais elevadas que outras, nas caixas de comentários. Num país que sofre de um doentio horror ao confronto, são todas um bálsamo. Sendo especificamente dirigido a um público de 60 leitores, ter visitas diárias superiores a esse número. Há dois dias chegou às 169. Mais de 700 pageviews. É hoje a grande casa do Quiz da Nação.

Os Menos

Cavaleiros do Apocalipse e Fósseis Paleocêntricos - Porque acabaram a liderar o pelotão dos últimos, depois de terem sido as únicas equipas a liderarem durante o campeonato. Eram assumidamente candidatos ao título e não o souberam conquistar. No caso dos Cavaleiros, que obviamente conheço melhor, apesar de alguns precalços de origem externa, essencialmente por culpas próprias. Uma única desculpa para ambos: o mérito dos Mamedes. Mas é curto para justificar tudo, principalmente algumas debacles. Os Lagartixas também poderiam aqui estar, mas as responsabilidades e as expectativas eram menores.

Atrasos - Principalmente os dos organizadores (a começar pelo escriba). Foi estranhíssima a incapacidade de começar um jogo a horas, ou lá perto. E como alguns se arrastaram até quase de madrugada. Uma das tradições mais simpáticas do quiz de cascata, a das equipas eliminadas que ficavam na sala a comer uns scones, a beber uns moscatéis e a seguir as incidências do jogo, acabou, naturalmente, por se perder. E algumas equipas fizeram da prática um hábito, com particular destaque para os Mamedes. Uma nota de esperança: a maioria dos quizzers continuaram a ser pontuais e nunca deixaram de criticar os constantes atrasos dos outros. (a isto chama-se censura social e é muito mais eficaz que qualquer regulamento).

Equipas faltosas - Destaque para os EVA, que tinham perfeitas condições para lutar pelo título mas desapareceram. Os Patolino desintegraram-se. Outras optaram pela intermitência. Ao que sabemos, muitas nem se davam ao trabalho de avisar atempadamente. Uma chatice para os organizadores, os dos jogos e os da Comissão, perfeitamente evitável. E uma boa forma de deixar de fora possíveis interessados em participar nos jogos.

Temas esquecidos - Muito se falou sobre a ciência; com gritantes desequilíbrios entre jogos, com quase todo o enfâse em factóides tecnológicos ou biográficos, lá foi aparecendo. As belas-artes clássicas também apareceram menos do que seria suposto. Quem ficou por aparecer e quase nem se falou? Economia (recordo-me de duas perguntas, a minha sobre a escola austríaca e a do Filipe Bravo sobre as balanças), Filosofia (praticamente ausente, um absurdo), Gestão, Teologia. Podendo sofrer esta avaliação de algum bias, já que são os meus temas favoritos, parece-me que estas áreas merecem uma atenção infinitamente maior do que a que lhes foi dedicada.

Clima - O Quiz de Cascata é um desporto de inverno que se joga durante todo o ano.

HO

Thursday, December 21, 2006

 

Caso Mamedes: Júlio Alves pronuncia-se; Mamedes com oscilações na linha de defesa

A sombria nuvem de celeuma que se abateu sobre o QdC parece estar para ficar. O blog QdC teve conhecimento da existência de inconsistências na argumentação mamedina, num novo e inesperado factor que, ao que sabemos, poderá tornar-se determinante para o desfecho deste intrincado processo, do qual todos os dias saem novas informações para o conhecimento público.

Tudo se prenderá com a questão da constituição da equipa. A equipa de investigação deste blog tomou conhecimento de que Jorge Páramos terá afirmado, em primeira instância, que aquando a saída de Júlio Alves a equipa terá inscrito como membro da equipa o Dinis. Nas palavras do próprio "avisei o João que o Dinis passaria a vir, e pronto". Já Paulo Pirolito, que prestou testemunho separadamente, terá dito que "creio que faltam 2 elementos na constituição da equipa, são naturalmente o Pedro (que veio a todos os quizzes desde que a Sofia foi para a Escócia) e o Alex (que veio em Fevereiro substituir o Júlio)". Adicionalmente, terá mesmo referido que "mas se as pessoas que nos querem fazer a constituição da equipa decidirem tem que ser o Dinis...", o que revela uma clara contradição, e até confrontação, com o afirmado pelo seu companheiro de equipa. O blog QdC tentou entrar em contacto com os Mamedes para os confrontar este novo facto, não tendo obtido qualquer resposta. Isso indiciará que terão razão aqueles que suspeitam que os Mamedes resolveram limitar ao máximo as declarações públicas sobre este assunto, para evitarem novos precalços que poderiam ter consequências jurídicas gravosas. Nenhum dos Mamedes desmentiu esta hipótese. O desencontro de testemunhos poderá, inclusive, ter provocado algum desconforto interno nos Mamedes, embora este seja um indicativo não confirmado.

Estes novos e inesperados desenvolvimentos poderão traduzir-se em mais dificuldades para os Mamedes, apesar de algumas manifestações de apoio que têm recebido - embora tendo em conta que a grande maioria dos participantes opta por uma cautelosa posição de silêncio. Em editorial neste blog, o jurista Luís  Nunes, "dadas as características do torneio e do desenrolar do mesmo, não se pode considerar a actuação dos Mamedes como uma fraude ao campeonato.". Adiantou também que planeia apresentar um documento que sirva de base a um novo regulamento. Da mesma forma, dois decanos do Quiz, Fernando Silva e Zé Pedro Borges, perfilham da opinião que este ano foi fértil em incidentes e que o regulamento actual precisa de ser alterado. Aliás, quanto a este último ponto, parece cada vez mais consensual a necessidade de alterar o quadro legal que rege a actividade quizzistica.

JÚLIO ALVES: "Não confirmo novos membros da C.O."

Entretanto, o blog QdC contactou Júlio Alves, ex-mamedino e elemento da Comissão Organizadora. Após ter recusado uma primeira abordagem, Júlio acabou por responder usando de parcimónia e muitos cuidados, deixando implícito um convite à sobriedade geral sobre este assunto, de forma a evitar especulações até haver decisões. Sobre o Caso Mamedes, e confirmando que foi de facto um Mineteiro, adiantou que "Numa primeira abordagem, e à distância, posso dizer que casos como este poderão ter repercussões profundas. No limite, e neste momento, até o 7º classificado pode vir a ser declarado vencedor". Confirmando a notícia avançada por este blog de que "a C.O. reunirá durante a próxima semana", Júlio Alves não quis confirmar a notícia exclusiva QdC, segundo a qual seriam cooptados dois novos membros, previsivelmente das equipas Indomáveis e BMV, para a Comissão, optando por um lacónico "Não confirmo nem desminto". Porém, este blog já sabe quem são os nomes que estão em causa, os quais divulgaremos oportunamente e a breve prazo.

 

O Caso Mamedes

É curioso como uma troca de comentários entre mim e o Paulo Pirolito acerca de eles não serem sub-30 por terem originalmente o Júlio Alves e o Miguel Maia na equipa originou um caso de proporções deste género. Penso que existem argumentos válidos de parte a parte e nessa medida decidi deixar expressa a posição de alguém que não tem qualquer tipo de interesse directo na contenda final ou sobre quem vai ser proclamado campeão 2006 do QdC e que se espera possa contribuir para a decisão final da Comissão Organizadora (C.O.).

Vamos aos factos. Como se pode verificar pelo “team profile” publicado em “post” de 2 de Fevereiro de 2006, no seguimento da entrevista ao Jorge Páramos, constata-se que a equipa Fernandos Mamedes é constituída por 5 elementos originais Jorge Páramos, Sofia Santos, Paulo Jorge, Miguel Maia e Júlio Alves. Não sei se fizeram uso da prerrogativa de inscrever um sexto elemento e isso apenas a C.O. pode esclarecer e pode ser determinante. Ao longo do campeonato dois dos elementos desta equipa abandonaram a mesma definitivamente e um temporariamente. Nestes termos os Mamedes jogaram, pelos menos, os jogos de Abril, Maio, Junho e Julho em incumprimento da regra estabelecida no regulamento, ou seja, sem três dos elementos originais inscritos. Diga-se ainda que para nada releva o que nós aqui no blogue escrevemos sobre a constituição das equipas uma vez que somos meros cronistas do campeonato e não os seus organizadores.

Se aquando da inscrição dos Mamedes o Alex, o Dinis ou o Pedro tiverem sido inscritos como sexto elemento e esse sexto elemento tiver jogado os jogos em que a Sofia Santos não participou o caso Mamedes não tem razão de existir. Caso contrário está-se em violação objectiva do Regulamento.

Passemos então em revista alguns argumentos invocados e no seguimento analisemos a questão fulcral que, a meu ver, está na origem de todo o caso Mamedes e outros casos que se têm verificado ao longo do torneio, ou seja, qual a validade do Regulamento e qual capacidade a capacidade da C.O. para o executar.

“Houve uma equipa que jogou com seis elementos”. É verdade. Verificou-se na primeira jornada e a referida equipa (EVA) pontuou. Contudo o que ainda ninguém disse é que tal procedimento foi sancionado por votação, penso que unânime, da sala, já que a irregularidade se deveu a falta de clareza nas explicação das regras pela C.O.

“Sistema de rotatividade”. Nada no regulamento do QdC impede esta prática. Prática aliás que não só não deve ser censurada, como deve ser encorajada. Porque traz mais gente ao Quiz e porque impede que haja pessoas que fiquem excluídas de jogar quando os planteis são efectivamente de seis jogadores e só podem jogar cinco. Parece-me que alguém que se disponibiliza para ficar grande parte do jogo de fora a ver jogar para entrar só um bocadinho deve ser largamente valorizado e não criticado.

“O Júlio deve ser considerado um membro dos Mamedes”. Este argumento tão pouco pode colher. Ainda que na prática o Júlio tenha estado sempre presente em cada jornada a regra do Regulamento diz claramente que elementos de uma equipa podem jogar por outra equipa desde que haja aprovação das restantes equipas. Tacitamente todos os jogadores do QdC aceitem e concedem que, com o devido respeito, o Júlio é um Mineteiro. Ainda que assim não fosse o Júlio nunca jogou pelos Mamedes no período de ausência da Sofia Santos.

É contudo este argumento que me faz considerar que, pesadas as características do torneio e do desenrolar do mesmo, não se pode considerar a actuação dos Mamedes como uma fraude ao campeonato. Tacitamente todas as equipas tomaram conhecimento da substituição de Miguel Maia e do Júlio Alves, pelo Pedro e pelo Alex. Todas as equipas aceitaram jogar nestas condições jornada após jornada. Todas as equipas deram assim o seu consentimento tácito a que a equipa dos Mamedes se consubstanciou praticamente durante todo o torneio em Jorge, Paulo, Alex e Pedro.

Se por absurdo, e Deus queira que nunca suceda, 4 elementos de uma equipa a caminho de um Quiz morressem num acidente de automóvel e tal equipa tivesse que jogar, inevitavelmente, daí para a frente com apenas 2 elementos originais que maneira teriam de inscrever substitutos? Nenhuma! Porque a C.O. não prevê isto de forma alguma. Penso que é pacífico aceitar que se houvesse um canal pelo qual os Mamedes pudessem desinscrever o Miguel Maia e o Júlio Alves e inscrever o Pedro e o Alex (Talvez uma abertura temporária do mercado de transferencias em Agosto) o teriam feito.

As alterações que se deram na equipa não consubstanciam uma batota nem uma forma de aumentar a qualidade da equipa (sem desprimor para o Pedro e o Alex que muito contribuíram para a vitória dos Mamedes) mas de proceder a uma mera alteração necessária e ditada pela força das circunstâncias. Um caso de força maior.

Falemos claro. Não é nada difícil elementos das equipas zangarem-se uns com os outros por perguntas que este ou aquele falhou, por exemplo. Nesses casos que fazer? A C.O. tem o dever de clarificar. Tem que sugerir soluções e propô-las à comunidade QdC. E não tendo disponibilidade ou falta de membros (e eu sei o que é isso, pois nem sempre tenho tempo para manter o blogue) deve pedir ajuda como bem se anuncia agora. Existe entre nós, pelo menos, uma futura magistrada a quem poderia ser confiado o papel de “Conselho de Justiça”. Seria uma fiscalização mais apertada que permitiria por exemplo analisar a folha com as perguntas no final do jogo para que se acabem de vez com as suspeitas que se levantam sobre os jogos de certos organizadores.

Em suma, penso que é claro que a C.O. necessita reformular o regulamento. Aqui deixo a promessa de produzir antes do jantar de encerramento um documento que pode seguir de base a um futuro regulamento, mais claro e com o benefício da experiência acumulada de um ano de QdC. Esse é outro dos motivos pelo qual me choca penalizar os Mamedes ou qualquer outra equipa, num ano que, no fundo, foi de experiência e descoberta. É certo que os regulamentos são para cumprir e que o incumprimento de uns não deve servir de argumento ao outros, mas num torneio em que nem tudo correu bem, saibamos colher estes ensinamentos para a próxima edição.

Luis Nunes

Wednesday, December 20, 2006

 

João Silva: "Comissão Organizadora reunirá durante a próxima semana para tratar de todos os casos"

Em declarações exclusivas a este blog, e num momento em que o ambiente do quiz nacional está absolutamente explosivo, o membro da Comissão Organizadora, João Silva, confirma que esta irá reunir brevemente. Segundo este elemento "já combinámos, face aos desenvolvimentos que houve, reunir, ao jantar, durante a próxima semana, depois do período natalício. Nessa reunião trataremos de todos os assuntos pendentes, incluindo, claro, as reclamações". Este elemento da troika que decidirá o chamado "Caso Mamedes", não teceu grandes comentários sobre a situação em concreto, o que se compreende face à delicadeza da situação e à natural reserva e discrição que estes assuntos sensíveis merecem. Adiantou, no entanto, que "parece-me, tendo em conta o que vi, que os Mamedes não são os únicos sobre os quais se pode apresentar este tipo de reclamações." Ou seja, tal como adiantámos logo em primeira mão, poderão existir outras equipas envolvidas neste processo. Mostrou-se ainda, em jeito de desabafo, algo surpreendido com o surgimento destas queixas, deixando escapar "não se percebe quem pensam que pode lucrar com isto".

Lembramos os nossos leitores que este assunto foi despoletado no seguimento de denúncias quanto a eventuais irregularidades nas inscrições da equipa Mamedes. Como já referimos no post anterior, os Mamedes contestam toda a situação, arguindo que nunca tiveram intenção de falsear os resultados desportivos e que os regulamentos têm sido repetidamente quebrados, sendo que noutros casos nunca existiram protestos. Pelo que conseguimos apurar junto de terceiros, João Silva, apesar das conhecidas ligações ao "CF os Belenenses", não é adepto que a verdade desportiva seja posta em causa devido a tecnicalismos legais, o que poderá ser uma boa notícia para os Mamedes. No entanto, ainda é muito cedo para adiantar o que poderá resultar deste caso, que tem provocado uma afluência de dimensões cósmicas a este blog e às caixas de comentários.

Fazendo uma resenha do desempenho da C.O. durante a época que terminou, João Silva reconheceu algumas falhas, que considerou naturais e esperadas, nomeadamente ao nível da "organização do trabalho". O QdC sabe que este assunto tem sido motivo de conversas internas na C.O., estando a ser estudas soluções. Em rigorosa primeira mão, podemos informar os nossos leitores, que isso poderá passar pela reestruturação interna da Comissão, com a cooptação de dois novos membros. O João confirmou-nos que "de facto, iremos tratar também disso durante a reunião da próxima semana". Segundo o próprio "para quem está de fora, ou só vai jogar, é difícil perceber o trabalho que dá organizar os jogos - contactar as pessoas, confirmar presenças, comprar os prémios, arranjar a sala, etc. Ao fim de um ano é saturante.". Apesar de não querer confirmar nomes, o blog QdC, após aturada investigação, descobriu que neste momento, a troika actual se inclina para enviar convites a elementos provenientes das equipas Os Indomáveis e BMV. No entanto, ainda não se sabe se existe consenso total e os convites só serão confirmados publicamente após aceitação. É assim previsível que a C.O. conte, para o ano que vem, com 5 elementos.

Noutro registo, e questionado sobre o jantar de encerramento, João Silva revelou o envio de e-mails a pedir sugestões. Sobre o consenso que a Casa do Alentejo está a merecer na caixa de comentários do blog, revelou alguma preocupação, visto que "foi-me pedido que a escolha do restaurante tivesse em conta que existem pessoas vegetarianas, portanto terá de exitir um menu especial para elas". Nesta matéria, reconheceu ainda que se precipitou quando afirmou que a sugestão de um preço de € 12,5 não tinha tido origem na C.O.. Ao que sabemos, a preocupação maior neste instante é encontrar um restaurante que cumpra os critérios principais (espaço, qualidade, menu vegetariano, Lisboa), sendo o preço um assunto que pode ser discutido depois. Segundo as palavras do próprio "é algo urgente decidir-se isso, porque depois teremos ainda de negociar o jantar". Por isso, continuem a enviar sugestões, via e-mail ou deixando-as nas caixas de comentários no blog.

Tuesday, December 19, 2006

 

VideoQuiz III: O Quiz dos Comunas

No seguimento de algumas insinuações quanto à imposição de esquemas de redistribuição por alguns organizadores, deixamos aqui uma sessão de quiz muito apropriada para descomprimir:


 

Caso Mamedes: o mundo do Quiz de Cascata está em polvoroça




Separados à nascença?




São notícias de última hora sobre os acontecimentos que têm agitado as hostes quizzisticas nacionais e prometem consequências para já imprevisíveis. Segundo apurou o blog QdC, há quem tenha colocado em causa a legalidade da vitória dos Fernandos Mamedes no campeonato, estando em curso uma reclamação formal junto da Comissão Organizadora.

Tudo terá começado após o final do jogo de sexta-feita, no qual, relembramos, os Mamedes asseguraram a vitória no campeonato. Seguiram-se várias manobras durante o fim-de-semana, que têm continuado até ao final do dia de hoje, com várias movimentações e pressões. O que está em causa é o ponto dos regulamentos que postula:

AO LONGO DO ANO, CADA EQUIPA DEVERÁ (NOS QUIZZES QUE ENTENDER) APRESENTAR-SE EM CADA PROVA SEMPRE COM PELO MENOS 3 DOS 6 ELEMENTOS INSCRITOS. OS RESTANTES (ATÉ AO MÁXIMO DE 2 POR PROVA) PODEM PERTENCER AOS NOMES INDICADOS OU SEREM SIMPLES CONVIDADOS DOS 3 ELEMENTOS INSCRITOS, DESDE QUE NÃO PERTENÇAM A NENHUMA DAS OUTRAS EQUIPAS INSCRITAS.

De acordo com os defensores da tese da desclassificação, os Mamedes não cumpriram este critério em todos os jogos, e isso poderá acarretar a perda de pontos suficientes para perderem o título. Recordamos os nossos leitores que a equipa dos Mamedes sofreu durante o ano vicissitudes várias ao nível da formação do plantel, com desentendimentos internos e jogadores a optarem por experiências em campeonatos estrangeiros. Estas constantes alterações poderão ter sido fatais para os Mamedes.

Este blog contactou já vários Mamedes, que se apresentaram dispostos a lutar contra estas intenções e a demonstrar a sua razão. Em declarações a este blog, o Alexandre referiu que «o FB salienta que "não houve uma intenção de falsear a "verdade desportiva", tão somente substituir dois elementos com que já não secontava", e isto é verdade». Reconhecendo que «o Jorge e o Paulo são apenas dois», ressalvou que «nenhuma das outras equipas "protestou", chamou aatenção, mostrou desagrado ou incómodo» e referiu que será importante fazer uma leitura do espírito do regulamento e não apenas da letra. Jorge, bastante mais seco e lacónico, afirmou «dado o respeito histórico pelos regulamentos, parece-me uma altura boa para grandes legalismos.», numa ironia que demonstra o descontentamento e enfado que esta polémica está a provocar nos jogadores mamedinos. Também Paulo e Sofia alinharam pelo mesmo diapasão, referindo o primeiro que "a CO não fez cumprir os regulamentos quando uma equipa alinhou com seis jogadores e quando havia equipas que rodavam jogadores no mesmo jogo"; e a segunda que «nem sequer fomos beneficiados com estas trocas». Fica bem clara a linha de defesa que os Mamedes vão seguir neste caso.

Ainda segundo o Paulo Martins esta questão parece ter sido levantada «por quem quer ganhar a este custo», adicionando a Sofia que revela «uma grande falta de fair-play».

Já os indíviduos que apresentaram o protesto afirmaram ao blog QdC, sob anonimato, que prometem levantar na altura certa que «os regulamentos são para se cumprir, doa a quem doer». Confrontados com as acusações de falta de fair-play, recusaram responder, apesar dos insistentes contactos da nossa redacção. Pelo que apuramos junto das nossas fontes, o protesto está a ser objecto de intenso trabalho jurídico e social, de forma a ser bem-sucedido.

A C. O. recusa para já grandes comentários em concreto sobre esta questão, escudando-se no silêncio e na reserva que assuntos tão sensíveis merecem. No entanto o QdC sabe que procurarão encontrar uma solução concertada entre todos os elementos, de forma a que uma decisão consensual possa minizar a polémica e os descontentamentos e frustrações que inevitavelmente surgirão. Asseguram ainda que se manterão imunes a quaisquer pressões, de um ou outro lado.

Para comentar esta situação, o QdC contactou Filipe "Menex", dos BMV que nos disse: «depende da situação em causa, que não conheço bem, e de quão a sério for para levar o regulamento, mas parece-me algo demasiado rebuscado e é muito forçado desqualifica-los por uma "technicality"».

Mas há mais: segundo apurou o blog QdC, existem outras equipas nesta situação, ou seja em incumprimento dos regulamentos. Em breve, poderão existir notícias de protestos adicionais, que poderão provocar uma convulsão legal em todo o campeonato. Em suma, assegura-se um Inverno quente no mundo do QdC. Para mais quando, em surdina, se começou a falar nos bastidores de conluios de organizadores com algumas equipas. O QdC manter-se-á atento a este assunto, e podemos desde já afirmar que uma eventual decisão definitiva sobre este caso está próxima e acontecerá nos próximos dias, eventualmente amanhã. Portanto, fique atento a este blog. Aqui, sabe primeiro.

Adicionalmente, nos próximos dias publicaremos duas entrevistas que estão em preparação, uma com os Mamedes (se forem confirmados como vencedores do campeonato) e outra com o Marco Vaza, organizador do último e polémico jogo.


Monday, December 18, 2006

 

Crónica da 10ª Jornada

Fecha-se o pano sobre a primeira edição do Campeonato Anual de Quiz de Cascata de Lisboa, com a consagração dos Fernandos Mamedes no panteão de equipas que venceram este campeonato. Ao longo do torneio não foram exactamente o Preston North End dos Quizzes e até andaram afastados dos pontos, mas a chicotada psicológica na equipa, no seguimento do “Caso Júlio” resultou às mil maravilhas. Os Mamedes dispararam para um regularidade impressionante no trio da frente, alcançando e ultrapassando os Cavs e os Fosséis que pareciam a meio da época ser donos do campeonato. Beneficiaram, é certo, de uma certa inconstância deste últimos e da desistência da única equipa que parecia poder meter-se na luta pelos lugares da frente, os EVA de Nuno Cabral.

Muito bom jogo do Marco Vaza. Tive oportunidade de lho dizer no fim. Dos melhores até ao momento. Teve o grande mérito de pensar na audiência em vez de fazer as perguntas que lhe apeteciam.

Na passada sexta os Ursinho Bobó pareciam disparar para uma possível e inédita vitória ao fazerem isolados 7 pontos na parte escrita. Deixaram-se ir abaixo nos níveis 1 e 2, fazendo logo em seguida um nível 3 de luxo, mas já era tarde. Cedo se viu que o jogo de sexta feira não estava para abébias a outsiders na contenda pelo título. Até ao nível 3, todos podiam ser campeões. Mamedes e Cavs na máxima força, Fosseis sem Ponta de Lança. A emoção contudo só não foi levada mais ao rubro porque era preciso um autêntica hecatombe dos Mamedes para o caneco lhes fugir. Mamedes, Cavs e Fosseis vão assim à Liga dos Campeões, enquanto os Lagartixas (equipa com mais presenças em finais) e os EVA vão à Taça Uefa.

Destaque-se a excelente subida de forma dos Mineteiros de Júlio Alves que pela segunda vez ficam entre os grande do Quiz ao fazerem um magnífico sexto lugar. BMV, NNAPED fizeram um jogo para esquecer e pouco condizente com o sexto lugar que partilham na classificação final.

Os Indomáveis tornaram-se a segunda equipa da história (depois dos Ursinho Bobó) a não fazer um jogo quando jogavam “em casa”. De qualquer forma nos sub-30 (Ursinho, BMV e Indomáveis) acabaram por ser triunfadores.

Um nova época se avizinha, mas agora é ainda tempo de balanço e festejo para uns, lamento para outros. Talvez seja altura de reformular o regulamento do torneio. Nós aqui no blogue daremos a nossa contribuição e certas ideias já foram lançadas para o ar. 2007 será uma nova época.

Luís Tirapicos Nunes

 

Jantar de Encerramento


De acordo estipulado nos regulamentos, irá ser efectuado o jantar de encerramento do I Campeonato de Quiz de Cascata, com a entrega de prémios e a merecida homenagem aos vitoriosos Mamedes. Conforme nos foi solicitado pela Comissão Organizadora, já colocamos ali ao lado uma sondagem em que podem votar na data da vossa preferência para a realização do repasto. As datas definidas como hipóteses são 12 ou 13 de Janeiro do próximo ano. Será escolhida aquela que recolher maior votação. Podem votar durante os próximos 14 dias.

Quanto ao local que nos acolherá, vale também o espírito democrático: a Comissão Organizadora aguarda as vossas sugestões, indicando restaurantes em Lisboa (cidade) e que sirvam jantares para grupos com um preço a rondar os € 12,50/pax. As melhores ideias que derem entrada, aqui na caixa de comentários deste post, durante a próxima semana serão depois também colocadas a votação.

 

Ora aí está...


CAMPEÕES! CAMPEÕES!
Fernandos Mamedes
Campeões Quiz de Cascata 2006

 

Freud explica

Nesta edição do campeonato, houve dois tipos de organizadores:

Este:







e este:


 

No cair do pano...


CAMPEÕES
2006

FERNANDOS MAMEDES

Friday, December 15, 2006

 

Entrevista ao Marco Vaza: "Não se matem uns aos outros e tenham pena de mim"

Em magnífica e muito aguardada entrevista, aqui temos o organizador do decisivo jogo de hoje. Vindo de um retiro em local desconhecido e arriscando-se a uma investigação do Parlamento Europeu e imune a todas as pressões, o Marco apresenta-se em grande forma, fisíca e psiquíca, para a jornada desta noite. Consciente de que "os olhos do mundo vão estar na Ajuda" e da responsabilidade que recai sobre os seus ombros, a tranquilidade que revela é indiciadora de uns nervos de aço. O Indomável e filo-lagarto Marco Vaza, em exclusivo, no QdC*:

Marco, a 3 dias do jogo, como estão as coisas? Já tens as perguntas todas? Estás confiante que a tua organização será um sucesso?
Estou a dar os últimos retoques no jogo. As perguntas já estão quase todas escolhidas, falta alinhavar a parte escrita. Peço que os jogadores tenham alguma paciência, este vai ser o primeiro jogo que vou organizar.

Surgirá alguma novidade no teu jogo? Vais fazer muitas perguntas sobre o Natal ou serão outros os temas privilegiados?
O que posso dizer é que não irei usar um barrete de Pai Natal enquanto estiver a fazer o quiz. Contem com muita actualidade. E vou tentar recuperar um formato de pergunta que gosto bastante, o da associação de três ou quatro palavras para os jogadores tentarem adivinhar o que é. Vou tentar que os temas sejam variados e que os formatos das perguntas também o sejam.


Sentes-te nervoso por teres a responsabilidade de organizar o último e decisivo jogo?
Claro, os olhos do mundo irão estar na Academia da Ajuda e o meu jogo será analisado ao pormenor pelos maiores especialistas mundiais de quiz. É uma grande pressão que o evento seja transmitido em directo na televisão e em horário nobre. É um jogo grande, se fosse um Beira Mar-Paços de Ferreira, seria ao início da tarde de domingo, não dava na televisão e ninguém via.
Mas a luta pelos primeiros lugares não é minha. Não vou prejudicar deliberadamente os Cavaleiros, nem alinho em jogos psicológicos alimentados pela direcção editorial deste blog, que insiste numa conspiração contra a dita equipa em todos os jogos.


Como achas que se comportarão os Indomáveis na tua ausência? Poderão chegar ao 5º lugar?
Matematicamente acho que ainda podemos ficar em quarto e tudo vou fazer por isso. Espero é que eles tenham decorado bem as perguntas e as respostas e que não levem os papeis para o jogo. Acho que isso dava alguma bandeira. E estou confiante que eles não vão dar as respostas mesmo antes de ouvirem as perguntas. Penso que desta forma a minha ausência será muito bem colmatada. Temos uma equipa boa que irá dar boa conta de si. Posso ser o porta-voz e a face mais visível dos Indomáveis, mas as respostas são um trabalho de equipa. Podem perfeitamente ter uma boa classificação neste último jogo. Aproveitando esta pergunta, esclareço que não temos nenhuma guerrilha particular com os Lagartixas, que, aliás, são meus amigos. A nossa guerra é com toda a gente.

Alguma recomendação para as equipas?
Basicamente, que não se matem uns aos outros. E que tenham pena do rapaz que vai fazer o quiz. Ah, e que levem guarda-chuva e/ou impermeáveis. Aquele microclima da Ajuda assim o recomenda.
Já agora, se me permites, uma palavra para o João “Sem Bigode” Silva: o meu tio diz que o dinheiro não chegou a ser depositado na conta. Tens até às 21h00 de amanhã para fazer o depósito, mas tem em atenção que o meu preço duplicou. Se tal não acontecer, vendo o quiz pela melhor oferta. É só colocarem o dinheiro num saco de papel castanho no caixote do lixo da paragem de autocarro ao pé da academia ou, se preferirem, podem dar-me o dinheiro mesmo lá na sala em frente a todos. Isto da corrupção tem de ser feito às claras.

* já agora, leiam o post em baixo. Vale a pena. Recomenda-se especialmente ao entrevistado.

Thursday, December 14, 2006

 

Alguém pediu um jogo psicoiso? - Vídeo Quiz II

Para hoje, o video quiz oferece-vos um presente especial: aquele que é, sem equívocos, o mais famoso momento de todos os tempos de um concurso televisivo. Ou, como dizem os americanos, um game show. Em concreto, o cenário é o Match Game - que, receio bem, não dirá muito às audiências aqui da casa.

Facto basilar: é o mais clássico dos clássicos dos game shows, só equiparável ao Jeopardy!. A GSN - Game Shows Network, que é, como já prosaicamente intuíram, uma rede de canais que emite, em permanência, game shows (tipo o challenge britânico, mas com uma dieta mais variada - montanhas de reemissões, documentários históricos, reportagens sobre quizzes, especiais, talk shows com apresentadores ou concorrentes, um mundo, enfim), fez, há pouco tempo, a eleição dos 50 Greatest Game Shows of All Times. Tipo aquela aberração dos grandes portugueses, mas, no caso, não houve inconveniente em divulgar o vencedor: sigam o link para saberem que o Match Game venceu o Jeopardy!; a propósito, o já aqui referido e visionado "Who Wants to Be a Millionaire?" chegou a um honroso 5º lugar. E se o meu testemunho, aduzido deste facto, ainda não chega, diga-se que liderou as tabelas de audiências nacionais dos EUA durante boa parte da década de 70 - um maná para o programador equivalente a ter, durante centenas de dias, o último episódio do Seinfeld ou dos Friends para exibir.

Arrumada a importância, passemos à substância: na fase que nos interessa (o resto façam o favor de ler na wikipedia), temos dois concorrentes, a jogar à vez, 6 famosos num painel, que jogam "em cooperação" com ambos. O apresentador diz uma frase incompleta; o concorrente escreve uma palavra ou expressão para a completar; o painel faz o mesmo; ganha o concorrente cuja resposta tem mais correspondências com as do painel. Facto vital: não contam só respostas exactamente iguais - há um juíz a avaliar aquilo. Coisas muito aproximadas contam como certas, o critério é, naturalmente, algo subjectivo.

Assente a substância, ataquemos a relevância: O momento em causa aconteceu durante a época de 77, com o histórico Gene Rayburn como anfitrião do programa, e o pouco saudoso Carter (saco de vómito, por favor) da Casa Branca, e ficou conhecido para a posteridade como "the infamous School Riot". O "infamous" não prima pela neutralidade, mas tem, já dirão que sim, razão de ser. Nos painelistas (para fugir à boçalidade dos jogos léxicos pátrios), destaquem-se, porque figuras neste caso, Richard Dawson, a bela e malograda Debralee Scott e o impagável Charles Nelson Reily . A jogar, um simples anónimo. Tudo o que possamos dizer mais, seria um plot spoiler. Reparem apenas no uso da expressão "Dumb Dora", uma personagem da comics, popularizada pelo Gene Rayburn e este concurso, hoje parte incontornável da semântica norte-americana (a expressão, não a personagem), e vejam o vídeo. São 5 minutos bem passados.



O juíz não voltou atrás. O rapaz foi eliminado, 4-3. "Finishing school", "school". Mas o que nos traz a este post é o que aconteceu DEPOIS deste concurso. O senhor juíz em causa era, à data, um bem-sucedido produtor executivo da CBS. Carreira ascendente, visita de casa dos moguls do negócio, vivenda nos subúrbios, pós-graduação na Ivy League. Entretanto, o motim. O drama. O pânico. Foi apenas um episódio infeliz, terão reconfortado os próximos. Cairá no esquecimento, sopravam-lhe.

Falharam nas previsões: a celeuma foi em crescendo, incensada pelos jornais (já reparam que este blog é como um jornal?) do estado natal do concorrente. A pressão da comunicação social (já repararam que este blog é como se fosse comunicação social?) foi tanta que o juíz acabou por ver os seus serviços prescindidos. E desapareceu, sem vestígio, na turba anónima. Fim da história? Calma lá, Hegel. Meados da década de 80, já o grande Reagan em Washington, retoma-se o fio perdido: o juíz intransigente tinha, de facto, desaparecido do palco da comunicação social e do showbiz, não do mundo. Eu disse showbiz? Equívoco, continuava lá. Como amestrador de elefantes num circo itinerante no Dakota do Sul. Estamos a dourar a pílula: era ajudante do amestrador. Entrevista, que é feito dele? Circo, pois. As portas fecharam-se. A esperança deixou a janela da crença aberta. Queria regressar, um dia as pessoas esqueceriam, quem sabe? Era feliz, com certeza, muitas saudades daqueles tempos... foi aquele momento, traidor, fatal. E os jornais, os pasquins. Exageraram, exacerbaram. Deixou uma questão sem resposta: teria voltado a fazer tudo da mesma forma, a recusar a resposta?

Nem ele próprio, ainda hoje, esteja onde estiver, o saberá. Uma coisa não esqueceu, certamente: nestas coisas de jogos, cuidado com os pasquins. Há respostas que vale a pena aceitar.

Nota: faltam uns links, mas já deram as 8 e tenho de me por a andar. Até logo a todos.

 

Mas o efeito sandwich existe mesmo?











Percebem o que nos diz o quadro abaixo? 9 para 4; 7 para 3? É disto que os Mamedes têm medo. Agora vejamos a média de pontos desde a interrupção de verão: Mamedes - 8,5 ; Fòsseis -6,6; Cavaleiros - 2,8. A estatística ajuda?






Nota: Chamamos a atenção para as 3 entrevistas dos posts anteriores, nomeadamente para esta, em que o Zé Pedro dos Fósseis anuncia a sua ausência do jogo de amanhã.

 

Fernando Silva: "Tenho pouco de Maria Madalena, mas fomos tão extorquidos que se ganharmos, será retumbante"

Dispensa apresentações (até porque a redacção está a fechar): é uma honra para este blog, apresentar, pela primeira vez, uma entrevista com o histórico Fernando Silva. Highlights: "O Fred é o nosso Pinilla", "das raras vezes que perdemos, a alegria inunda a sala" e "jogo onde o Mister João quiser". [não deixem de ler, mais em baixo, as entrevistas ao Zé Pedro e ao Paulo Pirolito]

Na sondagem levada a cabo pelo blog QdC quanto à equipa favorita para a vitória final, os Cavaleiros recolhem 74% dos votos, os Mamedes 22% e os Fósseis 4%. Estes resultados surpreendem-vos e a que acham que se devem?
As sondagens valem o que valem mas os políticos nunca as renegam quando vão à frente! Neste caso é a constatação geral que, de facto, somos os melhores e só não estamos na liderança porque nos foram extorquidos pontos em momentos cruciais que nos relegaram para um mamédico 2º lugar (aliás disse-me um passarinho do meio editorial que a Carolina já está a escrever uma obra sobre o assunto, em oito volumes, que deverá vir a público no Natal de 2020, no preciso momento em que o Benfica se vai tornar num grande clube europeu!). No fundo fomos vítimas de uma doença conhecida por síndrome do Zé do Telhado ou, como se diz em inglês, complexo de Nottingam.

Como estão a encarar o próximo e último jogo? Acreditam que poderão ganhar e porquê?
Claro que acreditamos. Se não acreditássemos não íamos lá. Podemos ganhar porque já ganhámos outras vezes e, nas raras vezes que perdemos, é ver a alegria que inunda a sala da Ajuda. Acredita que, só por isso, vale a pena perder de vez em quando. Claro que me ficava melhor dizer: o microfone é redondo, a mesa é quadrada, são cinco de cada lado e tudo pode acontecer!

Leram o post "Frases Soltas" no blog do QdC? Têm algum comentário a fazer?
Está lá o essencial, palavras para quê? Só o jogo do Pascoalinho tirou-nos entre quatro a oito pontos, pelo menos, que agora invertiam totalmente a classificação. Dos outros jogos já nem falo uma vez que quase todos reconhecem "aqui tirámos 1 ponto aos cavaleiros" frase que parece estabelecer a ponte entre todos os jogos do QDC (mesmo quando ganhámos). Mas como, ao contrário de outros, tenho pouco de Maria Madalena, o que interessa é que estamos vivos e a lutar pelo título que, a ser conseguido, será retumbante!

Confiam na competência e independência do Marco Vaza enquanto organizador do último jogo?
Eu confio sempre até prova em contrario. Só nunca fui à bola com o bigodinho germanófilo do Martins dos Santos (e aqui até parece que tinha razão!).

O que será preciso para a vossa equipa ser a vencedora? Quem poderão ser os elementos decisivos?
Se estivermos ao nosso nível habitual temos boas hipóteses. A equipa vale essencialmente como um bloco e eu trabalho dia a dia para dar o meu contributo . As perguntas que acerto não são para mim mas para a equipa e estou à disposição do Mister(João) sempre que ele entender que posso ser útil ao grupo de trabalho. O efeito sandwich pode ser decisivo até porque ás duas da manhã o pessoal está esganado e o alcool, apesar de rico em calorias(sempre as ciências), não alimenta o suficiente mas tenho um pressentimento que o Fred vai explodir neste quiz. Como ainda não fez nada esta época, para além de apontar as pontuações das equipas, sinto que vai ser alvo do efeito Pinilla que, como sabes, só resulta uma vez no decorrer do campeonato.

 

Paulo Martins: "Acredito sempre que podemos ganhar, mas os Cavaleiros são favoritos"

Paulo "Pirolito" Martins, homem dos 1001 desportos, a figura mítica que conhece o número de chuteiras de todos os jogadores do plantel do Recreativo de Águeda de 1983, revela, nesta entrevista, "algum receio do Efeito Sandwich" e coloca "reticências" quanto à organização do Marco Vaza. Cá vai a entrevista deste proeminente mamediano, preocupado em passar a pressão para os rivais.

Na sondagem levada a cabo pelo blog QdC quanto à equipa favorita para a vitória final, os Cavaleiros recolhem 74% dos votos, os Mamedes 22% e os Fósseis 4%. Estes resultados surpreendem-vos e a que acham que se devem?
Os resultados não me surpreendem e creio que se devem ao facto de eu ter ido votar várias vezes nos Cavaleiros. Os Cavaleiros eram os favoritos no início do campeonato e continuam a sê-lo, pois nós não temos um historial muito feliz quanto a situações de segurar vantagens curtas. (Assim talvez consiga passar alguma pressão para o lado deles, que também já revelaram poder claudicar em momentos importantes.)

Como estão a encarar o próximo e último jogo? Acreditam que poderão ganhar e porquê?
Estamos a encarar o jogo de forma muito natural, o Jorge obrigou-me a ficar em casa 23 horas por dia (saio de manhã e à noite para passear e fazer xixi), durante o último mês, a estudar tudo o que fosse possível sobre desporto. Isto, depois de ter ficado descartada a hipótese de me enviarem para um mosteiro budista no Myanmar (dos mais rascos claro), onde eu estivesse vigiado 24 horas por dia para evitar as práticas de Onã (é que parecendo que não distrai), mas a equipa não dispõe de muitas verbas e não se pode dar a estes luxos. Optámos por dirijir as nossas poupanças para o Marco Vaza. Acredito que podemos ganhar porque acredito sempre na vitória. Até acreditava que o SL Benfica ia ganhar a Liga dos Campeões esta época (e ainda acredito).

Leram o post "Frases Soltas" no blog do QdC? Têm algum comentário a fazer?
Li. Fiquei com a ligeira sensação de estar a ler um post algo tendencioso. Suponho que todas as equipas já terão sido prejudicadas e beneficiadas em alguma ocasião, mas há certas equipas que fazem mais alarido que outras quando acreditam ter sido prejudicadas. É como as mentiras que se transformam em verdades, assim, no final pode ser que seja dito: "Coitadinhos, perderam mas foram prejudicados" ou "Apesar de terem sido tão prejudicados conseguiram ganhar". Quanto à tua frase: "No meu jogo houve, de facto, muita ciência, o que prejudicou a minha equipa, os Cavaleiros", não me parece que o facto do teu jogo ter havido muita ciência tenha sido um prejuízo directo para a tua equipa, nesse caso a minha equipa teria sido prejudicada em todos os que escassearam em perguntas de ciência. Contudo, não quero afirmar que a tua equipa (ou outra também com pretensões a 'Equipa Mais Prejudicada do Campeonato') não tenha sido realmente prejudicada por erros que naturalmente acontecem.

Confiam na competência e independência do Marco Vaza enquanto organizador do último jogo?
Não sei quem é o Marco Vaza, portanto coloco muitas reticências quanto à sua competência. Relativamente à questão da independência considero muito injusto que a Sofia tenha sido a única organizadora de um jogo que foi alvo de suspeição antes, durante e após o Quiz que organizou, mesmo que não fosse da equipa dela veria qualquer fundamento nas acusações. E portanto, aproveito para lançar também suspeição quanto à independência do Marco Vaza, fui informado que as negociações entre a minha equipa e o Marco Vaza (que eu não conheço) estão bem encaminhadas e a qualquer momento ele poderá aceitar a nossa proposta em detrimento da proposta do João Sem Bigode.

O que será preciso para a vossa equipa ser a vencedora? Quem poderão ser os elementos decisivos? Ou verdadeiramente decisivo será, novamente, o "efeito sandwich"?
Para a nossa equipa ser a vencedora será necessário que o Marco Vaza nos faça perguntas às quais saibamos responder. Os elementos decisivos serão, provavelmente, os do custume, espero não ser eu porque isso poderá querer dizer que não ganhámos por eu ter falhado perguntas fáceis de desporto. Mas se o Jorge e o Alex estiverem calmos estarão em condições de fazer frente a Pascoalinho/Zé Pedro e Rogério/não sei se tu ou o avô. Na verdade tenho algum receio (ou será medo?) desse famoso "efeito sandwich", portanto teremos que aproveitar todas as nossas perguntas directas, não há muito espaço para precipitações.

 

Zé Pedro Borges: "Não estarei presente no último jogo e confio no Marco Vaza"

E a 24 horas da grande final, uma enorme bomba. Zé Pedro Borges, el Comandante e líder dos Fósseis, anuncia, em rigoroso exclusivo do QdC, a sua ausência no jogo de amanhã. Uma notícia inesperada, e que poderá revelar-se decisiva para o desfecho do campeonato. Conseguirão os Fósseis resistir à ausência deste importante elemento? As coisas ficam mais dificéis, mas valores como António Pascoalinho ou Frederico Duarte não irão, certamente, entregar o ouro ao bandido.

Com esta entrevista, o blog QdC inicia a publicação de uma série de curtas conversas durante a contagem decrescente para o jogo de amanhã. Além de representantes das equipas que lutam pelo título - Zé Pedro, o Comandante; Fernando Silva, o Avô; e Paulo Martins, o Pirolito (isto parece a máfia) - terão também a oportunidade de ler a entrevista do Marco Vaza. Para já, o Zé Pedro, em primeira pessoa:

Na sondagem levada a cabo pelo blog QdC quanto à equipa favorita para a vitória final, os Cavaleiros recolhem 74% dos votos, os Mamedes 22% e os Fósseis 4%. Estes resultados surpreendem-vos e a que acham que se devem?
São reacções naturais aos pontos que cada equipa tem na classificação que se encontrou a partir da última jornada, e ao que se será previsível que aconteça com um quiz elaborado pelo Marco.

Como estão a encarar o próximo e último jogo? Acreditam que poderão ganhar e porquê?
Por mim, não encaro, pois não estarei presente.

Leram o post "Frases Soltas" no blog do QdC? Têm algum comentário a fazer?
Não se comentam comentários. As opiniões são pessoais e têm valor absoluto.

Confiam na competência e independência do Marco Vaza enquanto organizador do último jogo?
Como confiaria na competência e independência de qualquer jornalista em situação semelhante. Até porque tenho uma carteira profissional igual à dele.

O que será preciso para a vossa equipa ser a vencedora? Quem poderão ser os elementos decisivos?
Como para qualquer outra equipa, será necessário ter mais pontos que as outras, através de maior número de respostas certas.

Recordamos que, a partir de dia 8 de Janeiro, poderão tê-lo como anfitrião, conforme anunciamos aqui. Brevemente, voltaremos a falar com ele, sobre o assunto do quiz do Ágora em específico.

Wednesday, December 13, 2006

 

Leitura recomendada







O último comentário do "mamede" Jorge, nesta caixa de comentários, que aqui publicaremos, para discussão pública, quando os assuntos da actualidade forem menos prementes.

[Adenda: Para cumprir o planeamento editorial, só amanhã publicaremos as clássicas "5 perguntas a..." com o Marco Vaza. No entanto, a bem da verdade desportiva, e tendo acabado de receber as respostas do Marco, fazemos a pré-publicação da parte mais sensível: «Contem com muita actualidade. E vou tentar recuperar um formato de pergunta que gosto bastante, o da associação de três ou quatro palavras para os jogadores tentarem adivinhar o que é. Vou tentar que os temas sejam variados e que os formatos das perguntas também o sejam.» Perspectivam-se dois bons dias para os quiosques lisboetas.]



 

Sofia Santos: "Os quizzers da Ajuda são imaturos, e não me deram crédito como potencial batoteira" e "Os Cavaleiros impressionam-me, só se fala deles"

Ao contrário do que muitos pensam, nós não silenciamos a polémica. Já demos suficientes provas do contrário. Apenas fazemos uma gestão rigorosa e profissional dos timings editoriais. Numa entrevista explosiva, sem papas na língua e com directas imparáveis, aqui fica a organizadora do último jogo, a mamedina Sofia. Fala-nos sobre o jogo, a alegada batota e o acalorado debate que se seguiu e aborda as possibilidades de vitória dos Mamedes.

Sofia, o rescaldo do jogo organizado por ti foi marcado por uma enorme polémica. Agora que a distância é maior, que tens a dizer sobre as acusações de que foste alvo?
Acho que quem me acusou (de beneficiar os Mamedes, de fazer um excesso de perguntas de física, etc) já o tinha "decidido" fazer a priori, mesmo que inconscientemente. Mais nada explica a revolta que se ouviu, por exemplo, na pergunta do Tim Berners-Lee; o senhor realmente trabalhava no CERN, mas ter criado a WWW nada tem a ver com física. Aliás, não foram os Mamedes que acertaram, e essa pergunta já tinha saído num quiz do Júlio. No total fiz 4 perguntas de física (partículas do átomo, o Nobel do Einstein, a unidade da resistência eléctrica e os neutrões do James Chadwick - esta última também já vista num quiz do Júlio). 4 num total de 162, das quais resultou apenas 1 ponto para os Mamedes.

Mas não concedes que a analogia com a mulher de César faz algum sentido? Não teria sido melhor que, para te protegeres, teres recusado organizar o jogo numa fase tão tardia? Afinal, ainda sobram várias equipas que não organizaram, nem organizarão, um quiz.
Claro que poderia ter optado por me proteger, mas sinceramente não previ tanta contestação. Sou ingénua, provavelmente. Repara, em qualquer mês eu prefiro jogar a organizar, e fiquei bem triste por não ter jogado no mês passado. Mas aborrecia-me muito o facto de ficarmos no pódio sem o handicap de termos organizado um jogo, e por isso quis fazê-lo. Por outro lado, vendo bem as coisas, os Mamedes só ganham sem mim. As outras equipas fazem bem em torcer para eu jogar sempre...

Achas então que as pessoas que mais te acusaram, estavam apenas a encontrar racionalizações para fracassos próprios?
Sei lá.

Já percebeste o que se passou com a pergunta do xadrez?
Parece que devia ter explicado melhor o tipo de mate que se pretendia,mas sinceramente já não me lembro bem.

Apesar de tudo o que se seguiu, ficaste contente com o jogo que organizaste? A teu ver, quais foram os pontos positivos e negativos? E, quanto ao comportamento das equipas, correspondeu ao que esperavas?
Gostei do preparar do jogo. Foi divertido organizá-lo na minha cabeça, e depois ir preenchendo as categorias e níveis ao longo do mês. E também achei piada à parte escrita, ficou bem colorida, não? Devo admitir que se estivesse a jogar não acertaria nem em metade das flores. Quanto ao comportamento das equipas... Em termos de performance, fiquei bastante impressionada com os BMV e com os Cavaleiros na parte científica. Em termos de comportamento social... bem, confesso que não esperava (de todo!) a maioria das reacções. Na minha cabeça (a ingenuidade, novamente) as pessoas que fazem parte da comunidade quizística da Ajuda teriam um nível de maturidade muito superior ao que demonstraram. E a história da escolha das perguntas, então... Basta pensar durante um nanosegundo para se concluir que um organizador que queira fazer batota pura e simplesmente dá as respostas a quem lhe interessa, não anda a escolher as perguntas durante o jogo. Podiam ao menos dar-me algum crédito como potencial batoteira.

Foste a enésima organizadora a admitir, com a questão da basofobia, teres prejudicado os Cavaleiros. A que pensas dever-se essa constante presecução de que é alvo essa equipa?
Vá lá... Sabes perfeitamente bem que isto é uma pescadinha de rabo na boca. A perseguição só é notória porque se fala apenas no caso dos Cavaleiros. Se pudesses voltar atrás no tempo e registar todos os pontos em que cada equipa foi prejudicada em cada jogo, encontrarias um certo equilíbrio. Eu admiti ter prejudicado os Cavaleiros naquela perguntaporque foi especificamente o que me perguntaram. Se me tivessem perguntado sobre o caso do Pol Pot, também diria que a equipa em questãofoi prejudicada. E certamente que todos os outros organizadores te diriam o mesmo. Olha por exemplo o caso dos Mamedes no jogo de Outubro; e houve outros erros em outros jogos de que simplesmente ninguém se lembra...

Quais as expectativas dos Mamedes para este último jogo?
Na sondagem do QdC só recolhem 25% dos votos quanto ao favoritismo, apesar de liderarem. Estás surpreendida? As sondagens valem o que valem (isto é, muitos auto-votos do Rogério)! As expectativas dos Mamedes são de fazer jus ao nosso nome e arrancar um2º lugar ensandwichado que nos catapulte para a vitória! Força Nandinhos!

NDR: Em relação à penúltima resposta da Sofia, e depois do evidenciado no post "Frases Soltas", este blog convida a Sofia, ou qualquer outro elemento de qualquer outra equipa, a elaborar uma colecção de frases equivalentes à desse post (ou de factos que as sustentem), que demonstrem de maneira igualmente clara que há outras equipas tão prejudicadas, e de forma tão sistemática, como os Cavaleiros. Publicaremos de imediato, e sem comentários, quaisquer textos que nos enviem com estas características. Até lá, tudo o que se diga não passam de tentativas de escamotear a verdade e de tentar, mesmo que dissimulada e inconscientemente, que o Marco Vaza seja mais um organizador a "fazer o mesmo que os outros". Continuaremos, até ao fim, a pugnar pela verdade e pela isenção.

 

Contagem decrescente: faltam 52 horas

1. Chegou-nos ao conhecimento que o post Frases Soltas provocou alguma agitação. Este é um blog isento, e, por isso mesmo, não esconde verdades em nome do politicamente correcto.

2. O concurso fica adiado para o próximo fim-de-semana. Será um prolongamento relaxante da jornada de sexta. O mote será "Missão Impossível".

3. Nos próximos dias teremos aqui várias entrevistas, entre as quais uma ao Marco Vaza (assumindo que ele responde). Não percam.

4. Na sondagem, larguíssima maioria para os Cavaleiros, que se mantém estáveis à volta dos 70%. São, claramente, os favoritos do povo. Em nosso entender, isto deve-se à consciência colectiva, mais ou menos assumida, de que os Cavaleiros, apesar de serem a melhor equipa, têm sido constantemente prejudicados por erros dos organizadores. À atenção do Marco Vaza.

5. A coisa da ciência. Escreve o Jorge Páramos:

Independentemente das razões gnoseológicas e jungianas para a coisa e tal, acho óbvio que não há mais ciência porque ninguém pesca puto do assunto e, como tal, não lhe atribui a respectiva relevância (com honrosas excepções de quizeiros não-cientistas).

Eu respondi: ... dizer isto - "acho óbvio que não há mais ciência porque ninguém pesca puto do assunto e, como tal, não lhe atribui a respectiva relevância" - é cair na falácia de "begging the question", em latim "petitio principii", na pobreza nativa "argumentar circularmente", não? Acho que sim.

O Zé Vicente exclama do exílio:

Basta parar de fazer perguntas como se o tema fosse a Holanda e todas as respostas fossem palavras holandesas!

Este assunto da semântica é pertinente. É possível fazer perguntas sobre ciência mais divertidas, com abordadgem mais fácil e que, nem por isso, deixem de testar o conhecimento. O pior é que isso dá um trabalho dos diabos e implica, a priori, um conhecimento científico sofisticado de quem as faz. Para mais, resulta algo infantilista. E, afinal, isto é um quiz, não um jogo didáctico-lúdico para liceais. Tal como o holandês não é uma língua, mas uma doença na garganta.

6. Faltam 48 horas para o jogo e a previsão meteorológica para Lisboa é esta. Coitados, não sabem o que nós sabemos.

 

Ano Novo, Quiz Ágora

A zona de Santos ganha mais um quiz. A partir de 8 de Janeiro, e todas as segundas-feiras seguintes, a partir das 22:30, realizar-se-ão sessões quizísticas no bar do Espaço Ágora, da AAL - Associação Académica de Lisboa, localizado enfrente da estação da CP de Santos, ao lado do Tromba Rija.

Ao que apuramos, haverá quizes temáticos na última semana do mês, e um esquema de "jackpot" com perguntas de derreter miolos. Acompanhando o horário do bar, o Quiz terminará sempre perto da meia-noite. E é para equipas até 5 elementos.

O autor e apresentador será o Zé Pedro, o El Comandante dos Fósseis. Brevemente o blog QdC trará novidades sobre esta iniciativa, à qual desejamos os maiores sucessos. O link da organização é este
http://quizdoagora.blogspot.com/

Monday, December 11, 2006

 

Frases soltas

"O mesmo se passou com a Jane do Tarzan que era Porter e não Parker" - António Pascoalinho, sobre a pergunta que colocou os Cavaleiros fora da final no seu jogo

"..., agi em prol da MINHA justiça." - António Pascoalinho, sobre os critérios que utilizou no seu jogo, onde os Cavaleiros ficaram de fora da final

"Das partes negativas do jogo, e somente aquela que realmente interessa, quero lamentar o facto de, por minha culpa, a classificação ter sido adulterada. A minha equipa, Os Cavaleiros, foi prejudicada numa pergunta directa de nível 3, por a mesma ter sido mal elaborada." -João Silva, sobre a organização do seu jogo

"No meu jogo houve, de facto, muita ciência, o que prejudicou a minha equipa, os Cavaleiros" - Hugo Oliveira, idem

"Como consequência, "roubei" um ponto aos Cavaleiros..." - Filipe Bravo, idem

"Devo ainda realçar que desde o início do campeonato não há equipa mais prejudicada que a nossa.." - Rogério Costa, dos Cavaleiros

"no calor do jogo, foi por eu ter ouvido mal" - Tita Teixeira, sobre as razões da eliminação dos Cavaleiros no jogo que organizou

"Realmente, podia ter aceite o medo de cair, fui demasiado rigorosa para nível 2" - Sofia Santos, sobre uma resposta correcta dos Cavalerios que não aceitou

Como será com o Marco Vaza?

Sunday, December 10, 2006

 

Manobras de Diversão

1. Falta menos de uma semana para o jogo decisivo. Por isso, é provável que muitos de vós se tenham esquecido que faltam duas para o Natal - para já, é certo, um acontecimento menor. Mas achamos por bem fazer uma pequena lembrança. Ora digam lá que não gostariam de encontrar isto no sapatinho. Totally 80s e tudo, deve ser impecável.

Confesso que há anos que não jogo Trivial Pursuit, do qual fui feroz adepto e praticante na adolescência. E textos como aquele que se segue não ajudam ao surgimento da vontade de reavivar o vício:

O novo Trivial

por Inês Teotónio Pereira

Ofereceram-me a nova edição do Trivial Pursuit. Abri o jogo com imensa curiosidade para ler as novas perguntas de História, Desporto, Artes, Ciência, etc.
Desilusão: o jogo está completamente desvirtuado. Os temas são Visão Global, Som e Imagem, Notícias, Mundo Escrito, Inovações e Jogos.
Pareceu-me curioso. E fui ver. Eis alguns exemplos de perguntas pela respectiva ordem dos temas descritos: "A Praia das Maçãs fica mais perto de Sintra ou da Comporta?"; "Quem apresentou em Portugal as várias edições do Big Brother?"; "Qual a nacionalidade de Saddam Hussein?"; "Nas bibliotecas costuma haver um prazo para devolver os livros emprestados?"; "Em informática o que quer dizer PC?"; "As bolas de râguebi são redondas?";
E pronto. Eis mais uma geração perdida.


Isto é verdade?


2. Se for, então isto (e os primos) é, provavelmente, uma boa alternativa. Não conheço, mas vem recomendado. Claro que para os mais relutantes, há sempre uma reactualização dos clássicos.


3. O Professor Nuno Crato, provavelmente o mais famoso dos divulgadores científicos portugueses (com justiça, diga-se; e já agora, que também vem na calha do texto citado, isto também dá um bom presente natalício), ocupou-se, há coisa de 3 semanas, na sua habitual coluna no Expresso, da origem etimológica da palavra trivial - a propósito da trivialidade na matemática.

As estradas são o império e o império é as estradas, escreveu Howard Fast. De acordo com o autor, a origem do termo reside no vocábulo latim trivia - tri de "três" e via de "estrada". Uma trivia era um cruzamento viário de três vias, o mais comum dos entroncamentos no sistema rodoviário romano. Tão comum, que por extensão, se adoptou o uso da palavra para designar algo ordinário, vulgar - e, curiosamente, qualquer lugar reles ou mal frequentado. Foi esta tese, a do lugar onde três vias se encontram, que Nuno Crato apresentou.

Existe outra: com o aparecimento das universidades, na Baixa Idade Média, os currículos estavam dividos em duas áreas - o Trivium (que englobava Retórica, Dialética e Gramática), mais virado para a eloquência e vida mundana, e o Quadrivium (Geometria, Música, Astronomia e Aritmética), de carácter mais científico. O vocábulo Trivium designava, no latim medieval, as três primeiras das sete "artes liberais". Trivial seria então o conhecimento incluído no trivium.

Ora, esta tese parece oferecer-nos um interessante ponto de partida para o apetitoso e sempiterno debate quanto à oposição entre humanidades e ciências nos jogos de quiz (e o quiz é, por excelência, o jogo do conhecimento trivial), e da medida justa que cada uma deve ocupar. Estará aqui a explicação para o putativo défice de perguntas "científicas" nos jogos do quiz e para a proporcional escassez de jogadores com formação académica em ciências puras? Um assunto a que este blog promete regressar num futuro próximo, desejavelmente através das vossas contribuições.


4. Na sondagem, os Cavaleiros lideram destacadíssimos, perseguidos pelos Mamedes. Os Fósseis parecem convencer poucos quanto às suas possibilidades. É um resultado algo intrigante. Vox populi, vox Dei ou vão todos ficar de cara à banda na sexta-feira?


5. Ah, a polémica, não falamos da polémica. São as ordens que recebemos de Langley, nada podemos fazer. Amanhã começa a 4ª edição do concurso, só para vos alienar mais um bocadinho.

[post especialmente dedicado ao comentador "o arauto da verdade"]

Wednesday, December 06, 2006

 

Video Quiz

De há umas décadas para cá, a televisão tem sido um palco privilegiado dos jogos de quiz.Pese a resistência dos mais puristas, para os quais o requintado prazer de jogar quiz é incompatívelcom o espírito mercantilista inerente à coisa ou corrompido pela socialização forçada com apresentadores mais ou menos histriónicos e perguntas idiotas, é certo que, mal grado algumas vilezas (algumas bem negras), o sucesso continuado dos programas de Q&A será a melhor prova da popularidade deste desporto.

Alguns dos nossos correlegionários do QdC marcaram presença nestes púlpitos. O mais conhecido de todos será o Comandante, Zé Pedro Borges, que ganhou fama (e proveito) de papa-concursos há uns anos atrás - fama pública, daquela que ultrapassa as fronteiras do bairro. Mas também o João Silva, com algumas valiosas prestações, o Filipe Bravo, que amealhou uns trocos tax free no "Um Contra Todos", o Alexandre dos Mamedes, que meritoriamente venceu o prémio final no "O Elo Mais Fraco", e a Ana Sofia dos EVA, exibiram, na caixinha mágica, a sapiência a troco de renumeração.

Como homenagem, a eles e aos concursos, que, melhor ou pior, vão entretendo muitos de nós - ou provocando sensações diversas como o tédio ou a hilariedade ou exasperação - deixamos aqui dois momentos clássicos do "Quem quer ser milionário?". Repare-se que, no primeiro vídeo, o apresentador é o histórico Regis Philbin.

Um americano burro, claro:



E um francês culto:



Sintam-se livres de partilhar os melhores momentos em concursos nativos.

[ Post corrigido; as nossas desculpas ao Alexandre pelo lapso]


Monday, December 04, 2006

 

Snobeiras Clearasil*

Frank Zappa dizia que "Rock journalism is people who can't write interviewing people who can't talk for people who can't read".

O jornalismo quizzistico também é assim, mas ao contrário.

* post especialmente dedicado a este comentador anónimo



Saturday, December 02, 2006

 

BMV - Parte II: "Queremos lutar pelo top 5 até ao fim e o 5 ideal é o que joga"

Conforme prometemos, apresentamos aqui a segunda parte da entrevista feita com os "O Bom, o Mau e as Viloas". Continuamos a abordar temas relativos ao quiz em particular, quizzes em geral e quiz em concreto. Depois da primeira parte, as opiniões sobre o bigode do João Silva, o frio académico, os quizzes do Júlio e a polémica do último jogo. Uma vez mais, Girão (FG), Tita (TT), Marta (M) e Filipe (FM) em discurso directo.


"A NOSSA PERFOMANCE MELHORA À MEDIDA QUE SE AFASTA DO 28 DE MAIO E DO CAMPO PEQUENO"

Têm apresentado um elenco móvel, visto que contam com 6 elementos no plantel. Já perceberam qual é o vosso 5 ideal?
FM - Para mim, desde que apareçam só 5 pessoas já é o 5 ideal. Não gosto nada do método “rotativo”, porque aconteceu falharmos perguntas que a pessoa que estava de fora naquele momento sabia.
M - O 5 ideal é sempre aquele que está a jogar


Se os quizzes fossem jogados no Incógnito, seriam imbatíveis?
T - Pelo menos nas perguntas de música!
FM - Imbatíveis não digo, mas pelo menos estaríamos muito mais alegres, desde que nenhuma pergunta implicasse termos de fazer o 4 ou andar em linha recta enquanto tocamos no nariz.


Por falar nisso Marta, já aprendeste novas baladas revolucionárias?
M - Não consigo perceber porque é que esta pergunta vem logo a seguir à do Incógnito e aos Jelly-Shots...


É verdade que o Zé emigrou por não concordar com as estratégias da equipa?
M - Paralelamente ao mestrado sobre a vida sexual dos mexilhões belgas o Zé está a fazer um estudo de mercado relativamente ao estado da vida ‘quizzística’ dos belgas e jamais abandonaria a sua equipa se tal facto nao fosse tão importante.Quem sabe se o próximo cascata não será em terras mais baixas...


A partida do Zé Vicente para a Bélgica, deixa-vos enfraquecidos ou até é um alívio?
FM - A partida do Zé é um drama, principalmente para as senhoras da Academia da Ajuda, que já contavam com os rios de dinheiro que o Zé lá gasta em bebida. Assim, terão de se contentar com os 400€ mensais gastos pelos Cavaleiros.


Pontos positivos e negativos deste campeonato de quiz até ao momento?
FG - No geral tem sido bastante divertido, com um campeonato renhido e alguma variedade nas equipas que atingem as finais. Penso que os piores momentos vieram mesmo de quizes menos conseguidos, ou de jogos mal conduzidos que acabaram por criar alguma mau ambiente na sala, e celeuma nos programas televisivos que lhes seguiram.
TT - Pontos positivos: Bolas de neve. Pontos negativos: O frio. Já se arranjavam uns aquecedores!


Se pudessem escolher um habitué do quiz para reforçar a vossa equipa, quem seria?
M - O Zé disse para eu nesta invocar a 5ª...

Ainda sonham em ganhar uma jornada até ao fim do campeonato? Quais os vossos objectivos?
TT – O meu objectivo é chegar ao fim do campeonato sem ter apanhado uma pneumonia! Penso que os meus colegas partilham da mesma opinião.

E quem acham que pode vir a vencer o campeonato?
FM - Os candidatos do costume : Os Cavaleiros ou os Fósseis. No entanto as recentes prestações negativas dos Apocalípticos e as excelentes participações dos Mamedes poderão ditar uma vitória destes últimos.

Filipe, tu tens formação académica em belas-artes, precisamente arquitectura. Julgas que, com a óbvia excepção do cinema e da BD, existe um défice de perguntas no quiz sobre as artes mais clássicas?
FG - O défice existe, mas como infelizmente são artes muito menos divulgadas, acho que temos de aceitar o facto ou correr o risco de tornar os quizes demasiados rebuscados ou ainda mais enfadonhos que uma pergunta sobre tourada.

Que pergunta, daquelas que falharam, ainda têm atravessada na garganta?
FM: Para mim foram a do Castelo do Drácula e a do tema Astúrias, que eu sabia e estava de fora no momento.

Qual foi até ao momento, aquele que consideram o vosso melhor jogo? E o pior?
M - O melhor jogo foi sem dúvida, e pelas razões óbvias, os jogos de Setembro e Novembro. O menos bom foi, na minha opinião, o da tourada, simplesmente, pelo facto de o único elemento da nossa equipa que percebe alguma coisa desse assunto não ter estado presente.

Quanto aos quizzes em bares, continuam a ser fiéis do Júlio e da Barraca? Que nos podem dizer desses jogos de quarta à noite?
FM - Continuamos a frequentar, com muito gosto, o quiz do Júlio. É um tipo de quiz com o qual nos damos geralmente bem devido à moderada dificuldade das perguntas. Além disso, há um ambiente menos competitivo que no campeonato, por isso talvez estejamos mais à vontade na Barraca.

De que sentem mais a falta: do Miguel Maia ou do bigode do João Silva?
FG - Penso que ninguém sente a falta de qualquer um deles.

Alguma vez chegaram a terminar o Qwizzle? Quem foi o primeiro?
FG - O que é o Quizzle?
FM - Já nem me lembrava disso. Deixa-me lá ir ver nos Bookmarks…e fiquei-me pelo nível 45. Não possuo poderio intelectual suficiente para desbravar tão inóspitos caminhos nesta demanda pela sabedoria.


Marta, e já conseguiste ganhar dinheiro naquele site de quiz que nós dois sabemos?
M - Jamais enveredarei pelo caminho pecaminoso do jogo a dinheiro (tirando o quiz às 4as, a cascata as 6as, o póquer aos sábados, a raspadinha e os telefonemas diários para o Um Contra Todos em busca daquele televisor da Grundig)

No último quiz fizeram mais um pódio. Estão mesmo em acentuada subida de forma ou foram dois momentos episódicos?
FG- A nossa performance melhora à medida que se afasta do 25 de Abril, 28 de Maio e do Campo Pequeno. Somos fortíssimos no Outono portanto.

Na crónica do jogo, aponta-se o defeito de que vão perdendo competividade à medida que o nível de dificuldade aumenta. Concordam?
TT- Isso é muito relativo. De facto os resultados vão sendo piores, mas será que é mesmo porque o nível de dificuldade aumenta? Não poderão ser o cansaço, o sono, o frio, o desconforto das cadeiras, a falta de bolas de neve, o Moscatel ou o cabelo do Fred, variáveis também a ter em conta??

Têm surgido várias críticas quanto à organização do último jogo. Algum comentário?
FG- Como alguém já tinha referido numa entrevista anterior, conhecer o organizador acaba sempre por salvar algumas respostas. É aquela conversa que tivemos naquele restaurante, é a banda que gostamos em comum, é aquela exposição que fomos ver. Ok. O Jorge tinha o cd da banda sonora do Pulp Fiction em casa. Tudo bem. A Sofia prejudicar alguma equipa ou alterar a ordem das perguntas com alguma intenção sem ser a de acertar a distribuição dos temas é uma ideia que tem de ser fruto de uma mente para lá de mesquinha.
TT- Sinceramente, acho que o Sr. João Silva, desta vez, esteve mal. Então e as bolas de neve??

Finalmente, expectativas para a jornada de Dezembro?
FG- Esperamos fazer mais uma boa prestação e lutar pelo Top5 até ao fim. Quanto à vitória final, um meu querido amigo de cabelo amarelo está numa das equipas do topo da classificação, por isso vou ter de secretamente torcer por ele.
TT- Que finalmente haja aquecedores!!! E bolas de neve!

E pronto, mesmo sem aquecedores, mantivemos, como leram, uma calorosa entrevista com os BMV. Boa sorte para eles e até um caril um dia destes.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?